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Resultados da Vale, Petrobrás, Ambev e outros | Nova Futura

Written by Nova Futura | 25/10/2019 03:00:00

Com as atenções concentradas na temporada de balanços do terceiro trimestre, o mercado deve reagir nesta sexta-feira as performances de Petrobras, Vale e Ambev, que trouxeram boas surpresas em geral. Além de Usiminas, que apresentou os resultados há pouco, o mercado ainda aguarda os números de Hypera e Enel São Paulo (ex-Eletropaulo), após o fechamento. A siderúrgica informou prejuízo de R$ 139 milhões no período, revertendo lucro registrado um ano antes.

Ainda no setor de energia, no início da tarde o governo de São Paulo deve anunciar investimento bilionário da EDP no estado em evento no Palácio dos Bandeirantes. O anúncio engloba a construção de usina fotovoltaica, melhoria na distribuição visando a redução da tarifa de energia, além de extensão de linha de transmissão.

No geral, os analistas consideraram que a Petrobras demonstrou resiliência no terceiro trimestre, com lucro líquido de R$ 9,9 bilhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 35,1 bilhões superando a média das expectativas de cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast, de R$ 7,55 bilhões e de R$ 32,36 bilhões, respectivamente. Já a receita líquida, de R$ 77 bilhões, veio em linha com os de R$ 79,66 bilhões esperados.

Para o analista Gabriel Francisco, da XP Investimentos, em um ambiente com preços estáveis para o petróleo, a companhia deve apresentar resultados ainda melhores na geração de caixa, que deve ganhar uma sustentação extra no futuro, com o ramp-up de oito unidades de produção no pré-sal. “O compromisso com a alienação de ativos é sólido e vemos uma oportunidade de US$ 20 bilhões a US$ 24 bilhões, com foco em refinarias e ativos de gás natural”, acrescentou.

Ontem, o Conselho de administração da Petrobras também aprovou o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 0,20 por ação PN e ON, equivalente a R$ 2,608 bilhões. O valor será pago de acordo com a posição acionária do dia 11 de novembro na B3, e 13 de novembro para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociadas em Nova York, e a partir do dia 12, os papéis passam a ser negociados ex-juros. O pagamento será realizado em 7 de fevereiro de 2020.

Vale

Outro destaque da noite passada, a mineradora reportou lucro líquido 17,5% maior no terceiro trimestre no comparativo anual, somando US$ 1,654 bilhão, porém 25% abaixo da média das estimativas do Prévias Broadcast. O resultado reverte, ainda, prejuízo de US$ 133 milhões registrado no trimestre imediatamente anterior. No mesmo intervalo, o Ebitda ajustado veio em linha com as estimativas, para US$ 4,603 bilhões, apontando crescimento de 6% na base anual e de 48% na base trimestral.

O Citi, que tem recomendação neutra em Vale por conta das incertezas provocadas por Brumadinho, espera uma reação moderadamente positiva do mercado aos resultados e que, mantendo o ritmo de queda do endividamento, a mineradora passe a registrar caixa líquido no primeiro semestre de 2020.

Para o analista Pedro Galdi, Mirae Asset, o resultado denota que no quarto trimestre a companhia deve zerar as perdas acumuladas no ano com o rompimento da barragem. Ele chamou atenção ainda para a substancial melhora em relação aos trimestres anteriores, considerando a tragédia de Brumadinho. Na visão do BTG Pactual, a geração de fluxo de caixa livre de US$ 3 bilhões foi o grande destaque dos resultados da mineradora. Em relatório, o banco chama atenção também para a evolução da dívida líquida da companhia e estima a retomada de fortes dividendos em 2020.

Ambev

Olho também em Ambev, que pela manhã classificou como “moderado” seu desempenho no terceiro trimestre deste ano, com aumento de receita líquida consolidada, mas queda de Ebitda e de lucro líquido. De acordo com relatório que acompanha o demonstrativo, o resultado refletiu impactos do ajuste de preços promovido pela empresa, que foi potencializado por descontos realizados pela concorrência e por um ambiente macroeconômico desafiador. Segundo a fabricante de bebidas, “alguns dos desafios enfrentados no último trimestre permanecerão até o fim do ano, o que pode inibir a capacidade de acelerar o crescimento do Ebitda no Brasil em 2019”.

Apesar disso, a fabricante disse continuar confiante em seu potencial de crescimento no País, por ter um portfólio “superior”, que permite atuar em todos os segmentos do mercado, capacidade “inigualável” de distribuição, além de várias iniciativas inovadoras e investimentos em suas plataformas estratégicas.

Outro ponto de atenção para acompanhar com relação a empresa, ontem a Confederação Nacional das Revendas Ambev (Confenar), que representa as distribuidoras que trabalham para a empresa, acionou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), acusando a companhia de adotar condutas anticompetitivas. A Cofenar pede que seja adotada medida preventiva impedido a Ambev de manter as práticas. Se condenada, a Ambev pode pagar multa de até 20% de seu faturamento.

Lojas Renner

A rede varejista Lojas Renner registrou lucro líquido de R$ 189,3 milhões no terceiro trimestre de 2019, desempenho 2,6% inferior ao reportado no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a redução deveu-se ao menor resultado operacional do período e por itens não comparáveis, como a maior alíquota efetiva de Imposto de Renda. Excluídos estes efeitos, o lucro líquido teria crescido 24,6%, aponta a varejista.

O Ebitda total ajustado, que inclui varejo e produtos financeiros, somou R$ 360,4 milhões, alta de 3,9%, com uma margem Ebitda de 18,7% (-1,6 p.p.). Apenas nas operações de varejo, o Ebitda ajustado atingiu R$ 257,1 milhões, uma queda de 1,2%, com margem de 13,3% (-1,9 p.p.).

O lucro foi 6,05% menor que a média das projeções de cinco instituição ouvidas pelo Prévias Broadcast (BTG Pactual, Bradesco BBI, BB Investimentos, Itaú BBA e XP Investimentos), que era de R$ 201,5 milhões. O Ebitda de varejo e produtos financeiros ficou 9,6% abaixo das estimativas de R$ 398,8 milhões.

Fleury

O Grupo Fleury registrou lucro líquido de 94,8 milhões no terceiro trimestre de 2019, o que representa um alta de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda avançou para R$ 196,5 milhões, alta de 8,2% sobre o terceiro trimestre de 2018. A margem Ebitda ficou praticamente estável, passou de 26,6% para 26%.

BR Properties

A BR Properties confirmou, por meio de fato relevante, a contratação dos bancos Itaú BBA, Bank of America Merril Lynch, Santander e BTG Pactual para estruturar uma potencial oferta subsequente primária de ações (follow on), conforme antecipou a Coluna do Broadcast na última sexta-feira (18).

Porto Seguro

O conselho de administração da Porto Seguro aprovou o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) de R$ 0,637 por ação ON, equivalente a R$ 205,726 milhões. O valor será pago com base na posição acionária do dia 29 de outubro, e a partir do dia 30, os papéis passam a ser negociados ex-juros. A data de pagamento será definida na Assembleia Geral Ordinária (AGO), a se realizar até 30 de abril de 2020.

FONTE: AE BROADCAST