Queda nos mercados externos com avanço do COVID-19 e pausa em testes

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Ontem (13), o pós-feriado foi positivo para a bolsa brasileira, com os agentes considerando os ganhos das ADR’s em 1,24% do índice EWZ. No entanto, os números da COVD-19 na Europa, as notícias negativas em relação às vacinas e a possibilidade de não haver estímulos nos Estados Unidos, afetaram as bolsas do hemisfério norte.

Por mais que o estímulo fiscal nos Estados Unidos se mostrem necessários, o mercado já precifica que o estímulo virá apenas após as eleições. Além disso, as notícias em torno das vacinas foram negativas com o cancelamento dos testes da Johnson & Johnson e da Eli Lilly.

O S&P 500, perdeu 0,63%. O Dow Jones e a Nasdaq, perderam 0,55% e 0,10% respectivamente.

Os principais índices europeus fecharam majoritariamente em queda me meio ao aumento nos números de casos de coronavírus na Europa Ocidental e no Reino Unido. Para piorar o cenário mais uma empresa, Johnson&Johnson paralisou seus testes para nova vacina por conta de possíveis efeitos colaterais nos voluntários, algo análogo que ocorreu com A AstraZeneca e com a Universidade de Oxford.

Além disso, os indicadores de atividade econômica decepcionaram as expectativas dos agentes, o Índice ZEW, somou 56,1 pontos, contra a expectativa de 74. Na Alemanha, o CPI continuou deflacionária a -0,2%.

Madri, teve queda de 1,09%. Frankfurt e Milão tiveram retração de 0,91% e 0,81% respectivamente. Paris, teve desvalorização de 0,64% e Londres, caiu 0,53%.

O principal índice da B3 seguiu uma direção diferente dos indicadores estrangeiros. Os números do EWZ na véspera (feriado), contribuiu para que os agentes tivessem interesse no mercado brasileiro. Os números da China, também beneficiaram ativos brasileiros.

O Ibovespa, teve elevação de 1,05%, a 98.502,82 pontos. O dólar, teve leve alta, em 0,9%, cotado a R$ 5,57.

Os números das contas externas da China, principalmente das exportações animaram os contratos futuros da commodity. O WTI, teve alta de 1,95%, a US$ 40,20. A referência Brent, teve elevação teve 1,75%,, cotado a US$ 42,45.

Estados Unidos: IPP, Estoques de Petróleo Bruto API e Discursos de membros do FOMC

Após divulgar dados de inflação ao consumidor (IPC) dentro do esperado pelo mercado, o Bureau of Labor Statistics publicará a variação dos preços sob a perspectiva dos produtores (IPP) para setembro.

Analogamente com o que ocorreu com os preços destinados aos consumidores, o mercado espera evolução, se pautando na retomada da atividade econômica nos Estados Unidos.

Para o núcleo do indicador, excluindo alimentos e energia, espera-se elevação anual de 0,9% em setembro, ante 0,6% em agosto. Ao mês, o mercado avalia que o indicador pode chegar a 0,2%, contra 0,4%.

Para o indicador amplo, há melhora anula, saindo da deflação de -0,2% e atingindo 0,2%. Ao mês, há pouca variação, com expectativa de valorização de 0,2% contra 0,3%.

Os membros do FOMC Clarida, Quarles e Kaplan, discursarão, evidenciando suas expectativas quanto aos rumos da economia americana. Possivelmente, os formuladores de política continuarão a informar a necessidade da ajuda fiscal para ajudar a economia do país.

A API (American Petroleum Institute), divulgará os estoques de petróleo bruto produzidos pelo setor privado, sendo um indicador interessante para compreender como se deu a retomada das atividades no Golfo do México após o furacão Delta.

Europa: Discurso de Lagarde e produção industrial 


Na Europa, a agenda de conjuntura econômica está relativamente reduzida. O A presidente do BCE (Banco Central Europeu) Christine Lagarde, fará um discurso via videoconferência organizada pela ONU para Iniciativa Financeira das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A chairman da entidade monetária europeia, provavelmente informará as estratégias do BCE para a Zona do Euro quanto as decisões em torno do meio ambiente. A Agência Eurostat, divulgará os números da atividade industrial para a União Europeia.

Como alguns países apresentam alta no número de infectados, a demanda por produtos industriais tende a cair, o que faz os agentes ficarem mais cautelosos em suas expectativas, mesmo que os resultados anteriores tenham superado as expectativas.

Como em agosto já havia os temores quanto ao retorno da COVID-19, as expectativas de crescimento da indústria para o mês de agosto são baixas, podendo chegar em 0,8%, ante avanço de 4,1% em julho. Ao ano, a retração ainda é forte, com perspectiva de -7,2%, contra -7,7% ao ano.

Brasil: Crescimento dos serviços

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a instituição publicará os números do setor de serviços.

O setor de serviços tende a levar um pouco mais de tempo para se recuperar dos impactos da crise, como foi evidenciado nos últimos números do indicador.

A expectativa do mercado em relação aos números do indicador é relativamente conservadora, apesar dos níveis elevados do comércio que, em um segundo momento, podem influenciar o setor positivamente.

Ao ano, o indicador ainda fica longe da recuperação, com perspectiva de queda de 10,5% em setembro, ante retração de 11,9% em agosto. Ao mês, os agentes esperam variação de -2,3%, após subir +2,6% em agosto.

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