Após a turbulenta volta de feriado, o mercado ignorou a notícia dos efeitos colaterais da vacina da AtraZaneca. Houve expectativas em relação aos anúncios do BCE (Banco Central Europeu) e a recuperação das Tech’s nos Estados Unidos.
Apesar das farpas entre a Casa Branca e Pequim, dos problemas da AtraZaneca, os mercados subiram bem, após três pregões de queda.
O destaque foi a retomada da Nasdaq, evidenciando uma correção técnica por parte dos agentes, influenciando os demais índices. Além disso, Chuck Schumer afirmo u que há boas chances de aprovação de uma legislação para mitigar os efeitos da covid-19.
Do ponto de vista da conjuntura econômica, o dado mais importante foi a Oferta de Empregos JOLTs para julho, avançando 6,618 milhões de vagas, ante expectativa de 6 milhões.
A Nasdaq, avançou 2,71%. O S&P 500 teve aumento de 2,01% e Dow Jones, ganhou 1,60%.
Na Europa, o mercado corrigiu as fortes perdas da semana anterior, mediante expectativas em relação à reunião do BCE (Banco Central Europeu).
As notícias referentes aos problemas envolvendo os efeitos colaterais da AtraZaneca, os agentes também aproveitaram as altas de Nova York.
Frankfurt e Milão, lideraram os ganhos em 2,07% e 2,02% respectivamente. Paris, subiu 1,40% e Londres, teve valorização de 1,39%. Madri, ganhou 0,95%.
As altas dos ativos brasileiros se deveram, essencialmente, ao aumento no apetite pelo risco do investidor externo.
Aproveitando os ganhos de Nova York e a diminuição dos ruídos internos. Apesar do risco relacionado à questão fiscal continuar na à espreita, o mercado já começa a precificar tal fenômeno econômico.
O Ibovespa, subiu 1,24% e o dólar se valorização de 1,25%, a R$ 5,30.
Os contratos de petróleo, após a notícia Saudi Aramco na terça-feira (08), ontem (09), a commodity seguiu as altas dos mercados.
O WTI, teve alta de 3,51%, a US$ 38,05. O Brent, teve ganhos de 2,54%, a US$ 40,79.
Novos dados nos Estados Unidos
Hoje (10), o Bureau of Labor Statistics, após publicar o relatório JOLTS de oferta de empregos, alcançando 6,618 milhões de vagas criadas em julho, mediante expectativa de 6 milhões, divulgará os pedidos iniciais por seguro desemprego.
O indicador semanal de toda quinta-feira, tem perspectiva de retração de aproximadamente 4% em relação à observação anterior, alcançando 846 mil pedidos pelo benefício.
Apesar da queda, os agentes colocam certa cautela em suas perspectivas, haja vista os dados anteriores que apresentaram quedas baixas e o ritmo da atividade econômica, que ainda exige cuidado.
A instituição também divulgará o Índice de Preços ao Produtor, a evidenciar a inflação sob a perspectiva dos produtores.
Mesmo que a reabertura da economia esteja acontecendo e alguns indicadores de atividade econômica mostrem avanço, há cuidado nas expectativas, pois ainda há pontos de fragilidade na economia americana. Além disso, é preciso levar em consideração que o mês de agosto é um mês de férias nos Estados Unidos.
Assim, ao mês, espera-se uma inflação ao produtor de 0,2%, contra 0,6% em julho. Ao ano, a expectativa é de -0,3% em agosto, contra -0,4%.
Por fim, entre os dados mais importantes do dia, a EIA (Energy Information Administration) publicará os estoques de petróleo produzidos nos Estados Unidos.
Após os descontos aplicados pela Saudi Aramco, os agentes esperam cortes na produção, também tendo em vista que o mercado ainda não se recuperou totalmente.
Os números esperados são de redução de 1,355 milhões de barris, ampliando os cortes de -9,362 milhões da semana imediatamente anterior.
Europa: BCE
Na Europa, as perspectivas se voltam para os possíveis estímulos e projeções do BCE (Banco Central Europeu).
Apesar dos agentes não esperarem mudanças na Taxa de Facilidade Permanente de Depósito (-0,5%) ou na taxa de juros (0,0%), o aumento dos números de infectados pela covid-19 e as preocupações oriundas da chegada do inverno, podem gerar estímulos para impulsionar a economia do bloco.
Além disso, também existem expectativas quanto às projeções que podem ser feitas pelo bloco, após a última prévia do PIB do bloco, ter sido melhor que o esperado.
Brasil: Varejo
Após os indicadores de inflação à evidenciar a evolução do principal indicador de preço de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicará os dados do varejo brasileiro para julho.
As expectativas para o indicador são positivas, após dados acima do esperado por de muitos indicadores de atividade econômica e, além disso, por conta da manutenção da política de rendas e reabertura da economia e flexibilização do distanciamento social.
Todavia, como ainda há riscos e sinais de fragilidade da economia brasileira, a cautela ainda é necessária.
No ano, espera-se que 0,5% em junho para 2,2% em julho. Ao mês, a expectativa é de 1,2% em julho, ante 8,0% no mês imediatamente anterior.
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