Risco de guerra EUA x Irã faz petróleo disparar 10%

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  • Depois que um drone dos EUA foi abatido pelas forças iranianas o petróleo disparou para US$ 57,20 o barril WTI. Donald Trump chegou a ordenar um contra-ataque, mas voltou atrás. De qualquer forma, o evento explicita que o aumento das tensões entre os dois países está perto do seu máximo e pode disparar uma guerra. Os mercados reagiram com queda após o incidente, pouco depois do S&P500 fechar nas vizinhas do seu recorde histórico, em 2.954, com 0,95% de alta.
  • No Brasil, a abertura dos mercados foi positiva, já que os ADRs subiram forte ontem, levando o ETF EWZ a uma alta de +2,03%. O Ibovespa subiu para 101.180 (+0,85%) e manteve acima do recorde anterior, nos 100 mil pontos. O dólar acompanhou o exterior e caiu -0,16%, saindo a R$ 3.833 no futuro para julho.
  • As taxas de juros caíram, apesar ou talvez por conta do comunicado mais duro que o Copom divulgou após a reunião de quarta-feira. O mercado esperava sinais claros da redução da SELIC, já que tanto a inflação corrente como a esperada estão em queda e o hiato do produto está aumentado, tanto em seu estado atual, como em sua trajetória de fechamento. Nessas circunstâncias, o mercado esperava que o BC reagisse à sua regra de decisão, sinalizando que, apesar dos juros estarem abaixo do juro natural, eles ainda não são suficientemente estimulativos. Como reação, os juros para 2020 e os mais longos, como o 2027, caíram ainda mais em relação ao fechamento de quarta-feira. Essa queda reflete a percepção clara do mercado em relação ao comportamento futuro da política monetária. Ao adiar sua reação, o Copom precisará acentuar a queda no futuro e mantê-la por mais tempo, já que tanto a inflação como o hiato do produto continuarão se desviando de seus “ótimos”. Apesar de poder ser interpretado como aumento de credibilidade, esse comportamento está sinalizando maiores custos de ajuste dessa decisão mais dura do Copom.
  • Dentro do cenário de piora das condições econômicas, a FGV divulgou a sondagem da indústria para o índice de confiança da indústria de junho e ela veio em queda, novamente. Ela aponta uma queda de 1,0, depois de ter caído 1,5 em maio, 0 em abril e 1,3 em fevereiro. Segundo a pesquisa, tanto as condições atuais como as expectativas caíram na prévia e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) 75,2%.

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