Carteira Recomendada Mensal: confira o relatório do mês de novembro!

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A carteira recomendada Nova Futura registrou alta de 1,07% em outubro, contra queda de 0,69% do Ibovespa, um alfa mensal de 1,76%. Ao ano, superamos o nosso principal benchmark em 31,68%, com retorno de 12,93%.

O mês de outubro foi turbulento, criando muita volatilidade aos mercados globais. Certamente as divergências entre democratas e republicanos impediram que o pacote de estímulos à maior economia do mundo ocorresse antes das eleições, o que frustrou as expectativas dos agentes.

Por outro lado, os números da economia americana continuaram a surpreender positivamente. Dessa forma, os índices de atividade econômica medidos por indicadores como o PMI, encomendas por bens duráveis e o PIB do terceiro trimestre, mostraram melhora acima do esperado, nos EUA. Assim, o PIB, em particular, veio com alta 33%, recorde para a série histórica.

Todavia, como continuou a anunciar o Jerome Powell e os demais membros do FOMC, a retomada da economia americana ainda é heterogênea e está perdendo velocidade. Ademais, o aumento nos números de casos de COVID-19 nos Estados Unidos e as incertezas em torno das eleições americanas, também foram fatores de risco.

Na Europa

No continente europeu, a tônica foi o recrudescimento no aumento de casos de COVID-19 na maioria dos países, inclusive naqueles que apresentavam relativo sucesso no enfrentamento da pandemia. O avanço da doença levou à adoção de novas medidas restritivas de atividade social, piorando as expectativas para a retomada da economia do continente. Outro fator de risco é a deflação, que continua a impactar a confiança dos agentes. Como reação os bancos centrais como o BCE (Banco Central Europeu) e o BoE (Banco da Inglaterra) continuam a aprofundar suas políticas expansionistas. Impulsionando o lado positivo, alguns indicadores de atividade econômica como o PMI e PIB trimestral dos países da região vieram com bons números.

No oriente a situação é comparativamente mais tranquila devido ao controle da pandemia e por conta do crescimento econômico apresentado, principalmente na China. Indicadores como PMI Caixin, lucros industriais, varejo e produção industrial, mantêm ritmo acelerado. A Coreia do Sul e a Índia, apesar do avanço do COVID-19 no país, também apresentaram bons dados de atividade. Entretanto, o Japão se mostra a economia mais sensível, com números mais fracos de atividade. Levando o BoJ (Banco do Japão) a anunciar um corte na perspectiva de crescimento para o país. Além disso, aumentou o arsenal de estímulos econômicos para melhorar os números do consumo e da inflação.

No Brasil

Os números de atividade econômica superando as estimativas do mercado, mostraram avanços nos setores de serviços, varejo e industrial. Conforme leitura do Bacen (Banco Central do Brasil), a inflação apresentou aceleração menor do que a observada no mês imediatamente anterior. Assim, reforçando a tese de que os impactos dos preços de commodities são transitórios. Contudo, as eleições americanas, os entraves políticos e a política fiscal, continuaram sendo fatores de risco importantes para o mercado e para a economia brasileira como um todo. O alinhamento de Bolsonaro com o então presidente americano, Donald Trump, pode colocar o país em uma situação desconfortável no curto prazo, devido às diferenças com a agenda de Joe Biden. No tocante à delicada situação fiscal do país, o final do mês foi marcado por ruídos negativos por parte de alguns ministros e de uma ala da base governista acerca do auxílio emergencial.

A partir desse contexto transitório, ainda enxergamos desafios para o mercado no mês de novembro, por conta das tensões internas e externas que podem fazer o Ibovespa atravessar mais um mês de volatilidade. Na Europa, o COVID-19 avança fortemente e a economia perde velocidade. Nos Estados Unidos, há dois cenários que podem trazer risco, uma “onda azul” com a vitória de Joe Biden ou a judicialização do resultado do pleito americano. No Brasil, as incertezas políticas continuarão no radar dos agentes, mesmo com a possibilidade de os números de conjuntura econômica continuarem ser positivos.

Para equacionar os riscos advindos do exterior, os internos, buscamos um beta mais conservador em relação ao mês de outubro. No entanto, ainda há espaço para a alocação de ativos com alto potencial de ganhos. A nossa aposta, mais uma vez é de uma carteira equilibrada.

Magazine Luiza

Ainda consideramos o varejo promissor, à medida em que se aproximam de datas comemorativas e que a renda das famílias se mantenha. Por isso optamos pelo aumento no peso de Magazine Luiza (MGLU3) de 8% para 10%. A retirada de Via Varejo (VVAR3) se deve à busca de oportunidades em outros ativos com maior potencial e como medida para reduzir os riscos advindos da ciclicidade do papel.

Ambev

Como parte dessa visão construtiva para o consumo, acrescentamos Ambev (ABEV3). Optamos pelo ativo por ser uma alternativa com maior desconto e potencial de valorização. O fato de ter um beta menos agressivo também ajudou na decisão.

Cosan

Quanto ao mercado de petróleo, acreditamos na manutenção da tendência de recuperação dos preços internacionais. A permanência de Petrobras, contribui para que a carteira continue bem ancorada ao Ibovespa e aproveite a possibilidade de estímulos à economia americana. Como ainda há riscos elevados, sobretudo por conta da COVID-19, decidimos pela diminuição de nossa participação no setor, retirando Cosan (CSAN3).

Cyrela

Quanto ao setor imobiliário, nossa visão ainda é otimista e a Cyrela (CYRE3) apresentou fortes resultados em seus lançamentos e vendas, o que contribuirá com a geração de caixa e lucros para a companhia.

Weg

Weg (WEGE3) continua sendo um ponto de equilíbrio para a nossa carteira mensal, devido às suas características estruturais e por apresentar resiliência em momentos de risco.

B3

Os volumes nos diversos seguimentos da B3 (B3SA3) devem continuar elevados com a companhia se beneficiando dos registros de operações de crédito, títulos privados, futuros, ações e BDRs. Isso deve contribuir resultados robustos da companhia e no desempenho do ativo ao longo do mês de novembro.

Vale

Mantivemos nossas expectativas em relação ao mercado de minério, à medida que esperamos que a economia Chinesa continue mostrando recuperação acelerada. Além disso, a melhora de setores industriais e construção civil, podem continuar a repercutir positivamente nos preços de Vale (VALE3) e de Gerdau (GGBR4).

Light

Então, para o setor de energia, trocamos Engie (EGIE3) por Light (LIGT3). O novo ativo incorporado à carteira pode trazer ganhos mais expressivos, por conta da reestruturação societária pela qual a companhia está passando.

Locaweb

Por fim, acrescentamos Locaweb (LWSA3) na carteira de novembro, por conta de seu posicionamento no mercado de e-commerce, meios de pagamentos e gestão de marketing para redes sociais. A companhia além de ter bons fundamentos, fez boas aquisições nos mercados citados, comprando Etus, Vindi e Social Miner.  

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