As últimas semanas foram repletas de recordes e eventos incomuns para os brasileiros. Dessa forma, houve o dia que a cidade de São Paulo parou por conta de uma chuva exacerbada. O dia que o COPOM decidiu reduzir a taxa de juros para o menor patamar desde que o Plano Real foi criado e o dia que o dólar chegou a ser negociado a R$ 4,38.
O que mudou de dezembro de 2019 a janeiro de 2020?
A princípio até o dia 14 de fevereiro o dólar havia acumulado uma alta de 7,23%. Confira abaixo os principais fatores que impactaram nessa variação:
Cenário Interno
- Primeiramente com a redução gradativa da Taxa Selic desde 2019. O Brasil passa a competir com muitos países desenvolvidos que apresentam taxas semelhantes à brasileira. Por conta disso o investidor estrangeiro passou a considerar o nosso país não tão atrativo como os demais.
- Ainda pensando nas taxas de juros, os anúncios do presidente do BC, Roberto Campos Neto, informando que não pretende elevar as taxas de juros, faz as expectativas dos agentes estrangeiros por rentabilidade diminuir ainda mais.
- Por outro lado os números da economia apresentaram poucas mudanças ao que é esperado diante de tantos esforços via políticas econômicas. Essa desaceleração/aceleração lenta gera um impacto negativo para investidores e empreendedores brasileiros.
- Desse modo os dados referentes à queda na inflação por conta de uma aceleração muito lenta da economia brasileira, contribui para queda da taxa de juros longa. Sendo mais um fator que diminui o apetite dos investidores externos.
- A agenda de reformas caminhando em uma velocidade abaixo do esperado, sendo assim também é um fator que gera desconfiança em relação ao Brasil. Fazendo com que os agentes retirem dólares do país.
Cenário Externo
- A princípio, no mês de janeiro o assunto mais comentado nos noticiários globais foi a turbulenta relação entre Estados Unidos e Irã.
- Sob uma ameaça de uma possível pandemia, o Coronavírus tornou-se destaque em todo o mundo gerando incertezas para todos os países. Com tais incertezas, os agentes buscam segurança, tirando dinheiro, principalmente de países emergentes como o Brasil.
- Como resultado, a queda na expectativa do crescimento da economia global causada pelo surto do coronavírus, faz os agentes buscarem segurança, demandando mais dólares.
- O FED não deseja cortar juros, ao menos no curto prazo, pois os dados de atividade da economia americana, apesar de haver desaceleração em alguns, ajudam na decisão dos policy makers da entidade americana.
Por fim, o Brasil como um todo, foi impactado em ambos cenários. Uma vez que os dois maiores importadores de produtos brasileiros são Estados Unidos e China.
O que esperar do dólar?
Certamente na quinta (13) e sexta (14) o Banco Central efetuou intervenções no mercado futuro de dólar através leilões. Elas totalizaram cerca de US$ 2 bilhões injetados durante os pregões.
Essa prática do Bacen foi interpretada por muitos especialistas como uma barreira informal do dólar entre R$ 4,30 e R$ 4,40. Porém, o Brasil adota a política de câmbio flutuante. Isso significa que não é possível selecionar uma taxa fixa de dólar para o futuro. Por isso, diversos produtos financeiros foram desenvolvidos. Afim de dar suporte aos investidores em geral em momentos de alta flutuação da moeda.
Onde investir em momentos de alta oscilação do dólar?
Os fundos cambiais são uma ótima opção para esse tipo de situação.
Além das vantagens de investir em fundos, como contar com uma equipe de gestão especializada, os fundos cambiais possuem outros benefícios:
- Acesso ao investimento em moeda estrangeira com valor baixo de aplicação.
- Proteção da variação de preço de moedas.
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