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A carteira recomendada Nova Futura registrou queda de 6,08% em janeiro, contra retração de 3,32% do Ibovespa. Em 12 meses o retorno da carteira é de 18,76%, superando o Ibovespa em 17,60%.
O mês de janeiro surpreendeu negativamente a maioria dos agentes. O risco sistêmico oriundo da COVID-19 no mundo inteiro, inclusive na Ásia, fez com que os mercados globais fechassem majoritariamente em queda.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a posse de Joe Biden não foi suficiente para manter o bom-humor do mercado. As incertezas quanto à retomada da economia por conta do avanço das novas variantes da COVID-19, o risco de o pacote de estímulos não ser executado de forma integral e os ataques especulativos oriundos de grupos da internet, fizeram com que o Dow Jones e o S&P 500 fechassem em queda.
Europa
Na Europa, o atraso na aplicação das vacinas e as incertezas quanto ao crescimento da economia, impactaram negativamente os principais índices do continente.
Extremo Oriente
No extremo oriente, o avanço dos indicadores econômicos da China contribui para os ganhos da região. Todavia, os ganhos foram suavizados pelos temores quanto ao avanço da COVID-19 na Ásia e no ocidente. Ao fim do mês a autoridade monetária chinesa fez um aperto de liquidez para desestimular o endividamento, colaborando ainda mais para minimizar os ganhos das bolsas.
Brasil
No Brasil, o risco global influenciou o desempenho do principal índice da B3. Além disso, as expectativas em torno da rotação foram amenizadas pelo do avanço de novas cepas da COVID-19 e pelo atraso no processo de vacinação. Os riscos político e fiscal também foram variáveis importantes para performance negativa do Ibovespa.
Para fevereiro, esperamos melhora do cenário interno por conta às eleições na Câmara e no Senado, que tendem a um desfecho positivo para o governo, melhorando as chances da agenda reformista. A velocidade da vacinação nos países avançados deve aumentar, ajudando na expectativa de controle da pandemia ao longo do semestre. Além disso, a aprovação do pacote de estímulos, de quase dois trilhões de dólares nos EUA, deve ocorrer e impulsionará os mercados. Assim, buscamos um beta mais agressivo para que a carteira aproveite as oportunidades do mês.
Ambev
Mantivemos Ambev (ABEV3), já que o ativo se mostra resistente nas quedas do mercado. O fato da companhia, ser do setor de consumo pode gerar ganhos com a possiblidade de bons indicadores antecedentes e contemporâneos.
Via Varejo
Ainda considerando o consumo, mantivemos Via Varejo (VVAR3). O ativo está descontado, após ter fortes quedas. Continuamos apostando na reestruturação da empresa, sobretudo nos ganhos potenciais do e-commerce.
Mercado de petróleo
Quanto ao mercado de petróleo, mantivemos Petrobras (PETR4) e Cosan (CSAN3) na carteira. Apesar dos temores em torno do avanço das novas cepas da COVID-19 afetando a demanda, o compromisso de diminuição da produção da commodity por parte da OPEP+ e a disposição de Biden para a redução da produção de combustíveis fosseis poderão sustentar os preços.
Setor imobiliário
O setor imobiliário, sobretudo no que diz respeito à alta renda, continua com otimismo. Os lançamentos previstos para o começo do ano contribuem para que as companhias do setor tenham ganho de receita, fazendo com que Cyrela (CYRE3) continue na carteira.
Mercado Financeiro
Mantivemos nossa posição no setor financeiro. A perspectiva de bons números de atividade econômica e a vitória dos candidatos da situação no parlamento, melhorando o risco percebido no curto prazo, tendem a ajudar o setor. Assim, há permanência de Bradesco (BBDC4). B3 (B3SA3), possui o adicional da expectativa de ganhos de receita com novos entrantes na bolsa e a demanda por outros serviços da B3. No caso de BTG Pactual (BPAC11), tendo em vista que a companhia é um banco de investimentos, a retomada dos IPO’s será fonte de receitas da companhia. Sendo assim, a retirada de Banco do Brasil (BBAS3), se deve aos conflitos de agência envolvendo o governo e a companhia.
Setor de mineração
Apesar da queda nas companhias do setor de mineração e siderurgia em razão dos surtos pontuais de COVID-19 na China, há perspectiva de que a retomada do crescimento da maior economia oriental e arrefecimento dos casos contribuam para a melhora nos preços do minério de ferro gerando oportunidades para Vale (VALE3) e CSN (CSNA3). A retirada de Gerdau (GGBR4) se deve à perspectiva de mais rápida no setor de mineração em detrimento ao de siderurgia.
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