Na sexta-feira (17), o mercado fechou sem direção única, com receios relacionados ao retorno do covid-19 e os impasses em Washington. Por aqui, os balanços sustentaram a correção do principal índice, contra os possíveis desajustes na agenda liberal.
Nos Estados Unidos, Nova York fechou a sexta-feira, majoritariamente em queda. A lentidão quanto à aprovação do pacote de ajuda fiscal, continuou a impactar negativamente os mercados financeiros.
Todavia, os indicadores de conjuntura econômica, como o indicador de sentimento do consumidor ficou acima do esperado, algo importante, haja vista que o consumo é uma variável de grande relevância para a sustentação da demanda na economia americana.
O Dow Jones, teve elevação de 0,12%. O S&P 500, teve queda, mas ficou próximo da estabilidade, com retração de 0,02% e a Nasdaq, registrara retração de 0,21%.
Os temores em relação ao retorno no aumento do número de infectados pelo covid-19 na Europa, continuaram a subir e ficaram ainda mais visíveis com o novo estabelecimento de restrições sociais, principalmente, no que diz respeito às viagens.
Quanto à agenda econômica, o PIB da Zona do Euro, teve desempenho dentro do esperado, com retração de 12,1% ao trimestre e 15,0% ao ano, no segundo trimestre desse ano.
Frankfurt, teve queda de 0,71%. Milão, fechou com retração de 1,13%. Madrid, recuou 1,33%. Londres recuou ,1,55% e Paris, perdeu 1,58%.
No Brasil, a despeito dos temores em torno da manutenção da agenda liberal em detrimento das demandas políticas, o principal índice da B3 fechou em alta.
Os indicadores de atividade econômica tiveram desempenho muito próximo do esperado. O IBC-Br, a prévia do PIB, registrou elevação de 4,89%, muito próximo do esperado.
Os balanços também foram positivos, contribuíram para o avanço do Ibovespa, com resultados acima do esperado.
O Ibovespa se valorizou em 0,89%, a 101.353,45 pontos. O dólar teve avanço de 1,01%, cotado a R$ 5,42.
O petróleo teve retração, mediante anúncio de pioras nas projeções de recuperação da demanda pela commodity.
O WTI, teve retração de 0,54%, cotado a US$ 42,01. O petróleo tipo Brent, teve retração de 0,36%, a US$ 44,80.
O Federal Reserve (FED) de Nova York, divulgará o indicador de atividade industrial da região para o mês de agosto.
Apesar do indicador se referir apenas à região de Nova York, ele é importante para evidenciar o nível de atividade para a localidade. Pelo fato do estado ser um dos mais importantes do país, os agentes utilizam o indicador como uma prévia importante.
Após forte elevação, saindo de uma retração de -48,50 pontos para 17,20, o mercado espera que 15 pontos.
O índice não deve apresentar alta maior que a anterior, por conta dos temores em relação ao retorno do covid-19 no país. Todavia, os dados positivos de conjuntura econômica podem ser um presságio, para que ocorra alta melhor que o esperado.
Na Europa, a agenda econômica carecerá de dados econômicos. O principal destaque será a reunião do Eurpogrupo.
Os formuladores de política se encontrarão para discutir e analisar a situação atual da economia do bloco. Mediante o aumento de coronavírus e seus impactos na economia, fazem da reunião um evento ainda mais importante.
No Brasil, o dia também carece de indicadores econômicos no Brasil e teremos apenas o Relatório Focus.
Nas últimas observações, tendo em vista a melhora das percepções dos players em relação à economia brasileira e, com os resultados positivos da produção industrial, comércio, varejo, IBC-br e, até mesmo, do setor de serviços, a melhora do PIB e de indicadores de atividade podem ter melhora nas expectativas.
Todavia, no que diz respeito às contas públicas, as perspectivas não são positivas, haja vista às discussões em relação ao aumento do gasto público com o objetivo de amortecer os impactos do covid-19.
Além disso, os temores quanto ao comprometimento com a agenda liberal, também piram as expectativas quanto aos indicadores de relacionados às contas públicas.