Tom ameno entre potências e receios quanto ao fiscal em dia de IBC-Br e IGP

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As bolsas na Europa tiveram desempenho majoritariamente positivo no pregão de ontem (15). A produção industrial com queda menor que a esperada pelo mercado, embora ainda mostre fragilidade quanto à escassez de matéria prima e os altos preços de energia, e o impulso das ações de grandes companhias como Renault, Merck e Continental contribuíram para o avanço na Europa Continental. Reino Unido, a queda nos preços do minério de ferro e das ações da AstraZeneca fizeram a bolsa de Londres perder 0,49%. Frankfurt teve alta de 0,07%. Paris subiu 0,45%. Milão ganhou 0,36%. Lisboa e Madri tiveram avanço de 0,64% e 0,13% respectivamente.

O mercado americano teve um dia de cautela mediante a alta nos rendimentos das tresuries. Tal comportamento do rendimento dos títulos de “qualidade” evidência certo nervosismo por parte do mercado no que diz respeito ao começo da retirada e estímulos por parte do FED, o que para alguns, já se mostra atrasado em cumprir tal tarefa. O Dow Jones e o Nasdaq tiveram queda de 0,04% cada uma e o S&P 500 ficou no zero a zero.

Devido ao feriado de Proclamação da República, a bolsa não operou. Como proxy, o EWZ, ETF que replica a bolsa brasileira em Nova York, acompanhou os ativos americanos também ficando no zero a zero.

Para hoje (16/11)

Na Ásia, o mercado fechou mistos. Se por um lado a conversa de mais de três horas entre Biden e Xi Jinping fez com que alguns ativos da região subissem por conta do tom ameno, as bolsas da China Continental perderam com queda dos papéis relacionados ao setor de defesa. O Nikkei subiu 0,11%. Seul teve leve recuo de 0,08% influenciada pelas quedas das ações das companhias Hyundai. Taiwan teve avanço de 0,33% e Hong Kong ganhou 1,27%. Na China, Xangai e Shenzhen perderam 0,33% e 0,51% respectivamente.

Em Singapura, o Minério de Ferro teve alta de 0,66%, cotado a US$ 88,60%, seguindo os bons números de produção industrial e varejo na China.

Na Europa, as bolsas continuam a alta do pregão de ontem, influenciadas pelos bons números de emprego no Reino Unido e dados de atividade econômica dentro do esperado na Zona do Euro.

As bolsas americanas, apesar do diálogo Biden-Xi ser amistoso, Wall Street continua receosa e os rendimentos das treasuries com vencimento para dez anos continuam a subir. Na agenda econômica, os investidores ficarão atentos aos estoques de petróleo, às falas de presidentes do FED, vendas no janeiro, produção industrial.

No Brasil, o IGP-10 divulgado pelo IBRE da FGV evidenciou alta de 1,19%, após queda de 0,31% no mês anterior. Os vilões da série foi o IPA que, após cair 0,77%, teve alta de 1,31% com o avanço de 2,53% ante queda de 1,19%. No ano, o índice subiu 17,47% e em 12 meses, avanço de 19,78%.

O Relatório Focus mostrou nova alta de expectativa para inflação e queda de PIB. A autoridade monetária do país também divulgará o IBC-Br, principal proxy para a atividade econômica do país.

A recuperação no minério de ferro deve ajudar no desempenho de importantes companhias ligadas à commodity metálica.

A possível votação da PEC dos precatórios também ficará no radar dos investidores. O DXY avança, evidenciando força do dólar ao passo em que os rendimentos da tresuries avança, podendo evidenciar força da moeda estrangeira contra o real, além da cautela com fiscal e EUA. No entanto, o EWZ mostra avanço no premarket de aproximadamente 0,52%.

O Tesouro oferta NTN-Bs para 2026, 2030 e 2055.

Balanços hoje: Ânima pré-mercado; Eletrobras, Boa Vista, Cruzeiro do Sul, Espaçolaser, Hidrovias do Brasil, Iochpe-Maxion, Méliuz, Mosaico pós-mercado.

Autor: Matheus Jaconeli

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