Saber o que é a renda variável é um fator essencial para quem está iniciando no mundo dos investimentos. Isso porque, mesmo que seja um tipo de aplicação de alto risco, a rentabilidade costuma atrair novos investidores todo ano.
Segundo dados divulgados pela B3 (Bolsa de Valores do Brasil), em 2021 o número total de CPFs com investimentos em renda fixa e variável, atingiu 13,1 milhões.
Além disso, as pessoas físicas já representam mais de 17% do total de recursos, com um patrimônio líquido que ultrapassa os R$501 bilhões.
Por isso, a Nova Futura trouxe um guia completo sobre o que é renda variável e por que investir nesta modalidade. Não faça qualquer investimento antes de ler sobre o assunto abaixo!
A renda variável é uma das opções de investimentos para quem deseja render seu patrimônio ao investir em ações, fundos imobiliários e afins. O que realmente a define é sua característica volátil e a possibilidade de alto lucro.
Ou seja, como o próprio nome diz, estamos falando de uma renda que pode variar, sendo impossível prever o retorno final no momento de investimento. Sendo assim, as mudanças e condições do mercado afetam diretamente nesse resultado.
Com isso, os riscos envolvendo esse investimento costumam ser maiores. Por exemplo, ao comprar a ação de uma empresa, você sabe que poderá ter ganhos, mas não sabe exatamente quanto será.
Além disso, é importante frisar que há riscos dessa ação desvalorizar e você ter prejuízos. Mas então o que faz a renda variável valer a pena? Simples. Com riscos maiores o retorno e sua rentabilidade também tendem a ser maiores.
Logo, as chances de lucro costumam ser mais atrativas. O que é totalmente o oposto de uma renda fixa. Neste caso, você inicia o investimento ciente das possíveis remunerações.
Existem vários tipos de produtos para investimento na renda variável, como apresentaremos ao longo do texto. Mas saiba que cada um deles possuem características únicas, envolvendo questões de riscos e a liquidez.
Por isso, na hora de investir nesse tipo de mercado, é possível escolher a opção mais adequada.
Ao falar sobre o que é renda variável, não podemos deixar de mencionar informações importantes a respeito desse investimento.
De acordo com dados divulgados em janeiro de 2022, a B3 registrou 5 milhões de contas de investidores. Desse total, 1,2 milhão são de mulheres, enquanto 3,8 milhões são de homens.
Outro detalhe interessante informado sobre a Bolsa, é que os investimentos iniciais na renda variável estão com valores menores. Ou seja, isso demonstra que há mais variedade nos tipos de investidores e sua forma de atuação.
Ao mesmo tempo, registrou-se um crescimento de 994% de investidores no Certificado de Depósito de Ações (BDRs). Assim como um aumento de 109% em novos investimentos nos Fundos dos Índices (ETFs).
No caso das ações, o aumento chegou a 30%, com um total de 3,1 milhões de investidores.
Além de entender o que é renda variável, é essencial que você saiba da existência de diferentes tipos de ativos. Sendo assim, há uma gama de opções na hora de investir, e cada uma delas possui características próprias.
Por isso, o processo de escolha deve ser feito com cuidado. Para isso, é necessário considerar como cada uma das alternativas funciona, quais são seus riscos e demais dados.
Acompanhe a leitura e confira mais sobre cada uma delas:
As ações são um dos tipos de investimentos em renda variável mais populares. Elas consistem em uma pequena parcela de uma empresa, logo, ao comprá-las você se torna automaticamente um sócio do negócio.
Nesse sentido, existem duas formas de lucrar com essa alternativa. Em alguns casos, por exemplo, você recebe parte dos lucros da empresa, que são chamados de dividendos. Outra forma é quando você decide vender as ações quando estão valorizadas.
Portanto, outra forma de obter lucro com as ações é vende-las a um valor superior àquele que adquiriu. Por isso, é importante acompanhar as variações do mercado, e aproveitar o momento certo de agir.
Mas vale lembrar que o preço dessas ações se move conforme a oferta e demanda por elas. Ou seja, se há maior demanda pela ação, o preço sobe, enquanto se a oferta é maior, o preço cai. Assim, o momento econômico e notícias divulgadas sobre a empresa podem influenciar esse valor. Por isso, é importante acompanhar as variações do mercado e buscar pelos melhores momentos de agir.
Em nosso blog você encontra as melhores dicas para investir em ações. Não deixe de conferir!
