A semana e o segundo semestre de 2019 começam com a estreia das ações da Neoenergia na B3, depois da companhia captar R$ 3,7 bilhões em sua abertura de capital. Olho também em Petrobras, que colocou à venda várias de suas refinarias, inclusive a de Abreu e Lima. O movimento deve ter muita atenção dos investidores, que esperavam por esse anúncio por parte da estatal.
A mais famosa das refinarias colocadas à venda pela Petrobras na primeira fase de seu plano de desinvestimento no setor é a de Pernambuco. A Refinaria Abreu e Lima, a mais moderna do Brasil, foi um dos principais alvos de investigação da Operação Lava Jato e chegou a ter seu orçamento inicial de US$ 2,3 bilhões elevado para US$ 18,5 bilhões no período de nove anos. A construção da Abreu e Lima (Rnest) foi um projeto idealizado pelo ex-diretor de Abastecimento da petroleira, Paulo Roberto Costa, o primeiro delator do esquema de corrupção descoberto na estatal.
Também está na lista a primeira refinaria construída no País, Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, em 1950. Com a venda da unidade, a Petrobras praticamente se retira do mercado de refino do Nordeste, apesar de em seus anúncios de venda definir a região como um dos mais rápidos crescimentos no consumo de combustíveis no País. Com o movimento, apenas a pequena refinaria de Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, deverá permanecer com a companhia. Entre 2012 e 2017, o consumo no Nordeste teve alta de 1,76%, acima da média nacional de 1% no mesmo período.
O sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo, Bruno Madruga, destaca que a medida é uma característica da nova modelagem de venda de refinarias controladas pela estatal, considerada mais ousada e ambiciosa que a versão anterior, divulgada no ano passado, ainda na gestão de Pedro Parente, e que não chegou a sair do papel.
No exterior, o dia é de otimismo na Ásia, Europa e nos futuros de Nova York, após os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, selarem um cessar-fogo no fim de semana, suspendendo a aplicação de novas tarifas a importações um do outro.
Magazine Luiza
Após adquirir a varejista online Netshoes por cerca de R$ 440 milhões, o Magazine Luiza estuda abrir lojas físicas da marca no País, disse o CEO Frederico Trajano ao Valor Econômico, mas ainda há incerteza. Para o executivo, o mercado entendeu a operação de compra da vendedora de material esportivo, dada a elevação do preço da ação do Magazine durante as negociações, e ressaltou que o foco de crescimento da empresa tem como base aumentar volume de clientes ativos, frequência de compra e de categorias à venda.
Ele também acredita que dentro de um ano e meio será possível zerar o prejuízo da Netshoes, chegando no break-even com os ganhos gerados com a integração. Trajano avisou que o lucro será reinvestido em crescimento. Questionado sobre possíveis novas aquisições, Trajano disse que não vai avaliar compras no curto ou longo prazos. “Já comprei o que precisava”.
Klabin
A Klabin liquidou antecipadamente uma dívida a vencer do Programa de Parcelamento Fiscal (Refis) no montante de R$ 323 milhões. A companhia aderiu ao Refis em 2010. “A liquidação antecipada do Refis, que é parte do processo de gestão ativa da dívida da companhia, aliada a demais operações comunicadas anteriormente, otimizam a estrutura de capital da Klabin, uma vez que são substituídas por alternativas de financiamento mais atrativas sob a ótica de custo e prazo”, destaca a empresa em comunicado.
Braskem
De acordo com fontes do Valor Econômico, bancos negociam ações da Braskem com a Odebrecht e poderiam se comprometer a não executar de imediato as garantias até que se consiga uma solução para que o grupo possa acessar os dividendos da petroquímica. As discussões podem levar tempo, algo em torno de seis meses.
Santander
O Santander Brasil pagará juros sobre o capital próprio (JCP) no montante bruto de R$ 1 bilhão, equivalentes a R$ 0,12763992538 por ação ordinária, R$ 0,14040391792 por ação preferencial e R$ 0,26804384330 por unit. Terão direito ao pagamento os acionistas no final do dia 05 de julho, inclusive. A partir de 08 de julho, as ações serão negociadas ex-juros. Os JCP aprovados serão pagos a partir do dia 31 de julho.
Gafisa
A Gafisa informou que a Planner Redwood Asset Management, em decorrência do exercício de direito de preferência no aumento de capital da companhia, passou a deter, em 24 de junho, 19.521.483 ações ordinárias da empresa, correspondentes a 27,48% do total das ONs. De acordo com o site da B3, em 05 de junho, a Planner tinha 17,97% das ações. Além disso, a Brazilian Multimarket Investiments (BMI) adquiriu 3.629.058 ações ordinárias e passou a deter 5,11% do total desta classe de papéis.
Outras notícias
O conselho de administração da Eneva aprovou a celebração, pela Parnaíba Geração e Comercialização De Energia (PGC), de financiamento com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) no valor de até R$ 842,567 milhões, pelo prazo de 17 anos. O objetivo é financiar o desenvolvimento, a construção e a operação do Projeto Parnaíba V.
A Neoenergia informa que sua controlada Força Eólica do Brasil (FEB) comercializou hoje no Leilão A-4 30% da energia de dois Parques Eólicos, Oitis 1 e Oitis 8, que totalizam 74 MW de potência instalada.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou nota na qual informa que, “apesar de as negociações para açúcar e etanol não terem sido ambiciosas o suficiente”, a entidade reconhece “que o acordo (entre Mercosul e União Europeia) foi o melhor possível considerando as limitações impostas pela UE”. Segundo a associação de usinas, o estabelecimento de cotas para os produtos “limita o atendimento da demanda do mercado europeu pelo setor sucroenergético”, informou a Unica em comunicado.
(Fonte do noticiário corporativo: Agência Estado News)