Em dia de Black Friday os mercados globais fecharam majoritariamente em alta. O anúncio por parte do FED de que a autoridade monetária manterá o perfil de sua política, juntamente com os números positivos advindos da China, contribuíram para o avanço das bolsas na sessão de sexta-feira.
Nos Estados Unidos, embora Trump ter utilizado sua rede social para colocar em dúvidas o processo de transição no país, ao fim do pregão, os investidores se atentaram mais às notícias inerentes à condução da política monetária no país.
O Dow Jones, teve alta de 0,13%. O S&P 500, ganhou 0,24% e a Nasdaq, teve elevação de 0,92%.
Na Europa, o BCE também disse que buscará a manutenção da política acomodatícia, com o objetivo de dar suporte aos países da União Europeia até 2021. Quanto aos indicadores de conjuntura, a confiança industrial e dos consumidores e empresas registraram números acima do esperado.
Londres, ficou próxima da estabilidade, com ganho de 0,07%. Frankfurt, teve elevação de 0,36%. Paris, ganhou 0,56%. Milão, teve valorização de 0,68% e Madri, teve elevação de 1,06%.
No Brasil, o movimento de rotação para mercados emergentes sem intensidade em tecnologia, mas em setores tradicionais, contribuiu para a continuidade da valorização dos ativos cotados em bolsa.
O Ibovespa, fechou com alta de 0,32% contado a 110.575,47.
O petróleo avançou com os agentes de olho na reunião da OPEP de hoje (30) e com os agentes ponderando as notícias do avanço da pandemia e notícias de vacina.
O WTI, teve alta de 0,39%, a US$ 45,53. O Brent, subiu a 0,79%, cotado a US$ 48,18 o barril.
Lagarde faz seu pronunciamento no encontro do Eurogrupo, dando as perspectivas quanto à condução da política monetária por parte do BCE.
A agência Destatis, publicará os números do IPC (índice de preços ao consumidor). Devido à desaceleração do consumo proveniente do avanço da COVID-19 na Europa e, inclusive, na Alemanha, os agentes esperam que o indicador -0,7% ao mês e, ao ano, em -0,1%, o que preocupa tanto mercado, quanto os formuladores de política econômica, por conta da deflação que vem atingindo o continente como um todo.
O PMI de Chicago, divulgado pela agência ISM Inc. traz perspectivas para a economia americana como um todo, haja vista a significância da região para o país. O mercado projeta que o indicador alcance 59 pontos, saindo de 61,1 em outubro. Apesar do índice continuar no positivo, o avanço da COVID-19 faz com que alguns indicadores econômicos sejam pressionados.
Quanto ao setor imobiliário, as vendas pendentes de moradias em outubro, baseado em contratos de famílias e empresas, mostra avanço, devido à queda nos preços dos ativos do setor saindo de retração de 2,2% e chegando a 1,0%, segundo as expectativas do mercado.
No Brasil, espera-se um relatório Focus relativamente melhor, com novos avanços nas expectativas de curto prazo. Apesar dos riscos fiscais, os agentes tendem a projetar resultado um menos pessimista quanto às contas públicas, devido as expectativas de que o déficit primário saia de R$ 64,560 bilhões para R$ 8,950 bilhões. O Balanço orçamentário, tem projeção de prejuízo de R$ 96 bilhões, ante R$ 103,560 bilhões em setembro.
Todavia, a falta de horizontes claros por parte do governo em relação à condução da política fiscal pode trazer riscos para as contas públicas.