A esperança de que um acordo comercial entre os EUA e a China seja anunciado nesta sexta-feira alimenta o otimismo dos investidores, levando as bolsas internacionais a subirem. Internamente, o plano da Eletrobras de deixá-la mais enxuta para a privatização segue em frente e ontem a empresa anunciou que inicia nesta sexta-feira o segundo Plano de Demissão Consensual (PDC) 2019. O processo tem implementação simultânea na holding e em suas subsidiárias, como Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Eletrosul, Furnas e Amazonas GT. Fique de olho também em B3, Usiminas, Banco Inter e Helbor.
A meta da estatal é conseguir o desligamento de 1.681 empregados até o dia 31 de dezembro. No acordo com representantes sindicais, que foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), a Eletrobras se comprometeu a oferecer um programa de desligamento para que seu quadro de funcionários tenha 12.500 empregados a partir de janeiro de 2020, e 12.088 efetivos em maio do próximo ano. Após estas datas, a empresa fica autorizada a realizar as demissões necessárias para atingir esses números.
Segundo a Eletrobras, a economia estimada neste novo PDC é de R$ 510 milhões por ano, a um custo de cerca de R$ 548 milhões.
No exterior, as atenções se voltam para o encontro de Trump com o vice-premiê da China Liu He no âmbito das negociações comerciais em Washington, às 15h45. O mercado aguarda por algum comercial, ainda que parcial. Ontem à noite, Trump afirmou em comício que são os negociadores americanos que vão “determinar” se haverá um acordo comercial com a China ou não. No entanto, ele acrescentou que os chineses foram “gentis” nas conversas lideradas pelo chinês Liu He e pelo representante comercial dos EUA (USTR), Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.
Entre as commodities, hoje a Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu sua projeção para o crescimento da demanda global de petróleo este ano para 1 milhão de barris por dia (bpd), de 1,1 milhão estimado anteriormente, devido à desaceleração da atividade econômica no globo. Esta é a quarta diminuição apresentada pela AIE nos últimos seis meses. Para o ano que vem, a estimativa passou de 1,3 milhão de bpd para 1,2 milhão. A AIE manteve a projeção para a demanda por petróleo pelo Brasil em 2019 para 3,11 milhões de bpd.
Embora o petróleo tenha arrefecido a alta com os dados da AIE, os ganhos seguem robustos, após um ataque a um navio petroleiro iraniano por dois mísseis no Mar Vermelho, perto da costa da Arábia Saudita, o que deve favorecer as ações de Petrobras.
B3
A B3 divulgou os dados operacionais de setembro, e o volume financeiro diário no mercado de ações ficou em R$ 16,475 bilhões no mês, valor 71,5% maior que o apurado no mesmo mês de 2018. Em relação a agosto, houve uma queda de 16,5%.
O número de investidores ativos cresceu 89,2% em um ano, para 1,441 milhões, e em relação a agosto, houve alta de 6%. O valor de mercado das empresas listadas teve alta de 32,4% na comparação com setembro do ano passado, para R$ 4,198 trilhões.
Usiminas
A Usiminas informa que as barragens Mina Oeste (Somisa), Samambaia e Dique Oeste, de titularidade da Mineração Usiminas (MUSA), foram declaradas estáveis em auditoria externa. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa esclarece que a inclusão de tais barragens em relatório elaborado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) sobre barragens que não tiveram sua segurança atestada no segundo semestre de 2019 decorreu de um equívoco no envio da documentação por meio do sistema eletrônico da ANM, o qual já foi plenamente sanado junto à Agência e os demais órgãos fiscalizadores.
Adicionalmente, a Usiminas informou que a Barragem Central, também de titularidade da Musa, atualmente passa por obras para atendimento às novas exigências das empresas de auditoria e da legislação. A previsão, acrescenta, é de que tais obras sejam concluídas na próxima semana, quando a estrutura deverá passar por nova auditoria externa para confirmar a sua estabilidade. “A Barragem Central não apresenta qualquer anomalia, além de ser monitorada 24hs por dia”, afirma.
Banco Inter
O Banco Inter divulgou suas prévias operacionais do terceiro trimestre de 2019. No crédito, o banco registrou uma originação de R$ 1,2 bilhão no período, o que representa um crescimento de 123% em relação ao mesmo período de 2018, e de 37% na comparação com o segundo trimestre deste ano. O volume é um recorde para a instituição.
No crédito consignado, o volume chegou a R$ 293 milhões, com avanço anual de 255% e trimestral de 50%. No crédito imobiliário, o valor ficou em R$ 354 milhões, altas de 51% e 14%, respectivamente. Nas modalidades para empresas, a produção foi de R$ 591 milhões no trimestre, crescimento de 147% na comparação anual e de 49% na trimestral.
Renova Energia e AES Tietê
A Renova Energia encerrou as negociações com a AES Tietê para venda do complexo eólico Alto Sertão III. Em fato relevante, a Renova informa que as partes não chegaram a um acordo em relação às condições da operação. As negociações aconteciam pelo menos desde abril.
A Renova informa ainda que negocia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma prorrogação para 15 de janeiro de 2020 do empréstimo ponte destinado a financiar as obras de Alto Sertão III. O vencimento da operação acontece na próxima terça-feira (15).
JHSF Participações
A incorporadora JHSF Participações informou que vai abrir uma unidade do Fasano em Manhattan, Nova York. A cidade americana também vai ganhar um restaurante da marca. Segundo a empresa, os novos projetos fazem parte da expansão internacional da marca Fasano.
O Fasano Fifth Avenue, que ficará em frente ao Central Park, será inaugurado em janeiro e será composto por Clube Privado, com suítes e lobby bar; Club Residences, que serão vendidas em modelo de co-propriedade; e Private Residences, compostos por apartamentos privados.
Segundo a empresa, o contrato de administração do Fasano Fifth Avenue prevê a participação de 2% do valor de venda das unidades, acrescidos de taxas de administração anuais usuais de gestão do prédio, mínima de US$ 500 mil e foi firmado com a JHSF internacional dentro do desenvolvimento conjunto de soluções modernas para empreendimentos de alto padrão, em localizações nobres e com serviços de hospitalidade.
A marca também abrirá o restaurante Fasano New York. O imóvel que receberá o empreendimento tem 1.900 m2 e recebeu investimentos da ordem de US$ 40 milhões. O início das atividades está previsto para março, sujeita a obtenção de licenças costumeiras para esse tipo de operação.
Helbor
A ação da construtora Helbor em sua oferta subsequente (follow on) foi precificada em R$ 2,65, como havia antecipado o Broadcast com fontes. Com a demanda elevada, os coordenadores da oferta restrita colocaram o lote adicional. A quantidade de ações na oferta ficou em 211.342.500, movimentando portanto R$ 560 milhões.
A empresa informou que os recursos obtidos com a oferta serão utilizados, principalmente, para fomentar o lançamento de novos empreendimentos, incluindo a aquisição de novos terrenos diretamente ou por meio de subsidiárias. A oferta é coordenada pelo Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA.
Na noite de ontem, o conselho de administração aprovou a homologação do novo capital social da companhia, que passa a ser de R$ 1.750.496.145,12, dividido em 669.255.362 ações. O aumento de capital conta com exclusão do direito de preferência dos atuais acionistas na subscrição.
FONTE: AE BROADCAST