Os mercados globais fecharam a semana majoritariamente em baixa, devolvendo parte dos ganhos da semana em meio a ruídos políticos. Na Europa não foi diferente, a limitação dos ganhos semanais se deveu à possível distância entre Londres e Bruxelas em relação ao acordo comercial pós-Brexit, embora as negociações estejam acontecendo. Além disso, as medidas de restrição social consideram severas em alguns países, como é o caso da Alemanha.
Londres, teve queda de 0,33%. Frankfurt, perdeu 0,27%. Paris, recuou 0,39%. Milão, teve desvalorização de 0,16%. Madri e Lisboa, cederam 1,42% e 1,30% respectivamente.
O petróleo, com as negociações dos contratos mais líquidos encerrando antes do fechamento do mercado americano e das notícias negativas em torno do pacote de estímulos, acabou encerrando em alta, a espera do pacote fiscal nos EUA.
O WTI para fevereiro, teve elevação de 1,44%, a US$ 49,24. O Brent, ganhou 1,48%, a US$ 52,26.
Nos Estados Unidos, a expectativa em relação ao pacote de estímulos bipartidário acabou se arrefecendo, fazendo com que os investidores diminuíssem seu apetite pelo risco, gerando queda nos principais índices de Wall Street. O Dow Jones, teve queda de 0,38%. O S&P 500, perdeu 0,34% e a Nasdaq, teve leve retração de 0,07%
O mercado financeiro brasileiro foi impactado pelos ruídos externos, principalmente no que diz respeito às tensões referentes ao pacote de estímulos nos Estados Unidos. Internamente, a tensão política foi o destaque. Maia e o governo trocaram farpas enquanto o ministro da saúde e o presidente afirmavam que a vacinação não seria obrigatória, o STF formou maioria para obrigatoriedade e Lewandowski autorizou os estados importarem vacinas que não tenham aprovação da Anvisa.
Mediante os ruídos internos e externos, o Ibovespa teve queda de 0,32%, cotado a 118.023 pontos e o dólar teve leve alta, de 0,08% chegando a R$ 5,08.
As notícias no final de semana em torno de um nova variante da COVID-19 no Reino Unido e o aumente das incertezas em torno do pacote fiscal nos Estados Unidos, fizeram os mercados asiáticos fecharem sem direção única na madrugada de hoje (21).
Na China continental, o fato do banco central do país, o PBoC manter a taxa de juros inalterada em 3,85%. O Xangai Composto teve avanço de 0,76% e o Shenzhen ganhou 1,87%. Taiwan ganhou 0,95% e Hong Kong, recuou 0,72%. Tóquio, caiu 0,18% e Seul teve elevação de 0,23%.
Para hoje (21):
Os mercados globais abriram em queda mediante ao risco de uma nova variante do coronavírus no Reino Unido. A mutação do vírus pode ser ainda mais contagiosa do que em sua primeira versão. Assim tanto os mercados europeus, quanto os futuros das bolsas americanas operam em baixa.
O mercado brasileiro tende a ser fortemente influenciado pela aversão ao risco externo, os agentes buscarão sair dos ativos mais arriscados e dentre eles, os mercados emergentes, tal movimento já pode ser evidenciado com a valorização do dólar frente as moedas emergentes.
Europa: Varejo britânico e confiança do consumidor para a Zona do Euro
No Reino Unido, embora o coronavírus esteja avançando e, além disso, esteja sofrendo mutações se tornando ainda mais contagioso, a Pesquisa CBI de Varejo e Distribuição superou as expectativas dos agentes de -35 pontos e chegando a -3. Apesar do indicador ainda não ser positivo, a retração diminuiu mostrando que o comércio de distribuição, apesar das dificuldades teve melhora.
Para a Zona do Euro, a Comissão Europeia divulgará o indicador de confiança do consumidor. As expectativas do mercado são de leve melhora no indicador, saindo de -17,6 pontos para -16,8 pontos para dezembro. A leve melhora ocorre em virtude do início da vacinação.
Brasil: Relatório Focus e arrecadação
No Brasil, como ocorre toda segunda-feira, será divulgado o Relatório Focus com as projeções do mercado em relação à economia brasileira. Quanto à arrecadação, segundo as expectativas da Broadcast (Estadão) a arrecadação federal do mês de novembro pode chegar R$ 137,80 bilhões. As perspectivas dos agentes são de melhora devido aos dados de atividade econômica, gerando aumento da base da arrecadação para o governo.
Autor: Matheus Jaconeli
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