- A semana promete mais otimismo com a possibilidade aprovação da reforma na Câmara, mas começou com quedas nos mercados internacionais. Os ruídos provocados pelas reclamações de D.Trump contra o presidente do FED foram o gatilho que o mercado precisava para uma realização, após os recordes do S&P500. A contínua reclamação do presidente americano contra a política monetária levada a cabo pela autoridade monetária tem colocado algum incômodo nos agentes. A situação só não piora por conta da percepção de que o quadro institucional do país garante a independência do FED em qualquer circunstância. Também ajuda o fato do próprio banco central estar empenhado em manter a economia nos trilhos.
- Os juros de dez anos dos EUA subiram ligeiramente após o payroll, na sexta-feira, e se mantém ligeiramente acima do fechamento de quinta-feira. As treasuries de dez anos estão sendo negociadas a 2,02% aa, frente aos 1,95% aa anteriores. A inclinação da curva mantém-se em -19 bps, mostrando que o mercado continua apostando em quedas nos juros mais para a frente. O índice VIX se mantém relativamente baixo, a 13,95%, mostrando o mercado menos avesso ao risco. O petróleo está em queda, com o barril WTI sendo negociado a US$ 57,50
- Nessa semana o presidente do FED fará seu depoimento no comitê conjunto do Congresso dos EUA, dividido em duas partes, na quarta-feira e na quinta-feira. Esse depoimento será fundamental para averiguar a perspectiva da economia americana, segundo a autoridade monetária. Na quarta-feira será divulgada a ata da última reunião do FED e na quinta-feira a do BC.
- O Morgan Stanley soltou relatório rebaixando sua recomendação para alocação em ações no mercado global. A equipe do banco está com um call ruim para os resultados corporativos futuros.
- No Brasil, o mercado deve acompanhar atento as movimentações na Câmara para a aprovação da reforma da previdência. As lideranças estão em negociações intensas e há uma expectativa de aprovação antes do recesso. Há a possibilidade de ser removido o impeditivo regulamentar de intervalo de cinco sessões entre as duas votações, diminuindo o risco da votação em segundo turno ser adiada para a volta do recesso. Se aprovada, a reforma vai impulsionar o Ibovespa de forma significativa.
- Além do Ibovespa, o mercado deve derrubar toda a curva de juros, sobretudo com a confirmação de que a inflação corrente está muito fraca. Hoje foi divulgado o IPC-S da semana terminada ontem, 07/jul, e ela veio em 0,05%. As expectativas do mercado continuam derrubando atividade e inflação: o PIB caiu para 0,82% e o IPCA se mantém em 3,80%.
- O futuro do Ibovespa teve uma abertura vacilante, mas opera em ligeira alta, de 300 pontos. O futuro do dólar cai -0,5%, acompanhando o exterior, cotado a R$ 3,805.
- Essa semana promete um descolamento com o exterior, caso a reforma mostre fôlego. Abaixo o gráfico do Ibovespa cotado em dólares: