A carteira mensal da Nova Futura registrou retração de 4,62% em setembro, contra queda de 4,80% do Ibovespa. Apesar da queda, a carteira continua a ampliar o alfa positivo ao longo do ano, de modo a superar o Ibovespa em 0,18% no mês e em 29,92%, no ano. Confira abaixo o nosso desempenho mês a mês:
Conforme as eleições americanas se aproximam elas retiram o foco do mercado das tensões geopolíticas entre Washington e Pequim, mesmo com o pronunciamento combativo de Trump na ONU. A despeito dos temores do retorno do covid-19 no hemisfério norte, alguns indicadores da economia europeia e dos Estados Unidos foram positivos, tal como os anúncios de banqueiros centrais em relação às perspectivas econômicas. Todavia, as economias desenvolvidas ainda exigem estímulos fiscais e continuidade do quantitative easing.
O pronunciamento de Jerome Powell teve impacto, mais uma vez. Sua entrevista coletiva sobre a decisão da taxa de juros americana, salientou os dados positivos para o PIB, emprego e inflação. Além disso manteve o tom de apoio a novos estímulos fiscais por parte do governo.
Além do cenário econômico, os debates, números eleitorais e notícias em relação aos candidatos também foram componentes importantes em setembro. Contudo, mesmo sendo essa uma das disputas mais acirradas entre republicanos e democratas, a sinalização de evolução nas negociações para o pacote de estímulos, ajudou a sustentar a confiança.
O aumento no número de casos do Covid-19 que era temido em agosto, se confirmou, com elevação no número de contaminações, especialmente, na França, Espanha e Reino Unido. O retorno das medidas de lockdown podem fazer com que a retomada da economia no continente e, por consequência, no mundo, seja mais lenta. Dessa forma, os temores quanto ao aumento dos casos de covid-19 se traduziram em dados aquém do esperado da primeira averiguação do PMI de serviços, para os países da região e os números inflação aquém do esperado. Do mesmo modo, Christine Lagarde, residente do BCE, acredita na recuperação da economia da região no terceiro trimestre. Mesmo assim, a banqueira central continua a considerar as medidas de sustentação da demanda tanto pelo lado monetário, quanto fiscal.
No Oriente, a China continua se destacar com mais indicadores evidenciando a recuperação do país após o controle do Covid-19. Os lucros industriais, a produção industrial e as vendas no varejo de agosto superaram as projeções do mercado. Além disso, apesar das polêmicas que envolvem o país em relação ao respeito aos direitos humanos contra minorias étnicas e religiosas, o Partido Comunista Chinês se comprometeu com a neutralidade de carbono até 2060. Quanto aos demais países do continente, a Índia mostra relativa estabilização do número de casos, ao passo que no Japão e na Coreia do Sul o Covid-19 não deu sinais sustentáveis de avanço. Enquanto a economia coreana dá sinais de recuperação a do Japão continua a mostrar recuperação mais lenta.
No Brasil, o mercado seguiu inicialmente os movimentos do exterior, uma vez que os dados de atividade econômica vieram acima do esperado. O Banco Central sinalizou, na ata da última a reunião do COPOM, que considera a alta recente dos preços como transitória e limitada pela elevada ociosidade da economia. A autoridade monetária ressaltou que a retomada sustentável da economia depende de reformas estruturais. Entretanto, ao fim do mês, a situação fiscal do país fez com que a percepção de risco piorasse significativamente. As idas e vindas do governo Bolsonaro em relação ao seu programa de renda deixaram muitas incertezas em relação às fontes de financiamento.
Além disso, a confusão em relação ao uso de precatórios e parte do FUNDEB, em particular, produziram uma corrida contra ativos brasileiros. Esse movimento fez com que as taxas de juros negociadas para janeiro de 2027 alcançassem os patamares de maio, além de pressionar o dólar. Uma vez que o risco de furo do teto é provável em 2021, conforme divulgado pela IFI (Instituição Fiscal Independente), os ruídos políticos acabaram por potencializar a deterioração das expectativas dos agentes.
Para outubro, enxergamos mais um mês desafiador. Externamente, à medida que as eleições americanas se aproximam, a tensão entre democratas e republicanos aumenta a probabilidade de uma briga judicial em torno dos resultados. Na Europa, a segunda onda da COVID-19 também pode piorar as expectativas.
O aumento do risco em torno das contas públicas pode afetar negativamente o mercado, sobretudo se as narrativas populistas continuarem a tomar a agenda governista. A aprovação e início do uso de uma vacina eficiente contra o coronavírus, pode ser vista como extremamente positiva para os mercados globais.
Em termos de conjuntura, os indicadores econômicos vêm evidenciado que a economia mostra recuperação acima do que era esperado pelo mercado, gerando melhora nas expectativas em relação à atividade global.
Pensando em Estados Unidos, apesar do imbróglio entre democratas e republicanos, ainda existe a possibilidade de acordo entre os dois partidos, quanto ao estímulo fiscal da economia.
Para equacionar o risco diversificável e diante dos riscos políticos, locais e internacionais, definimos para outubro uma carteira com um beta mais conservador. Contudo, mantivemos os ativos que podem gerar bom retorno em momentos de alta.
O varejo ainda é promissor e grandes empresas com diversificação (plataformas online e lojas de rua) podem obter ganhos, conforme a economia brasileira se recupera. O risco permanece do lado da renda, dada a lentidão esperada para a recuperação do mercado de trabalho. Mantivemos Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VVAR3), aumentando em 1% cada, as suas participações.
Quanto ao mercado de petróleo os dados recentes de recuperação econômica podem contribuir para a melhora nos preços da commodity. Os riscos permanecem no lado da demanda, que pode gerar excesso de oferta.Assim, mantivemos Petrobras (PETR4) e Cosan (CSAN3), reduzindo em 2% o peso da primeira.
Nossa visão otimista para o mercado de imobiliário permanece, sobretudo no segmento de imóveis de maior valor. Assim Cyrela (CYRE3) continua em nossa carteira.
Por ser um destaque no que diz respeito à resiliência em momentos de risco, por conta de suas características estruturais, mantivemos, mais uma vez, Weg (WEGE3), que deve continuar performando bem.
Mantemos nossa expectativa de aumento dos volumes de negócios nos diversos segmentos da B3 (B3SA3). Ela deve se beneficiar nos segmentos dos registros de operações de créditos, de títulos privados, futuros, ações e BDRs. Por conta disso, ela também foi mantida na carteira de outubro.
O mercado de minério continua com perspectiva positiva, conforme a economia Chinesa evidencia crescimento consistente. Além disso, a melhora de setores que utilizam insumos derivados do minério de ferro e a própria matéria prima bruta pode gerar efeitos positivos para Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4).
Os impasses para encontrar o equilíbrio fiscal podem estimular o governo a buscar alternativas para aumento da receita tributária e um dos setores que tendem a serem o foco nesse momento, é o setor bancário. Assim, optamos por tirar Bradesco (BBDC4) da carteira recomenda.
Dessa forma, em busca de maior segurança e diminuição do beta[i], colocamos Engie (EGIE3) de volta à carteira. Uma vez que a companhia é uma grande geradora de caixa e pode ser um porto-seguro em momentos de volatilidade.
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