Os mercados europeus fecharam em queda com os investidores temendo as novas variantes da Covid-19. Os receios foram, de certa forma, potencializados, pois já havia um forte avanço em importantes países do continente e a nova cepa, originária da África do Sul, pode ser mais contagiosa e letal o que gera ainda mais temores de fechamentos e desaceleração econômica.
Com o pregão parcial, os mercados americanos voltaram do feriado do Dia de Ação de Graças de forma um tanto triste. Os temores em torno da variante sul-africana do coronavírus assustou os mercados, fazendo com que os principais índices do país e os rendimentos dos títulos do país caíssem devido aos receios em torno da possibilidade de um lockdown global.
No Brasil, o mercado teve o mesmo movimento que o evidenciado no exterior. Dado que a bolsa brasileira possui grande participação de companhias relacionadas ao ciclo econômico de commodities, o movimento de risk-off fez com que o principal índice da B3 fechasse em queda, acompanhando seus pares globais. Internamente, seguia no foco a discussão em torno do fiscal, com os investidores aguardando a votação da PEC dos precatórios no dia 30 (terça-feira).
Para hoje (29/11)
As bolsas da Ásia também fecharam em queda repercutindo os temores do pregão de sexta-feira mediante ao avanço da ômicron, nova variante da Covid-19 que também começa a se disseminar no continente. Internamente, os lucros industriais caíram na China.
Apesar da queda nos lucros industriais e das bolsas na Ásia, o arrefecimento em relação às preocupações da nova versão do coronavírus contribui para a alta do minério de ferro que em Singapura teve alta de 1,48% a US$ 102,90.
As bolsas europeias abrem em alta, se recuperando da realização do final da semana passada. Lagarde disse que Zona do Euro está mais preparada para uma nova onda da doença. Além disso, cientistas sul-africanos disseram que as pessoas infectadas pela ômicron não apresentaram sintomas graves e a OMS disse que a nova variante não é tão perigosa. Entre os dados de atividade econômica, se destacam dados monetários do Reino Unido, índice de preços da Alemanha e indicadores de confiança da Zona do Euro.
Nos Estados Unidos, os futuros sobem pelo mesmo motivo. Os anúncios mais brandos quanto aos efeitos da nova variante da Covid-19. A Moderna se juntou a Pfizer ao informar que pode fabricar um imunizante rapidamente contra uma nova variante do vírus. Na agenda econômica, o foco será nos pronunciamentos de formuladores de política.
No Brasil, o Relatório Focus apontou, novamente, avanço da inflação e queda do PIB atingindo 10,15% e 4,78% respectivamente. Para 2022, as projeções são de nova queda, com a inflação de 5% e PIB de 0,58%. A autoridade monetária também oferta, às 10:30, 14.000 contratos de swap em leilão para ajuste de overhedge.
Outro destaque importante do dia é o IGP-M. O indicador evidenciou queda em relação ao mês imediatamente anterior, saindo de 0,64% para 0,02% por influência do índice de preços ao produtor (IPA), saindo de 0,53% para -0,29%.
De olho nas contas públicas, o Tesouro divulgará o Resultado do Governo Central. As projeções são de superávit de R$ 25,8 bi ante R$ 300 mi no mês anterior.
Autor: Matheus Jaconeli
Deixe um comentário