As expectativas quanto a melhora da economia internacional e os esforços de muitas empresas em busca de uma vacina e outros tratamentos com objetivo de combater o novo coronavírus, fez com que as bolsas globais subissem nesta segunda-feira (06).
Nos Estados Unidos, as expectativas em relação à melhora da economia americana e da China, fazendo com que os investidores não prestassem atenção no aumento de casos do covid-19.
Além disso, a corrida por vacinas e remédios no combate ao coronavírus, foi mais um fator que contribui para o bom-humor em Wall Street.
A Nasdaq teve elevação de 2,21%, seguida pelo Dow Jones com avanço de 1,78%. O S&P 500 teve ganhos de 1,60%.
O VIX teve elevação de 0,58% a 27,84 pontos.
Na Europa, os mercados reagiram bem aos dados econômicos dos Estados Unidos a confirmar a retomada econômica, tal como a esperança de melhora da economia na Europa e na China.
O aumento das expectativas em relação à economia Chinesa e Americana, dá fortes indícios de que a economia global também terá perdas acima do esperado até então, fazendo com que muitos players revisem as expectativas de crescimento para cima.
Londres liderou o rali europeu com ganhos de 2,09%. Frankfurt ganhou 1,64%. Paris subiu 1,49%. Milão se valorizou em 1,55%. Na Península Ibérica, Madrid subiu 2,06% e Lisboa ficou próxima da estabilidade em 0,06%.
No Brasil, a bolsa subiu forte, sendo puxada pelo bom humor externo e por questões internas.
O Relatório Focus evidenciou que os dados de conjuntura econômica divulgados até então, juntamente com as expectativas de melhora em relação ao exterior fez com que os analistas melhorassem um pouco suas projeções em relação aos indicadores de atividade econômica como o PIB e produção industrial.
Além disso, o governo, por intermédio de Paulo Guedes anunciou que pretende se comprometer com a agenda de reformas, de modo que a reforma tributária seja aprovada ainda em 2020.
A bolsa brasileira, o Ibovespa, teve alta de 2,58%, aos 98.937 pontos. Na máxima, o mercado chegou a bater os 99.256 pontos, próxima da máxima.
O dólar teve alta de 0,59%, cotado a R$ 5,35.
O petróleo fechou sem direção única, com o WTI fechando o dia com queda, também influenciado pelo aumento dos casos de covid-19, porém próximo da estabilidade, perdendo 0,05%, cotado a US$ 40,63. O Brent subiu em 0,47%, cotado a US$ 43,10, influenciado pelas perspectivas positivas em relação à retomada da economia.
Estados redbook, ofertas de empregos, indicador de confiança e petróleo
Hoje (07), a agência Redbook Inc. divulgará o indicador semanal para o setor varejista. Devido a amplitude do indicador que é realizado com base em 9.000 lojas de grandes empresas varejistas, o que equivale a 80% do setor, o índice é muito importante para verificar o comportamento da economia americana, haja vista que o consumo é uma das principais variáveis do crescimento econômico do país.
Devido à reabertura econômica e os dados positivos de conjuntura econômica, há tendência de que o indicador continue a melhorar. Todavia, o amento de casos de covid-19 nos Estados Unidos, podem afetar um pouco o indicador.
A agenda do dia também contará com dados do mercado de trabalho divulgado pelo Bureau of Labor Statistics a publicar a oferta de empregos.
Após a última divulgação acima do esperado, criando 5.06 milhões de postos de trabalho em abril, os agentes esperam que em maio, 4.850 milhões de empregos sejam ofertados.
O indicador vem tendo quedas consecutivas ao longo do ano por conta dos impactos do covid-19 na economia do país. Todavia, como os dados de desemprego e de atividade econômica para o mês de maio publicados até então se mostraram muito positivos, índice pode surpreender.
Pelo lado da confiança dos agentes, o Investor’s Business Daily (IBP), juntamente com o TechnoMetrica Institute od Policy and Politics (TIPP), publicará o indicador Índice IBP/TIPP de Otimismo econômico.
O indicador é importante pois evidencia as expectativas e confiança dos agentes em relação à economia, finanças e às políticas econômicas federais, mostrando o quão próximo à percepção da sociedade está próxima das dos formuladores de política econômica.
Com os dados de conjuntura econômica acima do esperado divulgados ao longo do mês de junho, espera-se melhora do indicador, após queda divulgada no mês anterior.
Quanto ao petróleo, a American Petroleum Institute divulgará as os dados de produção pela perspectiva do setor privado.
Os dados divulgados pelo instituto é uma prévia do relatório da EIA, formando as expectativas para o mercado da commodity para semana.
Devido aos cortes na produção de petróleo e o risco de segunda onda do covid-19, o que pode afetar a demanda, ainda estar no radar dos agentes, a produção pode diminuir.
O dia também terá discursos e relatórios referentes às perspectivas dos formuladores de política o que movimentará os mercados financeiros.
Por parte do FED, ao longo do dia Bostic, Quarles e Barkin farão seus discursos e, como são membros do FOMC, suas falas podem ser consideradas como prévias dos caminhos que o FED tomará.
O Tesouro Americano divulgará seu relatório semestral, mostrando a percepção do principal órgão fiscal americano em relação à economia local e internacional.
Europa: produção industrial na Alemanha
A agência Destatis divulgará a produção industrial do país referente ao mês de maio.
Após melhora das encomendas à indústria, para o mesmo mês e avanço no PMI já em maio devido à reabertura econômica no continente Europeu e como a Alemanha foi um dos países com maior sucesso nas medidas contra o covid-19, o mercado espera que a indústria recupere parcialmente suas perdas.
A expectativa dos agentes sinaliza para avanço de 10% na produção industrial, ante retração de 17,9% em abril.
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