Quais opções eu tenho? Entenda o mercado de derivativos!

Tempo de leitura: 4 min.

Olá Investidor!

Essa é a terceira e penúltima parte da nossa série de Opções!

Caso não tenha lido as outras duas, é essencial que clique nos links abaixo e faça essa leitura, pois o texto de hoje será um complemento desse conteúdo.

Na primeira parte utilizamos o exemplo de uma pessoa que comprou um celular no Shopping e em seguida negociou com seu amigo João uma obrigação futura de venda desse mesmo aparelho.

Na segunda parte explicamos a diferença entre opções de compra e venda, além de mostrar uma operação real.

Hoje vamos voltar a trazer um exemplo fictício de uma operação com uma opção de venda.

O vendedor

Ao passar em frente a uma loja você viu o novo Iphone X, sendo que o aparelho era o último disponível.

Quando começou a conversar com o vendedor, uma informação dita por ele fez com que você tomasse a decisão de compra:              

Vendedor A – A empresa que fabrica o smartphone só vai mandar um novo lote para o Brasil no próximo mês.

O valor pago por essa nova aquisição foi de R$ 3.000,00.

Após a compra, uma fome repentina aparece e você vai até a praça de alimentação.

Ao saborear um suculento bife, você começa a experimentar o aparelho.

Após os primeiros cliques percebe que talvez possa não se acostumar com o novo sistema operacional e isso te preocupa.

Você decidiu ir embora, porém antes de chegar no elevador você se depara com uma pequena loja que concerta aparelhos telefônicos.

O vendedor ao ver a sacola em suas mãos, começa uma conversa:

Vendedor B – Comprou o Iphone X?

Você – Comprei, mas estava acostumado com o Android. Mexendo a primeira vez não gostei muito.

Então o vendedor o convida a entrar na loja e em seguida faz uma proposta:

Vendedor B – Nós também vendemos esse aparelho e está em falta.

Você – Eu comprei o último de outra loja aqui do Shopping.

Vendedor B – Quer me vender o aparelho?

Você – Não. Ainda quero testar.

Vendedor B – Caso queira, eu compro o celular de você em 15 dias por R$ 3.000,00. Mas para isso você me paga R$ 100,00.

Você – Mas se eu não quiser vender?

Vendedor – Então os R$ 100,00 são meus. Imagine que é uma espécie de seguro e eu te dou um contrato garantindo que compro o seu aparelho por este preço.

O que você acabou de fazer foi uma compra de Put.

Vamos entender melhor

Ativo Objeto: Iphone X.

Titular: É você, que tem o direito de vendê-lo a R$ 3.000,00.

Lançador: É o vendedor, que tem a obrigação de comprá-lo a R$ 3.000,00.

Prêmio: R$ 100,00, é o valor pago por você para ter o direito de venda.

Preço de Exercício (Strike): R$ 3.000,00, é o valor acordado na negociação.

Opção: O contrato, que é o que legitima esse acordo.

Vencimento: 15 dias, que é o prazo final para fechamento do negócio.

Imaginando cenário

Agora vamos imaginar três cenários:

CENÁRIO 1:

Depois de uma semana a Apple anuncia que vai lançar o modelo XR ao preço de R$ 3.000,00 e com essa mudança o preço do modelo X cai para R$ 2.500,00.

Você vai até a loja com seu contrato e o exerce.

Você entrega o aparelho ao vendedor e recebe os R$ 3.000,00.

Observação: O vendedor ficou com seus R$ 100,00, mas teve que comprar um aparelho por R$ 3.000,00 que agora vale R$ 2.500,00.

CENÁRIO 2:

Depois de uma semana a Apple anuncia que só vai produzir um novo aparelho depois de dois anos e com essa mudança o modelo X começa a ser negociado no mercado a R$ 3.400,00.

Você ao assistir essa notícia pensa:

Não vou vender o celular na loja por R$ 3.000,00. Vou colocá-lo a venda na Internet por R$ 3.400,00. Com isso, meu lucro será de R$300,00 (R$3.400,00 – R$3.000,00 – R$100,00)

Observação: O vendedor ficou com seus R$ 100,00 e não terá que comprar nenhum aparelho.

CENÁRIO 3:

Depois de uma semana o aparelho continua valendo R$ 3.000,00 e você adorou sua navegabilidade.

Você não exercerá seu direito e o vendedor fica com os R$ 100,00.

Concluindo

O exemplo que demos é meramente ilustrativo, a analogia que fizemos é para uma compra de opção de venda (Put).

A intenção desta operação “Compra de Put” é garantir a venda em uma eventual queda do preço do ativo.

Lembrando que uma ação pode oscilar por diversos fatores, o que afeta exponencialmente o preço da opção.

Na próxima semana vamos usar exemplo reais de operações com opções.

Não deixe de acompanhar nossas mídias sociais e caso ainda não tenha escutado o episódio de derivativos do Jovem Nerd, confira aqui!

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