Já no câmbio, os negócios se referem a compra e venda de moedas. Porém, é preciso entender que o valor delas varia de forma semelhante ao que acontece com as ações.
Se expor ao câmbio, é uma forma interessante de diversificação. E é possível se expor a moedas como o dólar, que é a mais utilizada, de diversas maneiras.
Uma delas é por meio de fundos cambiais, que estão voltados para investimentos em moedas estrangeiras. Essa é uma opção interessante, uma vez que consegue uma gestão profissional dos recursos, além de proporcionar proteção do capital às variações de câmbio.
Outra alternativa é por meio dos contratos ou minicontratos futuros. Em outras palavras, o mercado futuro é onde negociamos o valor futuro de alguns ativos como índices, commodities e moedas, como o dólar. Esse mercado é muito utilizado para hedge e também para especulação.
Um outro investimento em renda variável que pode trazer bons retornos é o ouro. Aliás, devido a sua escassez, ele se tornou uma excelente resposta para quem busca investir a longo prazo.
Isso porque ele se apresenta como uma alternativa, por vezes, mais segura que ações e moedas, por exemplo. Além disso, há maior estabilidade do que outros tipos de investimentos, ainda que tenha oscilações consideráveis.
Inclusive, com uma rentabilidade anual positiva, o ouro costuma se tornar uma opção para quem não tem pressa de retorno, uma vez que sofre menos com a inflação.
Para entender mais sobre o investimento em ouro, confira aqui um conteúdo dedicado sobre o assunto!
Um investimento que permanece em constante evolução dentro do setor financeiro são os Fundos Imobiliários (FIIs). Como o próprio nome sugere, diz respeito ao mercado de imóveis.
Nesse caso, o dinheiro aplicado se direciona a compra de imóveis construídos ou em construção, destinados a fins comerciais ou residenciais, bem como para a aquisição de títulos ligados ao setor imobiliário. Nesse caso, o lucro gerado pelos imóveis ou ativos detidos pelo fundo são periodicamente distribuídas aos cotistas.
Outra forma de ganho de capital nos fundos imobiliários seria com a valorização da cota do fundo. Entretando, as cotas são negociadas na bolsa de valores e podem também sofrer variações. Por isso, os retornos também não são previsiveis e os rendimentos não possuem garantia.
Uma das grandes vantagens é que esse tipo de investimento permite aplicar em ativos relacionados ao mercado imobiliário sem precisar comprar diretamente um imóvel. Além disso, é um investimento bem acessível e pode compor a carteira de um investidor que deseja obter renda passiva, por meio do aluguel que é distribuído aos cotistas, ou até mesmo para simples diversificação de carteira.
Para se aprofundar no assunto e compreender essa modalidade de renda variável, confira um artigo completo da Nova Futura sobre Fundos Imobiliários.
Os ETFs, ou Exchange Traded Funds, são os fundos de índice. A grande característica é que esses fundos têm como base alguns dos principais índices da Bolsa de Valores, como por exemplo o Ibovespa e o S&P 500.
Nesse sentido, os ETFs usam como referência os índices acionários e replicam sua composição. Por isso, os investidores acabam encontrando opções de investimento as quais a rentabilidade tende a ser similar a oscilação desses índices.
Outro destaque é que os ETFs contam com cotas negociadas na Bolsa e, por replicarem seus índices de referência, são compostos por vários ativos. Dessa forma, quem deseja investir, ao comprar uma cota, terá em sua composição uma combinação de ativos.
Vale destacar que esses índices são administrados por gestores profissionais que buscam sempre manter esses fundos o mais próximo possível de suas referências. E como a ideia é replicar um índice, a tendência é que o ETF replique seu desempenho. Em resumo, se houver uma valorização do índice, o ETF também deve se valorizar.
O Brazilian Depositary Receipt, ou BDR, permite que os investidores invistam em empresas estrangeiras e mantenham uma diversificação importante em sua carteira. Isso porque eles são recibos das ações de empresas de outros países que possuem negociação em território nacional.
Por isso, são uma ótima oportunidade para quem quer investir em empresas estrangeiras e ter uma parcela dos lucros que elas podem render. Por meio deles, não é necessário ter registro em corretoras de outros países e o acesso a grandes negócios do mundo é ainda mais fácil.
Entretanto, é importante dizer que ao investir no BDR, você não estará comprando diretamente as ações empresa estrangeira, mas sim adquirindo títulos que representam as ações dessa empresa.
