Nos últimos anos, os brasileiros estão cada vez mais interessados pelo mercado financeiro. No começo de novembro, a B3 atingiu a marca de quatro milhões de pessoas aportando recursos em renda variável. Se você está chegando agora nesse universo, vai perceber que um dos termos mais falados por aqui é: spread!
Da renda fixa à Bolsa de Valores, o spread está praticamente em todos os lugares quando o assunto é investimento, dinheiro, lucro e juro. Entender como o termo é traduzido no cotidiano do mercado é fundamental para a formação como investidor.
Vamos começar explicando o que significa spread: a palavra tem origem inglesa e, em tradução para o português, quer dizer “espalhar”. O termo era utilizado para definir os alimentos espalhados no pão ou na torrada, como queijos cremosos e manteiga.
Afinal, o que é spread? De forma simples, a palavra refere-se à diferença entre dois valores comparáveis. O termo passou a ser atrelado ao mercado financeiro e às negociações.
Quando pensamos no mundo do mercado financeiro, o conceito surge desde conteúdos para iniciantes até teses formuladas por especialistas. Também é comum encontrar a palavra “spread” no campo jornalismo, seja no jornal, no rádio, na TV ou em publicações na internet.
Estamos falando de uma operação considerada simples no mercado financeiro. Você pode não saber, mas quando um investidor compra e vende uma ação, o conceito está lá!
O spread financeiro mostra o saldo após uma operação de compra e venda de algum produto no mercado. A ideia pode ser relacionada a qualquer ativo, como uma ação ou um título de crédito. Porém, isso não significa que ela tenha sempre a mesma função. No geral, o conceito é usado para evidenciar o lucro de uma negociação.
Nas redes sociais, com frequência, encontramos questionamentos sobre o tema, como o que é spread no mercado financeiro? Então, nada mais justo do que começar a explicação detalhando esse ponto.
Vamos começar pela renda variável, respondendo o que é spread na Bolsa de Valores. Em um primeiro momento, a ideia pode parecer complexa, mas, na prática, uma única resposta é suficiente para contemplar as duas perguntas.
Lembra do exemplo da compra e da venda de uma ação que apresentamos no começo do texto? O spread é justamente isso. Imagine que um investidor aceita vender uma ação da Petrobras pelo preço mínimo de R$ 20. No entanto, os compradores só estão dispostos a pagarem até R$ 15.
Esse saldo entre o preço de venda mais baixo e o valor de compra mais alto é o spread. No nosso exemplo, o spread da negociação é de R$ 5.
Duas palavras em inglês fazem parte da rotina de quem trabalha com spread. A primeira delas é “ask”, que representa o preço de venda mais baixo de um papel. Já a segunda é “bid”, que se refere ao mais alto valor que o mercado está disposto a pagar pelo ativo.
Depois de tudo o que você aprendeu sobre o assunto, chegou a hora de entender o que é o spread bancário. De maneira direta, é a lógica usada pelos bancos para obter lucro. Quem empresta dinheiro para uma instituição financeira, recebe uma remuneração por isso.
O que muita gente não sabe, é que o banco pega esse mesmo dinheiro e empresta para outras pessoas ou empresas, cobrando taxas maiores. O saldo entre esses dois movimentos é conhecido como spread bancário.
Na linguagem técnica, representa o saldo entre a taxa de empréstimo e a de captação. Porém, queremos facilitar a sua vida. Para isso, nada melhor do que exemplificar. Então, imagine que uma pessoa colocou um determinado valor na poupança de um banco, que vai pagar uma taxa de 5% ao ano.
Esse banco vai emprestar esse valor depositado na poupança para outra pessoa, que precisa de um financiamento imobiliário, por exemplo. No entanto, para fazer isso, vai cobrar uma taxa anual de 20%. A diferença entre as duas taxas é o spread. Nesse negócio, o spread bancário seria de 15%.
Quando o assunto é spread bancário, o Brasil é um país de destaque já que, por aqui, são cobradas algumas das maiores taxas do mundo nesse sentido. Uma das principais justificativas para isso é o risco de calote que os bancos correm ao oferecer crédito.
Os juros cobrados são calculados por meio de uma série de variáveis, como a taxa de inadimplência, os custos administrativos e, claro, o lucro das instituições financeiras envolvidas nesse tipo de operação.
Em geral, analistas de mercado apontam que o melhor caminho para reduzir o spread bancário no Brasil passa pela redução da carga tributária, por uma maior eficiência judicial para recuperar os nomes dos brasileiros considerados inadimplentes, por mais concorrência no setor e por um sistema de análise de crédito mais moderno e eficiente.
Agora que você já conhece o conceito de spread financeiro, está mais preparado para investir e fazer parte do mercado. Para começar, entre na nossa Carteira Recomendada e não perca a chance de conhecer ativos selecionados pelo nosso time de especialistas.
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