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Vale, Braskem, Cyrela e outras | Nova Futura

Written by Nova Futura | 27/11/2019 03:00:00

Em meio ao tom otimista vindo do exterior nesta quarta-feira, o mercado deverá digerir o anúncio da Vale de que fará impairments de aproximadamente US$ 3,2 bilhões após identificar que o valor contábil de certos ativos de metais básicos e carvão excedem o seu valor recuperável. Lá fora, o clima positivo se estabelece depois que o presidente americano, Donald Trump, disse que Washington e Pequim estão próximos de selar um acordo comercial preliminar. Atenção também para Braskem, CCR, Aliansce Sonae, Marfrig, Petrobras e Cyrela Commercial Properties. O mercado segue monitorando também o desempenho do dólar e seu impacto nas empresas.

Segundo a Vale, os impairments, que serão tratados como itens excepcionais, terão impacto no resultado do quarto trimestre de 2019, mas sem efeito no fluxo de caixa. A mineradora explica que ao longo de 2019, o segmento de Metais Básicos vem enfrentando desafios com relação à confiabilidade da produção e processamento do minério originado nas operações da Nova Caledônia.

“Como resultado, a companhia reduziu os níveis esperados de produção ao longo da vida útil remanescente da mina e irá registrar um impairment de aproximadamente US$ 1,6 bilhão no quarto trimestre de 2019, de um total de aproximadamente US$ 3 bilhões de ativos nessas operações”, diz a empresa.


Voltando à cena internacional, ainda que as bolsas na Europa e os futuros de Nova York apontem para o positivo, as altas seguem limitadas. Certa cautela persiste principalmente depois que a China divulgou que o lucro das grandes empresas industriais da China caiu 9,9% em outubro, na comparação anual, após ter recuado 5,3% em setembro, atingindo o menor nível em oito meses, pressionado pela queda nos preços e exportações de produtos. Diante disso, o contrato futuro do minério de ferro para janeiro negociado na bolsa de Dalian fechou em queda de 2,14%, cotado a US$ 91,33 a tonelada.

Braskem

A corte americana responsável pelo caso do executivo José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, marcou para hoje, 27, a audiência que vai decidir se ele poderá ou não ser preso sob fiança. Grubisich foi preso nos EUA último dia 20, sob acusação de comandar um intricado esquema de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e pagamento de propinas enquanto comandava a petroquímica. A audiência ocorrerá na corte leste de Nova York, às 10h.

Grubisisch foi detido ao desembarcar no Aeroporto JFK, em Nova York, onde pretendia passar uma semana de férias com a esposa, Kátia. As acusações haviam sido definidas em fevereiro e foram mantidas sob segredo de Justiça por oito meses para facilitar a prisão de Grubisich quando ele estivesse em solo americano.

Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu suspender nesta manhã a paralisação, após dois dias de greve. A mobilização contou com 26 mil trabalhadores, direta e indiretamente.

A suspensão veio depois que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou o pedido da Petrobrás na segunda-feira e autorizou o bloqueio de contas dos sindicatos que lideram greve. O ministro do TST Ives Gandra estabeleceu multa diária de R$ 2 milhões por conta da paralisação.

Em comunicado, a FUP disse que considera como arbitrárias as decisões do TST de multa e suspensão do repasse mensal de recursos aos sindicatos.

CCR

A CCR informa que, por determinação da agência reguladora, terá de reduzir a tarifa básica de pedágio em área de sua concessionária MSVia. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) decidiu ontem, em processo administrativo (nº 50501.313777/2018-04), que a companhia deve aplicar a redução de 53,94% da tarifa básica de pedágio de todas as praças sob o contrato de concessão na BR-163, no Mato Grosso do Sul.

“A Companhia informa que a MSVia adotará as medidas legais cabíveis visando a reversão desta deliberação”, diz a CCR em comunicado na noite de terça-feira. A CCR avalia se irá aderir o processo de devolução amigável e relicitação da MSVia, cujo decreto foi publicado em agosto.

Aliansce Sonae

A Aliansce Sonae Shopping Centers anuncia uma oferta de ações subsequente, follow on, que pode ultrapassar R$ 1 bilhão. A distribuição será primária, ou seja, de novas ações, em oferta restrita (a determinada quantidade de investidores). O preço da ação na oferta será definido após bookbuilding (coleta de intenções), que tem início hoje e vai até 5 de dezembro.

