Ontem (15), os mercados tiveram forte receio em relação a segunda onda de covid-19 que pode comprometer fortemente a recuperação econômica em todo mundo. Além disso, os dados de produção industrial da China e o novo surto do vírus no gigante da Ásia Meridional fizeram com que os agentes começassem o dia de mau-humor em todo mundo.
Todavia, o discurso de Jerome Powell a informar que o FED agirá de forma contundente intervindo no mercado e comprando títulos de crédito corporativo, ou seja, o FED comprará títulos de empresas análogos à debentures por intermédio de ETF’s.
Além disso, a notícia de que os Estados Unidos afrouxarão as regras em relação às regras para utilização de internet da Hawai por empresas do país aliviou, de certa maneira, as tensões entre americanos e chineses.
Assim, apesar do mau humor inicial, ao fim do pregão o Dow Jones 30 teve elevação de 0,62%. O subiu S&P 500 0,87% e a Nasdaq, a liderar o rali de Wall Street teve ganhos de 1,43%.
Com a melhora das perspectivas o VIX teve queda de 4,68%, cotado a 34,40 pontos.
Na Europa, os agentes ficaram receosos com a possibilidade de uma segunda onda de coronavírus e os receios quanto a reunião que definirá os rumos do divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia fez com que os agentes ficassem cautelosos, a ponto da maioria dos mercados do continente fecharem em baixa, com os agentes avessos ao risco.
Somente Milão fechou o dia em alta, alcançando os 0,43%. Londres teve perdas de 0,66%, seguido por Paris que caiu 0,49%. Madrid e Frankfurt também registraram queda, em 0,46% e 0,32% respectivamente.
No Brasil, apesar do pedido de demissão do Mansueto Almeida, um dos grandes pilares da economia do governo, o mercado viu a indicação de Paulo Guedes, o economista Bruno Funchal com bons olhos.
Todavia, a melhora no humor em Wall Street não foi suficiente para recuperar o Ibovespa, apesar das perdas terem sido fortemente reduzidas por conta da melhora do humor nos Estados Unidos.
O Ibovespa teve baixa de 0,45%, cotado a 92.375,52 pontos. O dólar subiu 1,92%, alcançando R$ 5,14.
O petróleo encerrou o dia em alta motivado pela notícia de que os países membros da OPEP+ estão cumprindo o acordo estabelecido, quanto à produção da commodity,
O petróleo Brent fechou com alta de 2,35%, cotado a US$ 39,72 o barril e o WTI se elevaram em 2,37%, cotado a US$ 37,12.
Novos dados nos Estados Unidos
Hoje (16), os dados referentes à conjuntura econômica estarão em grandes medidas relacionadas ao varejo e à indústria americana. Começando pelo varejo, o Census Bureau divulgará os dados referentes às vendas e o núcleo do indicador, que exclui automóveis.
Em decorrência da abertura econômica em muitos estados americanos, a expectativa de reabertura e retomada da economia de países desenvolvidos, faz com que os agentes tenham expectativas positivas durante o período.
Assim, o mercado acredita que os indicadores tenham elevação, saindo da retração de 16,4% nas vendas no varejo e queda de 17,2% no núcleo, e indo para avanço de 8% e 5,4% respectivamente.
Ainda pensando no varejo, o indicador semanal de vendas da Redbook Inc. a avaliar o crescimento das vendas ponderado por vendas de ano a ano, nas mesmas lojas, em uma amostra de grandes varejistas norte-americanas de mercadorias gerais que representam cerca de 9.000 lojas.
O indicador também deve registrar melhora, levando em conta a melhora das perspectivas dos agentes ao longo da semana anterior.
Indo para os dados referentes à indústria, o Federal Reserve divulgará a produção industrial anual e mensal.
Por conta da melhora das perspectivas dos agentes em relação ao retorno da economia, o índice mensal pode sair dos níveis negativos de -11,2% para números positivos de 2,9%, caso as expectativas do mercado se concluam.
Todavia, na expectativa dos anual, ainda poderemos ter retração, devido os impactos dos meses anteriores, continuando próximo da queda de 15,04%.
Para o mês de maio, FED também divulgará os dados das vendas da indústria.
Seguindo a mesma lógica da produção industrial. Haja vista a melhora da percepção dos agentes durante maio, houve aumento da demanda por produtos industriais, fazendo com que as vendas voltassem a subir após o pico da pandemia.
Assim, o mercado acredita que o indicador saia de -13,7% em abril e alcance elevação de 2,9%.
Assim, os estoques das empresas tendem a diminuir e o utilização da capacidade instalada também tenham leve melhora, com expectativas de que os indicadores saiam de -0,2% para -0,8% para os estoques e de 64,9% para 66,9%, caso as esperanças do mercado sejam realizadas.
Além dos dados referentes à conjuntura econômica, o presidente do FED Jerome Powell e o membro do FOMC, Clarida, farão seus pronunciamentos, a evidenciar, mais uma vez, as perspectivas dos formuladores em relação à economia americana e anunciar políticas que podem gerar efeito no mercado, como ocorreu ontem (15).
Europa: salários, percepção econômica ZEW, IPC – Alemanha
Para a Zona do Euro, o instituto Eurostats divulgará indicadores reativos aos salários e perspectivas dos agentes por parte do instituto ZEW.
Os custos da mão de obra, tal qual os salários devem subir dentro dos países do bloco econômico.
Com a reabertura das economias europeias e perspectiva de melhora, deixando de cair ou se elevando levemente, a ponto da fronteira entre os países começarem a ter flexibilização, a demanda por trabalhadores podem aumentar, o que é acrescentado na perspectiva dos agentes, mesmo que de forma modesta.
Os agentes acreditam que os custos salariais podem subir, saindo de 2,3% para 2,9%. No entanto, o custo da mão de obra tende ficar inalterada, no patamar de 2,3%.
Quanto à percepção dos agentes, o instituto ZEW divulgará o indicador de percepção econômica referente ao mês de junho.
O índice indica a expectativa dos investidores alemães institucionais em relação à economia do bloco.
Também, por conta da melhora das expectativas, os agentes esperam melhora substancial no indicador, saindo de 46 e indo para 112,8 pontos.
O mesmo movimento é observado para o mesmo índice calculado para a economia alemã. Todavia, a alta é menos expressiva segundo a expectativa do mercado, saindo de 51 pontos e alcançando 60.
Continuando com a principal economia da Zona do Euro, o instituto de pesquisas Destats divulgará os dados de inflação do país para o mês de maio. Apesar da economia estar mais aquecida no mês de referência e haver
Brasil: vendas no varejo
No Brasil, O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicará os dados de vendas no varejo para o país durante o mês de abril.
O mês foi marcado por medidas de restrição social e, entre elas, o fechamento do comércio envolvendo lojas, shoppings e outros centros comerciais. Uma tendo como um dos locais mais afetados locais onde o comércio é muito forte e corresponde ao maior fluxo da atividade no país, o indicador deve retrair fortemente no mês.
A expectativa dos agentes é de 6,0% ao ano, contra redução 1,2% em março e de 7,7% na perspectiva mensal, contra retração de 2,5% no mês imediatamente anterior.
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