Desse modo, eles são títulos emitidos no Brasil, com base nas ações que existem fora do país e que são mantidas por uma instituição financeira responsável, chamada de custodiante.
Logo, essas instituições compram essas ações e emitem os BDRs que, inclusive, podem ser de dois tipos. Os BDRs Não Patrocinados são emitidos sem a participação direta daquelas empresas às quais as ações pertencem. O processo é todo feito pela instituição depositária.
Por outro lado, nos BDRs patrocinados, existe toda a participação da empresa, que é responsável por encontrar uma instituição no Brasil para emitir os títulos.
Uma das vantagens de investir em BDRs é a exposição do seu capital ao exterior de forma simples e a diversificação da carteira. Mas vale lembrar que o preço dos BDRs varia de acordo com a oscilação da ação de origem, mas também é influenciado pela variação da moeda.
No mercado financeiro, opções são ativos que derivam de um ativo objeto, como ações, e concebem ao investidor o direito ou a obrigação de comprar ou vender esse ativo em uma data futura, a um valor pré-estabelecido.
Então, uma das partes terá, por exemplo, o direito de comprar ou vender uma ação na data do vencimento da opção, que ocorre toda terceira sexta-feira de cada mês, por um preço pré-estabelecido, também conhecido como preço de exercício ou strike.
Como o preço de uma opção deriva da cotação de outros ativos como ações ou índices, as opções são classificadas como derivativos.
É possível desenvolver diversas estratégias no mercado de opções, para proteção de capital ou alavancagem. Porém, por se tratar de um mercado mais complexo e com diversas possibilidades de estratégias, é importante compreender com mais detalhes o funcionamento desse ativo para realizar suas operações.
Os contratos futuros também são ativos negociados na B3. Esse negócio acontece entre duas partes para compra ou venda de um ativo a ser liquidados em uma data futura, já pré-determinada.
Podem ser contratos futuros de compra e de venda de produtos agropecuários como milho e soja, moedas, como o dólar, ou ativos financeiros como os juros e índices.
Para possibilitar a negociação, eles são padronizados e são estabelecidas garantias para que a liquidação seja realizada integralmente.
O mercado futuro também é muito utilizado para estratégias de proteção, principalmente por agricultores e empresas, ou mesmo para especulação.
Ativos como dólar e índice futuro atraem muitas pessoas físicas, pois possuem contratos menores, o que os torna mais acessível ao pequeno investidor. A alta liquidez desses mercados atrai traders que desejam apenas lucrar em um pequeno intervalo de preços.
O Fundo de Investimento é uma opção em que todo o processo tem administração de um gestor financeiro apto a lidar com aplicações coletivas. Ou seja, várias pessoas podem investir em um único fundo.
O gestor se torna responsável por cuidar das aplicações e escolher os ativos mais interessantes. Cada pessoa que investiu têm direito a uma cota do fundo e, com isso, usufrui de toda a rentabilidade que ele oferece.
Outro ponto interessante sobre os fundos, é que muitos possibilitam um valor baixo para aplicação mínima, o que os torna acessível também para quem está começando.
Vale destacar que existem diversos tipos de fundos. Há, por exemplo, fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos cambiais e fundos de ações.
Cada fundo possui sua estratégia de investimento. É importante escolher aquele que esteja mais alinhado ao perfil de investidor e objetivos de cada um.
As criptomoedas são moedas virtuais, que não passam por processos de emissão como acontece com o real ou o dólar. Ou seja, elas são totalmente virtuais.
O bitcoin, por exemplo, é uma das criptomoedas mais conhecidas. Assim como outras moedas, elas também possuem valores que oscilam com a influência do mercado e de como se comporta a compra e venda delas ao longo de um período.
O acesso direto aos criptoativos não é regulamentado no Brasil. Porém, é possível investir através de fundos de investimento especializados nesse tipo de mercado, que são encontrados nas prateleiras das corretoras de valores brasileiras. Assim, a tomada de decisão em relação a quais criptomoedas o valor será aplicado é feita diretamente por um gestor especialista no assunto, o que torna o processo mais tranquilo visto que esse é um mercado ainda muito novo.
Outra opção é por meio dos ETFs, que já apresentamos. Existem alguns ETFs que investem diretamente em criptomoedas, e suas cotas são negociadas na B3.
Mas claro, não se esqueça que essas moedas contam com uma alta volatilidade. Por isso, as chances de lucro são grandes, mas os riscos também.
