A terça-feira (15) tinha tudo para que todos os mercados fechassem em alta. Contudo, os ruídos políticos no Brasil e o desânimo com os novos produtos da Apple, afetaram as bolsas no continente americano. Na Europa, os mercados subiram mediante bons dados de conjuntura.
No início do dia, as bolsas americanas buscavam a alta, mediante os dados positivos da China, Europa. Todavia, os dados abaixo da expectativa para a produção industrial, geraram impacto negativo na percepção quanto a retomada do setor.
Por outro lado, as perspectivas quanto aos novos produtos da Apple foram frustradas, pois não gerou o sucesso esperado pelos agentes, além da cautela quanto à decisão do FOMC amanhã.
O Dow Jones, ficou praticamente no zero a zero, com ganhos de 0,01%. O S&P 500, teve ganhos de 0,52% e a Nasdaq, ganhou 1,21%.
Os principais índices europeus fecharam a sessão de ontem (15) com o ânimo advindo de Nova York e com dados positivos de atividade econômica.
Os dados da China registraram forte elevação, tal como o índice de expectativas econômicas da Alemanha divulgado pelo instituto ZEW.
Londres liderou as altas no continente devido à Libra Esterlina pressionada as empresas exportadoras tiveram alta considerável.
O lado corporativo também foi positivo, tendo em vista a possibilidade da fusão entre PSA, empresa fabricante da Peugeot e Fiat Chrysler.
Londres, ganhou 1,32%, Madri, também teve bons ganhos, a 1,22%. Milão, se valorizou em 0,82%. Paris e Frankfurt subiram 0,32% e 0,18% respectivamente.
O Ibovespa começou o dia com forte alta, mediante os dados positivos referentes a atividade econômica na China e, também sendo puxado por Nova York.
Todavia, o ruído político com Jair Bolsonaro a informar que o Renda Brasil não será mais feito, pois seria era pago com o congelamento de aposentadorias e pensões desautorizando o ministério da economia. Todavia, Paulo Guedes, em live, disse que o “cartão vermelho” citado por Bolsonaro não é para ele.
O Ibovespa fechou próximo do zero a zero, com avanço de 0,02% a 100.297,91 pontos e o dólar teve alta de 0,26%, cotado a R$ 5,29.
Após temores em relação ao mercado de petróleo, os dados positivos vindos da China e a paralização da produção causada pelo furacão Sally, geraram expectativa de equilíbrio entre a oferta e demanda no mercado de petróleo.
Os preços se recuperaram, com o WTI próximo do patamar de quarenta dólares.
O WTI, teve valorização de 2,74%, a US$ 38,28 o contato futuro do Brent para novembro, subiu 2,32%, a US$ 40,53.
Hoje (16), a agenda econômica americana se concentrará nos dados do varejo, produção de petróleo bruto e a esperada decisão do FOMC ao fim do dia.
Começando pelos indicadores econômicos, o Census Bureau, divulgará os dados referente às vendas no varejo para o mês de agosto.
Como a economia americana depende fortemente do consumo, o dado é um importante indicador de percepção de como a economia americana está a se recuperar da crise.
O indicador amplo, considerando todos os bens, o mercado espera avanço de 1,0% em agosto, ante elevação ode 1,2% em julho,
Para o núcleo, isto é, excluindo alimentos e energia, o índice tende a sair de 1,9% para 0,9% em agosto, segundo as perspectivas do mercado.
Quanto ao petróleo, os agentes esperam que os estoques alcancem elevação de 2,049 milhões de barris, ante avanço de 2,032 milhões na semana anterior.
Os estoques em elevação se devem ao enfraquecimento da demanda que ainda não se recuperou dos choques criados pela pandemia do covid-19.
Assim, o petróleo continua a ser fator de preocupação para os mercados financeiros. Todavia, há como os estoques serem menores que o esperado, por conta do Furacão Sally.
Por fim, às 15:30, o FED anunciará a taxa de juros básica da economia americana que, conforme disse o chair da instituição, Jerome Powell, já informou, de certa forma, como o FED conduzirá a política monetária.
Todavia, com novos indicadores de atividade econômica dos Estados Unidos podem trazer alguma expectativa por presidente do banco central americano, mesmo que com variação muito sensível em seu discurso.
Assim, o mercado acredita que o mercado continue em 0,25%, sem projeção de aumento.
O Office for National Statistics publicará os indicadores de preços do Reino Unido, a evidenciar se a atividade econômica está se recuperando ou não.
Como o Reino Unido foi uma das economias mais afetadas pelo covid-19, apesar de atualmente, dos novos casos na região estar a se elevar menos em relação a União Europeia na segunda onda de infectados no continente, os efeitos sobre a economia britânica ainda são consideráveis.
As expectativas do mercado é de que em agosto, o principal índice de preços tenha deflação de 0,6% ante 0,4% em julho. Ao ano, o índice deve sair de 1,0% para 0,1%.
Para o varejo, em linha com o PCI (prices consumer index), também possui perspectiva deflacionária, saindo de 0,5% para -0,3% ao mês e, ao ano, pode atingir 0,6%, ante 1,6% registrado no mês imediatamente anterior.
Para a Zona do Euro, a agência Eurostat disponibilizará os indicadores da Balança Comercial.
Devido à queda no fluxo de negócios e diminuição na renda de muitos países fora da Zona do Euro, as exportações tendem a ter retração, fazendo com que o lado positivo da balança comercial decresça, diminuindo seu saldo.
No que diz respeito às importações, apesar da retomada de parte da renda, o que ajuda o indicador, elas não devem ter avanços tão significativos, uma vez que a atividade economia ainda não tinha avançado tanto em julho.
O mercado espera que o saldo da balança comercial saia de € 21,2 bilhões em junho, para € 12,6 bilhões em julho.
Assim como nos Estados Unidos, o Comitê de Política Monetária (Copom) fará sua reunião e apresentará a decisão da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.
Haja vista que o hiato do produto continua grande e o desemprego ainda está em nível elevado, o comitê não deve realizar novas reduções nas taxas de juros.
No que diz respeito à elevação nos preços de alguns componentes da cesta de bens que compõem o principal indicador de inflação o IPCA, são transitórios, pois se devem, em grande medida aos efeitos da variação cambial, preços de commodities no mercado externo e clima. Assim, o mercado espera que a Selic continue em 2,00%.