A carteira recomendada Nova Futura registrou rentabilidade de 11,70% em junho, conseguindo manter um alpha positivo, apesar da volatilidade ao longo do mês, de modo a superar o Ibovespa em 2,94%. Confira abaixo o nosso desempenho mês a mês:
O mês de junho foi marcado pelo aprofundamento das incertezas, em relação à retomada da pandemia do coronavírus, por conta do aumento no número de infectados nos Estados Unidos e na China, forçando estados como Arizona, Califórnia, Flórida e Texas a retomar medidas de distanciamento social, tal como em Pequim.
Ainda como risco externo, as tensões geopolíticas podem levar efeitos para câmbio, uma vez que a Lei de Segurança Nacional foi aprovada em Hong Kong, pode elevar o tom do conflito entre o ocidente e Pequim, principalmente por parte dos Estados.
A possibilidade de uma segunda onda de contaminação, levou o mercado a reduzir seus ganhos e fez com que os agentes piorassem suas expectativas em relação a economia real, como ficou evidenciado pelo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional). O fundo revisou as projeções para o desempenho da economia mundial e, no novo relatório, espera-se aprofundamento da retração econômica global, com queda de 4,9%, contra retração esperada de 3,1% no relatório anterior.
No âmbito nacional, o ambiente político teve como destaque a prisão de Fabrício Queiroz, encontrado na casa do advogado Frederick Wassef, fortemente ligado à família Bolsonaro. Todavia, a evolução do caso Queiroz levou o presidente Bolsonaro a adotar um tom mais ameno junto ao STF e demais poderes. Apesar da melhora do cenário político, o número de infectados pelo covid-19 no Brasil ainda continua a aumentar, tal como nos demais países da América Latina. Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, em contrapartida, houve redução da taxa SELIC, em função dos indicadores econômicos, que mostraram retração econômica forte durante o segundo trimestre.
Para julho, ainda enxergamos um cenário desafiador por conta da possibilidade da segunda onda no hemisfério norte, colocando dúvidas em relação à retomada da economia. No entanto, ainda há pontos positivos a serem considerados. Apesar do desconforto gerado pelo aumento no número de infectados nos Estados Unidos e na China, os dados de conjuntura econômica estão mostrando números melhores que o esperado, fazendo com que os agentes tenham perspectivas mais positivas em relação aos preços dos ativos.
Outros fatores que fazem com que os players busquem o mercado de ações, são os cortes nas taxas de juros e a assimilação da fase mais dura da crise. O segundo semestre tem perspectiva positiva para o mercado de ações no Brasil e no exterior.
Ao buscar o equilíbrio entre o risco de haver uma segunda onda da COVID-19, com a possibilidade da retomada da economia, fizemos alocações em ativos de crescimento e de valor, ampliando um pouco mais nossa posição em ativos com perfil de crescimento, aproveitando as expectativas dos agentes em relação ao aumento da participação de mercado de algumas empresas, as capitalizações e as aquisições que podem ser feitas em alguns setores com ativos descontado.
Ampliamos a ponderação em empresas do setor de varejo como forma de continuar a aproveitar a valorização das ações de empresas que conseguem se utilizar das estratégias de e-commerce e, ao mesmo tempo, podem se beneficiar da reabertura da economia. Desse modo Via Varejo (VVAR3) e Magazine Luiza (MGLU3) permanecem como ativos que podem ter bom desempenho.
Mantivemos nossa posição em empresas ligadas ao setor de petróleo como Petrobras (PETR4) e Cosan (CSAN3) por conta da recuperação dos preços do petróleo. Apesar dos receios em relação à recuperação da demanda por conta dos temores advindos da possiblidade de segunda onda de covid-19, os principais produtores de petróleo continuam a manter seu compromisso de manutenção do equilíbrio dos preços da commodity pelo lado da oferta.
Assim como ocorreu em junho, o setor imobiliário também se mostra como uma oportunidade de ganhos para o mês, uma vez que a queda nos preços dos imóveis ocasionados pela crise, pode despertar a atenção de muitos compradores que possuem caixa para verem boas oportunidades de negócios no setor. Assim, permanecemos com Cyrela (CYRE3) e acrescentamos (EVEN3).
Os ciclos econômicos geram possibilidades para empresas que tenham forte presença em seu respectivo setor, sobretudo quando elas têm a oportunidade de fazer aquisições com base em valores muito descontados. Com a queda na renda dos agentes, muitas companhias do ramo de educação tendem a perder alunos, abrindo oportunidades para a ampliação na participação de mercado de grandes empresas como Cogna (COGN3), tendo boas oportunidades de crescimento.
Em momentos de crise, empresas que possuem capacidade de se inovar e que possuem diversificação geográfica e produtiva, conseguem se destacar. Quando possuem capital aberto, caso tenham boa administração de sua dívida, seus ativos são adquiridos como proteção e quando há alta, também podem ampliar sua procura a depender do ramo de negócio. Tais características se encaixam muito bem com Weg (WEGE3), permanecendo na carteira mais uma vez.
A aquisição de minério de ferro manteve força, mesmo no pico da crise da COVID-19 na China. Com os dados de atividade econômica do gigante asiático evidenciando recuperação do sistema produtivo, aumentando a demanda pela commodity, renovam-se as oportunidades para Vale (VALE3).
Nas crises, os agentes dos mercados financeiros e de capitais tendem a aumentar a demanda por instrumentos de proteção e negociação nas bolsas, tanto nos segmentos de ações como nos de futuros. Tais movimentos geram aumento substancial de receitas e oportunidades de ganhos com ativos da B3 (B3SA3).
A cautela em relação à proteína animal se ampliou com a possibilidade de um novo vírus relacionado aos porcos, levando a China cancelar a importação de muitos frigoríficos, fazendo com que os preços de ativos de empresas do ramo tenham perspectiva de queda. Assim, Marfrig e SLC Agrícola foram retiradas da carteira.
A retirada de Gerdau (GGBR4), também está relacionada ao risco externo. Com a possibilidade de uma segunda onda de covid-19 nos EUA, a produção no país pode cair, afetando os preços do ativo, apesar de também apresentar oportunidades por conta dos preços do minério de ferro.
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