Depois de conhecer todas essas opções, aproveite e confira nosso passo a passo para Investir em ações, opções, ETFs, FIIs e BDRs.
Depois de entender que renda variável é uma classe de investimento onde a rentabilidade não é previsível, que os retornos são proporcionais ao risco e que existem diversos ativos dentro dessa modalidade, algo que precisa estar bem claro é o perfil de investidor. Isso porque, no momento de fazer qualquer investimento, esse perfil será decisivo para a escolha dos ativos e qual percentual do capital que irá alocar em cada modalidade de investimento.
Antes de tudo, é bom deixar claro que existem três perfis de investidores: conservador, moderado e agressivo. Cada um deles se define de acordo com o nível de riscos que estão dispostos a correr no momento de investir.
Por exemplo, o perfil conservador é justamente aquele que busca mais segurança e prefere as alternativas com baixo risco. Logo, ele irá buscar por opções que contam com mais estabilidade e são mais previsíveis.
Já no caso do perfil moderado, temos alguém que atua no meio termo entre um conservador e um agressivo. Ou seja, ele permite correr mais riscos em busca de melhores retornos, porém ainda mantém um percentual significativo de seu capital em alternativas mais seguras.
Por isso, vez ou outra ele se dispõe a correr riscos maiores para conseguir o crescimento de seu patrimônio.
Por último, o perfil arrojado ou agressivo é aquele que está sempre aberto a correr riscos, caso isso traga resultados melhores e mais rentáveis. Sendo assim, costuma ser uma pessoa mais experiente, que conhece o mercado e tem confiança em fazer investimentos de alto risco.
Por conta do alto grau de volatilidade do mercado, muitos acreditam que os investimentos de renda variável são escolhas somente de quem já tem experiência no mercado.
No entanto, isso não é verdade. É claro que é preciso compreender os termos básicos e riscos envolvidos para começar. Mas é possível iniciar aos poucos e seguindo recomendações de analistas profissionais.
Em outras palavras, permite que, mesmo quem possui certo conservadorismo ou receio de investimentos financeiros em renda variável, possa fazer parte deste grupo de investidores.
Contudo, dependendo do perfil e objetivos, o investidor pode alocar um percentual maior ou menor do seu capital em ativos dessa modalidade.
Nesse caso, quanto mais conservador e menor o prazo de seus objetivos, menor o percentual em renda variável.
Os perfis moderado e arrojado já podem investir um percentual maior, mesmo que seja começando a comprar algumas ações, mas é sempre importante considerar os riscos envolvidos.
Após entender melhor o que é renda variável e suas diversas possibilidades, é preciso entender a importância da diversificação em sua carteira de investimentos.
Primeiramente, ainda que você esteja começando, ao diversificar os seus ativos, você fica menos dependente das oscilações do mercado ou de um ativo específico.
Outro ponto a se considerado, é a importância da criação de uma reserva de emergência antes de começar a investir em outros ativos, principalmente na renda variável.
A reserva te possibilita maior liberdade para alocar seus recursos em outras modalidades, visto que, se ocorrer uma emergência, você não precisará vender suas ações, por exemplo.
Muitas vezes para haver o retorno esperado, é preciso tempo. E caso você não tenha uma reserva pode acabar precisando vender seus ativos antes desse tempo, tendo um prejuízo que não ocorreria caso seguisse a estratégia até o final.
Além de saber o que é renda variável, também é importante conhecer as vantagens que ela pode oferecer. A primeira delas, portanto, é justamente as altas chances de lucro, uma vez que elas podem oferecer maiores retornos.
Com crescimentos favoráveis no mercado, a valorização de determinados ativos e empresas, você consegue lucrar mais. Inclusive, com lucros maiores do que na renda fixa, que seria outra opção.
Assim, mesmo com os riscos, a renda variável se torna uma ótima alternativa para quem deseja arriscar mais e conseguir maiores resultados.
Outro ponto positivo, é que existem muitas opções na hora de investir. Ou seja, há ativos com diferentes características e, com isso, o investidor tem variedade para escolher o que melhor se encaixa em sua estratégia.
Ao final, o investidor pode ter uma carteira diversificada e com ativos focados em múltiplos objetivos, que vão de prazos menores até investimentos com retorno após longos períodos.
Agora que você entendeu mais sobre o que é renda variável e os ativos do mercado financeiro, certamente viu a importância de conhecimento sobre o assunto.
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