Enquanto os mercados no Brasil permaneciam fechados por conta do carnaval, até parte do dia de hoje (26), as bolsas no exterior estavam a todo vapor. No entanto, o ritmo não era de festa, o que pode influenciar fortemente no mercado brasileiro hoje e nas bolsas internacionais.
O coronavírus, apesar de a desaceleração na China, mostra sinais de alastramento em outros países, com destaque para a Itália. O norte do país, a região da Lombardia, mais precisamente, foi o foco do alastramento da doença, afetando fortemente cidades como Milão, Turim (cidade vizinha), Piemonte e Venento, chegando a cancelar partidas de futebol e o famoso Carnaval de Veneza. O efeito do vírus pode ser muito negativo ao país que depende consideravelmente do setor de turismo.
Apesar do ponto focal ser o norte italiano, a doença acabou por se espalhar para outros países como as Ilhas Canárias, Croácia, Suíça e, caso a contraprova esteja correta, o Brasil.
Os novos focos em relação ao surto impactaram fortemente o mercado, derrubando as bolsas em todo o mundo.
Ontem (25), as bolsas americanas fecharam forte baixa. O Dow Jones caiu 3,15%, o S&P 500 derreteu 3,03% e a Nasdaq recuou 2,77%.
No caso das bolsas americanas, além do fator coronavírus, há as eleições como variável que influencia negativamente as bolsas. O fato de Bernie Sanders estar liderando entre os democratas e uma possibilidade de vitória do mesmo, também faz o mercado ter movimentos negativos nas bolsas do EUA.
Além das fortes quedas nas bolsas, também houve a divulgação dos indicadores econômicos. Apesar de negativo (-0,25) o índice de Atividade Nacional do FED de Chicago ficou acima do esperado (-0,92). Na terça-feira (25), foi divulgado o índice de confiança do consumidor em 130,7, frente as expectativas (132). Outro indicador importante do dia foi o Indicador de preços de Imóveis S&P/PC Composto Anual para dezembro, foi positivo, computando elevação de 2,9%, mostrando elevação dos preços de venda de imóveis.
Na Europa, as quedas também foram acentuadas. Madrid liderou as quedas ao registrar 2,45% de queda. Londres e Paris caíram 1,94%, Frankfurt teve retração de 1,88% e Milão caiu 1,88%.
Além das fortes quedas registradas no velho continente, a semana foi carregada de dados para região. Na segunda-feira (24), os Índices de Expectativa de Negócios para a Alemanha no mês de fevereiro registrou 93,4 pontos (acima da expectativa 92,2), avaliação da situação atual, também estava acima das expectativas (98,6), registrando 98,9. Quanto ao Índice de Clima de Negócio com perspectivas 95,3, atingiu 96,1 pontos. Contudo, ontem (25), os dados do PIB para o quarto trimestre de 2019 não registrou crescimento (0,0%) e, na análise anual, a elevação do PIB ficou dentro das expectativas, com 0,3%.
Dados nos EUA
Hoje (26), o calendário dos EUA trouxe dados referentes às vendas de casas novas, mostrando o quanto o setor imobiliário está aquecido. Lembrando que este setor possui fortes sinergias com outros setores, passando boas sinalizações em relação à economia.
Outro dado importante é o estoque de petróleo bruto. Com ele, é possível ter uma importante informação em relação aos preços de commoditie que, além da demanda global, também depende de sua oferta.
Elevação do emprego no Brasil
O indicador de evolução do emprego, que estava previsto para o dia 21, deverá ser divulgado hoje pelo CAGED. Em janeiro foi registrado um saldo negativo de -307,31 mil vagas criadas, quando a expectativa de queda era de 320 mil. Boa parte dos indicadores da economia brasileira vieram muito abaixo das expectativas, criando um número de vagas menor do que esperado. Além disso boa parte delas são informais, pagando salários reduzidos.
Menores níveis de salários geram menor expectativa de consumo, reduzindo as expectativas de crescimento econômico.
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