Serão ofertadas inicialmente 20.512.821 ações ordinárias, quantidade que pode ser acrescida de 35% (7.179.487) em lote adicional. Ao preço do fechamento de ontem, R$ 43,00 por ação, a oferta básica alcançaria R$ 882 milhões ou R$ 1,190 bilhão, considerando o exercício integral do lote adicional.

O início de negociação das ações no segmento do Novo Mercado da B3 está previsto para 9 de dezembro. Os recursos captados serão utilizados para financiar a estratégia de crescimento e fortalecer a estrutura de capital. A companhia busca “a consolidação do mercado brasileiro de shoppings, por meio do aumento de participação em ativos do seu portfólio próprio ou outros ativos dominantes de terceiros, bem como oportunidades de expansão de seus shoppings”, segundo o fato relevante.

Os bancos contratados são Bank of America Merrill Lynch (líder), Banco Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e BTG Pactual, além do JPMorgan.

Cyrela Commercial Properties

A Cyrela Commercial Properties fechou acordo para compra de unidades em duas torres do WTorre JK, em São Paulo, por R$ 1,05 bilhão. O documento é um compromisso de cessão onerosa de direitos aquisitivos de cotas de Fundo de Investimento Imobiliário e outras avenças para aquisição, em conjunto com a CCP/CPP Parallel Holding Cajamar I LLC (“CPP Cajamar”), da totalidade das cotas do Fundo de Investimento Imobiliário JK D – FII e do Fundo de Investimento Imobiliário JK E – FII, os quais detém, respectivamente, usufruto das unidades do 5º ao 22º pavimentos da Torre D e a Torre E, ambas no Setor “C” do Condomínio WTorre JK (Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, nº 2041 e 2235). Os fundos são geridos pela BRKB DTVM (nova denominação do Banco Brascan), controlada pela Brookfield Brasil.

A operação representa a aquisição de 35.152,52 m² de área “BOMA” – soma de toda a área privativa e comum do imóvel rateado proporcionalmente aos ocupantes – pelo valor de R$ 1,050 bilhão, na proporção de 30% pela CCP e 70% pela CPP Cajamar. A companhia afirma que poderá se utilizar de capital próprio ou financiamento para o pagamento.

O fechamento da operação está sujeito ao cumprimento de determinadas condições, entre as quais a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Marfrig

A Marfrig contratou ontem o JPMorgan, o Bradesco BBI e o Santander para estruturarem sua oferta subsequente de ações (follow on), informou a Coluna do Broadcast. A emissão será primária e com parte secundária, para dar saída a fatia detida pelo braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDESPar.

A oferta, que deverá movimentar cerca de R$ 2 bilhões, está programada para ocorrer já em dezembro. A parcela da oferta primária, que injetará recursos no caixa da empresa, ajudará no pagamento de seu aumento de participação na controlada norte-americana National Beef, anunciada recentemente, em um negócio de US$ 860 milhões. A ideia é de que ela ocorra antes do follow on da JBS programada para o próximo mês, que também servirá para desinvestimento do BNDES, mas que deve chegar em R$ 8 bilhões. Procurada, a Marfrig não comentou.

Segundo a coluna, Marcos Molina, sócio-fundador e dono da maior participação na Marfrig não desistiu de comprar a fatia detida pelo BNDES na companhia. Ao longo dos últimos meses, o empresário bateu na porta dos bancos atrás de financiamento. Sua ideia era ter bala na agulha para adquirir a parte do banco de fomento antes que o BNDES a colocasse à venda. O empresário detém 36,43% de participação na Marfrig, por meio da holding MMS Participações.

O BNDES é seu maior sócio, com a fatia de 33,74%. Mesmo com os trâmites para o follow on estarem andando – operação que pode dar saída ao banco de fomento já em dezembro -, Molina está mexendo os pauzinhos para tentar levar as ações.

Eletropaulo

Os acionistas da Enel SP, antiga Eletropaulo, aprovaram ontem o resgate das ações que ainda estão em circulação no mercado. Serão resgatadas 5.174.050 papéis ON, que representam 2,58% do capital social total. O preço por ação será de R$ 49,46, e o pagamento será realizado no dia 05 de dezembro, com base na posição acionária desta terça-feira.

JSL

O conselho de administração da JSL aprovou a realização da 14ª emissão de debêntures da companhia, no valor de R$ 200 milhões, em série única. Os títulos terão vencimento de quatro anos, em novembro de 2023. O retorno oferecido aos investidores será equivalente a 115,20% da taxa DI por ano. A companhia informa que os recursos serão utilizados para liquidar a 3ª emissão de notas promissórias.

FONTE: AE BROADCAST