Ontem (24) os mercados fecharam com alta, mediante a melhora das tensões em relação à operação das empresas de tecnologia na China, melhorando as perspectivas entre as duas maiores economias do mundo. Além disso, há melhores perspectivas em relação à vacina por parte de Trump.
Nos Estados Unidos, a melhora das relações entre Estados Unidos e China em torno do WeChat podem fazer empresas dos dois países a aumentar, gerando uma percepção de arrefecimento das tensões entre as duas potências.
Além disso, Trump se propôs a contornar procedimentos regulatórios para acelerar a liberalização de uma nova vacina.
O Dow Jones, teve alta de 1,35%. O S&P 500, teve elevação de 1,00% e a Nasdaq, ganhou 0,60%.
Na Europa, os mercados subiram. Sem muitos dados de conjuntura econômica, o principal driver para as bolsas do velho continente também foram a melhora da relação entre as duas maiores economias do mundo em relação ao mercado de tecnologia e possível aceleração da vacina.
Frankfurt e Paris, tiveram as maiores altas do continente, subindo a 2,36% e 2,28% respectivamente. Milão, ganhou 2,12%. Madrid, subiu 1,82% e Londres, teve valorização de 1,71%.
No Brasil, existia grande expectativa com a divulgação de um pacote econômico que seria apresentado por Paulo Guedes chamado Big Ben.
Todavia, o governo recuou com a decisão decidindo por apresentar as propostas econômicas e o próprio Big Ben, que tinha foco em desburocratização e estímulos aos investimentos, em partes.
Isso deu uma desanimada no mercado brasileiro, reduzindo o volume de negócios, evidenciando cautela dos agentes.
Todavia, o mercado ainda fechou em alta, sendo influenciado por Nova York.
O Ibovespa teve elevação de 0,77%, a 102.297,95 pontos. O dólar teve queda de 0,22%, cotado a R$ 5,59 ao fim do pregão.
O petróleo também subiu, mediante as expectativas positivas geradas pela possível diminuição de procedimentos para que a vacina seja aprovada.
Além disso, as tempestades ocorridas no Golfo do México, levando a diminuição da produção da commodity.
O WTI, subiu 0,66%, a US$ 42,62 e o Brent, fechou a sessão com alta de 1,76%, a US$ 45,13, o barril.
Após as vendas de casas usadas superarem as expectativas dos agentes na sexta-feira (24), a S&P e o Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgarão mais dados referentes ao setor imobiliário. Ambos os dados evidenciam a força da demanda por imóveis nos Estados Unidos, mas as Vendas de Novas Casas podem evidenciar, em certa medida, parte do investimento em capital fixo e o avanço de outros setores que possuem sinergia com o imobiliário.
A expectativa do mercado é que os preços tenham leve evolução em junho, saindo de 3,7% para 3,8% e a Venda de Casas Novas em julho, deve ter aceleração inferior à registrada no mês imediatamente anterior, saindo de 13,8% para 1,3%, totalizando 785 mil novas casas vendidas.
Pela parte do consumo, importante componente da demanda agregada, espera-se que leve avanço em agosto.
A despeito dos problemas enfrentados pela pandemia do covid-19, o mercado espera que o índice saia de 92,6 pontos em julho para 93.
Apesar da melhora, o indicador ainda fica muito aquém do registrado antes da pandemia, evidenciando o forte impacto da crise no consumo das famílias.
Como ocorre toda terça-feira, a API (American Petroleum Institute) divulgará a produção petrolífera do setor privado.
Com a tempestade no Golfo do México, há possibilidade de que ocorram novos cortes na produção.
Na Europa, os principais indicadores serão provenientes da economia mais relevante da União Europeia, a Alemanha. A Agência Destatis divulgará o PIB (Produto Interno Bruto) do país para o segundo trimestre do ano atual com expectativas bem pessimistas, mesmo se tratando de uma das economias mais sólidas do planeta.
Devido aos fortes impactos da crise do covid-19 na oferta, no que diz respeito ao fornecimento, venda e produção de produtos e da demanda, por conta da diminuição da renda dos agentes, impactando o investimento e o consumo, fizeram que o país europeu sofresse forte impacto.
Além disso, o efeito do covid-19 nos demais países também afetaram as exportações do país que é uma das maiores economias vendedoras do mundo.
Assim, o mercado espera que o PIB do segundo trimestre tenha queda 10,1% ao trimestre e, ao ano, a retração seja de 11,7%.
Quanto aos indicadores IFO (Institute for Economic Research) divulgará os indicadores referentes à Zona do Euro e à Alemanha.
No que diz respeito às Expectativas de Negócios, que leva em consideração a percepção dos empresários alemães quanto ao país os agentes esperam leve alta para agosto, saindo de 90,5 para 92,2 pontos.
Já em relação ao Clima de Negócios, que leva em consideração a situação atual dos negócios da Zona do Euro, a expectativa é de leve aumento, com o índice a alcançar 98 pontos, mediante 97 de julho.
Já a situação atual da Alemanha, a expectativa é de que o índice saia de 84,5 pontos em julho para alcançar 87 em agosto.
Apesar da Alemanha ter logrado um dos maiores êxitos, em comparação aos seus pares internacionais, no combate ao novo coronavírus, os indicadores podem ter desempenho um pouco aquém do esperado ou não superem as expectativas pelo fato da doença estar retomando força no continente.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicará os dados referentes ao IPCA-15.
O indicador é um dos mais importantes dados prévios de inflação, pois possui um corte muito próximo do indicador oficial de inflação brasileira, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O que muda é período, de modo que o IPCA=15 tente antecipar a inflação.
Os agentes esperam que o IPCA-15 de agosto saia da 0,30% para 0,51%. O aumento nas expectativas se deve aos últimos indicadores de atividade econômica terem apresentado dados acima do esperado, levando ao fortalecimento da demanda, com isso, elevação dos preços.
Quanto aos dados do comércio exterior do Brasil, o Banco Central do Brasil, divulgará os dados das Transações Correntes.
Com os balanços de empresas brasileiras com plantas internacionais apresentaram dados acima do esperado e a renda do Brasil caiu com a pandemia e economias que importam do brasil, especialmente a China, têm se recuperado, o mercado espera melhora das transações correntes, conforme ocorreu com os dados de maio e junho,.
Assim, o mercado espera que as transações correntes brasileiras saiam de US$ 2,235 bilhões para US$ 2,816 bilhões em julho.