Olá Investidor!
Essa é a terceira e penúltima parte da nossa série de Opções!
Caso não tenha lido as outras duas, é essencial que clique nos links abaixo e faça essa leitura, pois o texto de hoje será um complemento desse conteúdo.
Na primeira parte utilizamos o exemplo de uma pessoa que comprou um celular no Shopping e em seguida negociou com seu amigo João uma obrigação futura de venda desse mesmo aparelho.
Na segunda parte explicamos a diferença entre opções de compra e venda, além de mostrar uma operação real.
Hoje vamos voltar a trazer um exemplo fictício de uma operação com uma opção de venda.
Ao passar em frente a uma loja você viu o novo Iphone X, sendo que o aparelho era o último disponível.
Quando começou a conversar com o vendedor, uma informação dita por ele fez com que você tomasse a decisão de compra:
Vendedor A – A empresa que fabrica o smartphone só vai mandar um novo lote para o Brasil no próximo mês.
O valor pago por essa nova aquisição foi de R$ 3.000,00.
Após a compra, uma fome repentina aparece e você vai até a praça de alimentação.
Ao saborear um suculento bife, você começa a experimentar o aparelho.
Após os primeiros cliques percebe que talvez possa não se acostumar com o novo sistema operacional e isso te preocupa.
Você decidiu ir embora, porém antes de chegar no elevador você se depara com uma pequena loja que concerta aparelhos telefônicos.
O vendedor ao ver a sacola em suas mãos, começa uma conversa:
Vendedor B – Comprou o Iphone X?
Você – Comprei, mas estava acostumado com o Android. Mexendo a primeira vez não gostei muito.
Então o vendedor o convida a entrar na loja e em seguida faz uma proposta:
Vendedor B – Nós também vendemos esse aparelho e está em falta.
Você – Eu comprei o último de outra loja aqui do Shopping.
Vendedor B – Quer me vender o aparelho?
Você – Não. Ainda quero testar.
Vendedor B – Caso queira, eu compro o celular de você em 15 dias por R$ 3.000,00. Mas para isso você me paga R$ 100,00.
Você – Mas se eu não quiser vender?
Vendedor – Então os R$ 100,00 são meus. Imagine que é uma espécie de seguro e eu te dou um contrato garantindo que compro o seu aparelho por este preço.
O que você acabou de fazer foi uma compra de Put.
Ativo Objeto: Iphone X.
Titular: É você, que tem o direito de vendê-lo a R$ 3.000,00.
Lançador: É o vendedor, que tem a obrigação de comprá-lo a R$ 3.000,00.
Prêmio: R$ 100,00, é o valor pago por você para ter o direito de venda.
Preço de Exercício (Strike): R$ 3.000,00, é o valor acordado na negociação.
Opção: O contrato, que é o que legitima esse acordo.
Vencimento: 15 dias, que é o prazo final para fechamento do negócio.
Agora vamos imaginar três cenários:
Depois de uma semana a Apple anuncia que vai lançar o modelo XR ao preço de R$ 3.000,00 e com essa mudança o preço do modelo X cai para R$ 2.500,00.
Você vai até a loja com seu contrato e o exerce.
Você entrega o aparelho ao vendedor e recebe os R$ 3.000,00.
Observação: O vendedor ficou com seus R$ 100,00, mas teve que comprar um aparelho por R$ 3.000,00 que agora vale R$ 2.500,00.
Depois de uma semana a Apple anuncia que só vai produzir um novo aparelho depois de dois anos e com essa mudança o modelo X começa a ser negociado no mercado a R$ 3.400,00.
Você ao assistir essa notícia pensa:
Não vou vender o celular na loja por R$ 3.000,00. Vou colocá-lo a venda na Internet por R$ 3.400,00. Com isso, meu lucro será de R$300,00 (R$3.400,00 – R$3.000,00 – R$100,00)
Observação: O vendedor ficou com seus R$ 100,00 e não terá que comprar nenhum aparelho.
Depois de uma semana o aparelho continua valendo R$ 3.000,00 e você adorou sua navegabilidade.
Você não exercerá seu direito e o vendedor fica com os R$ 100,00.
O exemplo que demos é meramente ilustrativo, a analogia que fizemos é para uma compra de opção de venda (Put).
A intenção desta operação “Compra de Put” é garantir a venda em uma eventual queda do preço do ativo.
Lembrando que uma ação pode oscilar por diversos fatores, o que afeta exponencialmente o preço da opção.
Na próxima semana vamos usar exemplo reais de operações com opções.
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