Os dados de conjuntura econômica na Europa e nos Estados Unidos animaram os mercados financeiros no mundo desenvolvido. Dentre as principais bolsas internacionais, apenas uma delas fechou em queda. Contudo, no Brasil, o mercado engatou mais uma queda.
Nos Estados Unidos, apesar dos dados fracos do ADP System, com avanço de criação de 167 mil empregos no setor privado em julho, muito abaixo das perspectivas de mercado, os demais indicadores de conjuntura econômica compensaram para sustentar as altas em Nova York.
O Dow Jones, teve alta de 1,39%. O S&P 500, ganhou 0,64% e Nasdaq, subiu 0,0,52%.
Na Europa, as bolsas fecharam em alta, com os agentes animados com os dados de conjuntura econômica. Os PMI’s divulgados pela IHS Markit, apesar de evidenciarem alguns dados abaixo do esperado, mostram expansão da atividade econômica da região.
No entanto, os investidores continuam de olho macroeconomia, pois mesmo que os dados sejam positivos, ainda não recuperou todas as perdas registradas no pico da crise.
Paris, teve elevação de 0,90%. Frankfurt, teve elevação de 0,47%. Milão, subiu 0,64%. Madrid teve ganhos de 0,26% e Londres, registrou a maior alta, com ganhos de 1,14%.
No Brasil, interrompeu as sequências de perdas, alcançando ganhos mediante os dados de expansão da atividade econômica no exterior e digerindo os dado positivos de produção industrial de terça-feira (04).
Além disso, os bons resultados corporativos geraram bom humor aos agentes. Iguatemi (IGTA3) contribui positivamente, mostrando que há perspectivas positivas para o setor de shoppings e, por consequência, para o consumo. Além disso Gerdau e Klabin também divulgaram bons números.
Com a oferta de petróleo estável, os estoques de petróleo foram cortados, estimulando Petrobras, a modo a impulsionar positivamente o Ibovespa.
Assim, o Ibovespa fechou em alta, com ganhos de 1,57%, a 102.801,76 pontos. O dólar, com a venda de contratos de swaps, fechou próximo da estabilidade, com elevação de 0,02% e cotado a R$ 5,2915.
O petróleo fechou em alta. As expectativas de cortes nos estoques de barris de petróleo contribuíram positivamente para o desempenho da commodity.
O petróleo Brent, teve alta de 1,67%, a US$ 45,17 e o WTI, subiu 1,18% fechando a sessão em US$ 42,19.
Estados Unidos: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego e Discurso de Kaplan
O Departamento do Trabalho, divulgará os dados dos pedidos iniciais por seguro-desemprego.
Após dados abaixo do esperado publicados pela API System e das últimas semanas com demanda elevada pelo benefício, os agentes esperam pouca diferença entre as semanas.
O mercado espera que o número de pedidos iniciais por seguro-desemprego saia de 1.434 milhões de pedidos para 1.415 milhões.
O membro do FOMC, Kaplan, fará seu discurso, a evidenciar as perspectivas dos formuladores da política monetária americana quanto à economia.
Europa: Encomendas à Indústria e PMI de Construção da Alemanha
Na Europa, A agenda econômica ficará com foco na agenda alemã com dados da indústria e do setor de construção civil.
A agência Destats, publicará os dados de encomendas à indústria alemã, mostrando o quanto foi demando ao setor durante o mês de junho.
A expectativa do mercado é de que o indicador tenha aceleração levemente menor em relação a maio, saindo de 10,4% para 10,1% em junho.
Após a divulgação dos dados mais importantes do PMI, industrial, composto e de serviços, a IHS Markit divulgará o PMI referente ao setor de construção.
O setor de construção também é importante, pois, de forma indireta, transparece como a infraestrutura do país está a reagir, uma vez que esta é fortemente ligada ao setor de construção.
Após dados positivos dos demais PMI’s, o indicador pode ter avanço, após registrar baixos níveis em junho a 41,3 pontos.
Brasil: IGP-DI, Taxa de Desemprego e Produção de Veículos
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgará o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).
O indicador é importante para medir a inflação dos aluguéis, tarifas públicas, panos de seguros e de saúde, pois esse indicador é o utilizado para o reajuste do contrato desses serviços.
A expectativa do mercado é de que o indicador, em julho, saia de 1,60% em junho para 2,19%.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgará os dados do mercado de trabalho.
A taxa de desemprego tende a ter leve elevação, haja vista que os dados divulgados pelo CAGED (cadastro geral dos empregados e desempregos) ter registrado destruição de empregos menor que o esperado pelo mercado. Todavia, o setor informal ainda sofre por conta dos impactos da pandemia.
A expectativa do mercado é de que a taxa de desemprego saia de 12,9% para 13,2%.
A elevação não é tão alta, também, por conta da atividade econômica que mostra ter desempenho melhor que o esperado mediante à crise gerada pelo covid-19.
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