Na sexta-feira (05), os mercados internacionais registraram alta. Os dados de conjuntura econômica da maior economia do mundo, animaram fortemente os mercados, aumentando as perspectivas de retomada saudável nos países desenvolvidos.
As bolsas americanas fecharam a sexta-feira com forte elevação, de olho nos dados do mercado de trabalho americano que surpreendeu positivamente os agentes. O relatório do Payroll evidenciou que os Estados Unidos seguem o caminho certo para recuperação econômica.
A economia americana criou 2,5 milhões de postos de emprego, contra uma expectativa de perda de 8 milhões. A taxa de desemprego, a qual tinha expectativa de 19,7% pelo mercado, registrou aumento de 13,3%.
O Dow Jones encerrou em alta de 3,15%. S&P 500 avançou 2,62% e a Nasdaq teve alta de 2,06%. O VIX, mediante o ânimo do mercado em relação à retomada e diminuição do risco percebido com os dados de conjuntura teve retração de 5,00%, chegando a 24,52 pontos.
Na Europa, os mercados também se animaram com os dados advindos dos Estados Unidos, sendo um sinal de que a mesma também pode se sair bem após a reabertura econômica, tendo em vista que importantes países, como Alemanha e França, registram taxas de desemprego menores em relação à registrada na economia americana.
Além disso a União Europeia a avança cada vez mais no que diz respeito à reabertura, se programando para a livre mobilidade de pessoas dentro do bloco econômico. Assim, as bolsas também registraram forte desempenho após à realização de quinta-feira (04).
Madrid teve a maior alta, com avanço de 4,04%. Paris e Frankfurt também tiveram forte elevação, em 3,71% e 3,36% respectivamente. Milão subiu 2,82% e Londres teve ganhos de 2,25%.
No Brasil, o mercado, que já vinha olhando para as expectativas do mercado externo, registrou novos ganhos.
Todavia, apesar de não estar a gerar preço por enquanto, as questões políticas podem trazer volatilidade para o mercado no longo prazo, sobretudo com o acirramento dos problemas de ordem institucional no país.
Assim, com os dados surpreendentes do exterior e as expectativas de retomada econômica em todo mundo, o Ibovespa registrou elevação de 0,86%, aos 94.637,06.
O dólar subiu com a melhora das expectativas em relação à retomada econômica, fazendo com que os agentes internacionais ampliem seu apetite pelo risco. A moeda americana fechou a sessão com queda de 3,14%, cotado a R$ 4,9592.
O petróleo Brent fechou com aumento de 5,78%, fechando o dia cotado a US$ 42,30. O WTI também subiu forte em 5,72%, sendo cotado a US$ 39,55.
Além das perspectivas positivas em relação à economia, a reunião da OPEP+ realizada sábado, com os países concordando em manter o corte na produção até julho em 9,7 milhões e, posteriormente poderá reduzir em 7,7 milhões.
Na China, apesar dos dados de exportação serem negativos, elas ficaram acima do esperado de -7,0%, alcançando -3,3%. Todavia, as importações tiveram forte queda, com retração de 16,7%, quando os agentes consideravam retração de 9,75%.
Hoje (08), será divulgado o índice de tendência do emprego pelo Conforence Board. O indicador leva em consideração outros oito indicadores de emprego: Porcentagem de respondentes que dizem encontrar “empregos difíceis de conseguir “(Pesquisa de Confiança do Consumidor do Instituto Privado de Conjuntura “Conference Board”). Pedidos iniciais de seguro desemprego (Departamento de Trabalho dos EUA). Porcentagem de empresas com posições “não capaz de preencher a vaga neste momento”(Federação Nacional de Empresas Independentes). Número de empregados contratados pela indústria de ajuda temporária (Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA). Trabalhadores temporários por razões econômicas (BLS). Vagas abertas (BLS). Produção Industrial (Conselho de Governadores do Fed). Produção Real e Vendas no Comércio (EUA Departamento de Análises Econômicas)
Como os dados de mercado da semana passada já vinham indicando resultados melhores que esperado, a evidenciar a retomada do mercado de trabalho nos Estados Unidos, a expectativa é de que o indicador saia de 43,43 para 51,64 pontos.
Na Europa, serão divulgados dados para a Alemanha e para a Zona do Euro.
Começando pela Alemanha, a agência Destats divulgará os dados referentes à produção industrial para o mês de abril. Como o indicador se trata de tal mês, há forte retração segundo às expectativas dos agentes, com o índice podendo sair de -9,2% e indo para -16%. A retomada da economia gerará melhora em vários setores da europa, sobretudo de países com grande estabilidade.
Para Zona do Euro, o indicador de Confiança do Investidor será divulgado pelo Sentix GmbH para o mês de junho.
O indicador mostra o quanto os investidores estão confiantes em relação à atividade econômica para o bloco. Apesar da expectativa ainda ser negativa para o indicador, há grande melhora, haja vista o avanço nos indicadores de conjuntura econômica e nas perspectivas de abertura econômica.
Assim, os agentes esperam que o índice saia de -41,8 para -22,5 pontos.
No Brasil, como ocorre toda segunda-feira, será divulgado o Boletim Focus com as expectativas do mercado em relação à economia.
Devido aos dados antecedentes da atividade econômica, de inflação e endividamento do setor público, os agentes acreditam que indicadores como PIB, inflação e produção industrial terão queda ao fim do ano de 2020 e terão recuperação, mesmo que vagarosa, somente em 2021.
Todavia, muitos analistas já falam de retomada da economia brasileira, mas a retomada será bem mais vagarosa quando comparada com o que ocorre nos países desenvolvidos.