Saiba quais foram os riscos e retornos dos investimentos em 2020

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Apesar de muitos acreditarem que os títulos públicos estavam com os dias contados devido à queda nas taxas de juros, alguns números apresentam resultado contrário para o ano de 2020. Enquanto a bolsa teve desempenho de 2,93% no ano e o IFIX, índice de fundos imobiliários registrou desempenho negativo, alguns títulos de renda fixa apontaram desempenho acima de ambos os indicadores. Para explicarmos melhor, no infográfico de hoje trouxemos uma relação de risco x retorno dos investimentos durante o período de 2020. Confira agora clicando aqui!

A percepção de que a renda fixa seja um investimento que não valha à pena, se deve ao fato de muitos agentes ainda considerarem apenas o Tesouro Selic como referência, por ser um dos investimentos mais populares e um substituto natural da poupança.

Para compreender a mudança no perfil dos investidores basta olhar para uma das variáveis mais importantes da economia, a taxa de juros. Com o objetivo de estimular a economia, que a partir de 2017 vem saindo da casa dos dois dígitos. Já em 2019, devido à melhora das expectativas do mercado em relação ao Brasil, devido a pauta liberal do novo governo, deu espaço para mais cortes nas taxas de juros por parte do Banco Central, o que também foi utilizado como medida de estimular à economia, dado que as taxas de juros possuem relação inversa com os investimentos.

Queda na Taxa Selic

Além de estimular a economia real, a queda na taxa Selic também contribui para a melhora no mercado de ações. Como a inflação também mostrava menor variação, e com melhores expectativas quanto à economia, os mercados passaram a precificar as companhias listadas na bolsa de forma mais otimista, além da demanda por retornos maiores, impulsionar a quantidade da demanda pelo mercado de ações.

Como pode ser visto na fórmula acima, o valor de uma empresa, é definido pelos fluxos de caixa descontados pela taxa de juros (r) menos a taxa de crescimento da companhia (g), sendo que tal taxa tende a crescer junto com a taxa de crescimento da economia.

Contudo, em 2020, a crise ocasionada pela pandemia da COVID-19, juntamente com as incertezas geradas pela guerra comercial entre sauditas e russos envolvendo os preços do petróleo, as eleições americanas e todos os riscos fiscais decorrentes dos pacotes de estímulos com o objetivo de amenizar os efeitos negativos das medidas tomadas para conter a pandemia, levaram grande volatilidade ao mercado de ações, além de corroer parte dos ganhos que poderiam ser obtidos no mercado de risco.

Tendo em vista o ambiente de desemprego e de queda no crescimento econômico levou o banco central a fazer novos cortes na Selic, fazendo investimentos como o Tesouro Selic perdessem rentabilidade.

Rentabilidade dos investimentos

Todavia, mesmo com a demanda funcionando de forma parcial, alguns investimentos tiveram rentabilidade razoáveis. A retomada do crescimento econômico da China, o país que teve o início das infecções, gerou aumento nos preços internacionais das commodities, o dólar também impactar os preços de produtos agrícolas, além das questões transitórias referentes à demanda por alimentos. Assim, mesmo com a queda na atividade econômica e no desemprego, a inflação teve alta acima do esperado pelo mercado.

A percepção de alta nos preços, influenciando o IPCA, foi positivo para duas categorias de ativos, os chamados títulos híbridos indexados à inflação como a NTN-B (Tesouro IPCA+ com juros semestrais) que além de se valorizarem com a alta da inflação e recebem juros adicionais e títulos do Tesouro Pré-Fixados (NTN-F), que também possuem juros adicionais acabaram por terem valorização superior ao Ibovespa. Todavia, vale lembrar que tais títulos valem a pena quando o investidor pretende continuar com o investimento aplicado até o fim do vencimento, isto é, no longo prazo, de modo que investidor consiga se beneficiar da rentabilidade dos títulos.

Covid-19

Não obstante os resultados do ano, vale lembrar que o ano de 2020 foi atípico e 2021 ainda pode absorver alguns impactos da crise do ano anterior, tal como novos problemas podem surgir, como o atraso na vacinação no Brasil, velocidade aquém do esperado para a aplicação das vacinas nos países desenvolvidos e retorno de novos focos de infectados na Ásia. Em anos em que o mercado tem bom desempenho, há possiblidades do mercado de ações superar o de renda fixa.

Vale lembrar que o ideal é ter sempre uma carteira diversificada, para que o investidor possa equilibrar o risco o qual está disposto a correr, além de ter ativos que tenham pouca volatilidade para funcionar como seu colchão de liquidez, para casos de emergência.

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Autor: Matheus Jaconeli

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