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Primeira Análise – 19/02/20 | Nova Futura

Written by Nova Futura | 20/10/2023 19:08:16

Com os EUA iniciando a sua semana ontem (18), o mercado voltou ao seu ritmo normal. A maior economia do mundo trouxe dados referentes ao nível de atividade, o Índice Empire State do mês de fevereiro, que mede a produção industrial na região de Nova York computou 112,9 pontos contra 4,8 pontos no mês de janeiro desse ano.

Mesmo que o dado tenha sido positivo, a Apple, uma das maiores empresas americanas, informou os riscos em relação ao coronavírus, visto que a produção dos celulares é feita na China. Como resultado, tal notícia fez com que os mercados do mundo inteiro abrissem de forma negativa.

Contudo, apesar da realização, a bolsa brasileira fechou com perdas menores que a esperada pelo mercado, abrindo com 115.309,22 pontos e com 114.977,29 no fechamento, desempenhando queda de 0,39%.

Lá fora, as bolsas seguiram o mesmo rumo. O Dow Jones caiu 0,56%, S&P 500 teve queda 0,29% e a Nasdaq foi exceção, ficou quase no zero a zero, com 0,02% de alta. As quedas e incertezas em relação à economia global, fizeram o índice VIX sair da área dos 13,00 pontos, fechando o dia em 14,83 pontos.

Na Europa, o rumo dos mercados não foi diferente. As principais bolsas europeias fecharam em queda. Frankfurt caiu 0,75%, Londres declinou 0,69%, Paris teve variação de -0,48%, Madrid, teve a queda menos acentuada, com apenas 0,16%. A exceção foi Milão, com elevação de 0,41%. Além da queda nas bolsas, houve divulgação do Índice ZEW de sentimento econômico para a Alemanha e Europa, mostrando que e expectativas dos agentes em relação a região não são animadoras, levando em conta a desaceleração da economia mundial e as consequências do coronavírus.

Hoje (19), os balanços os que foram divulgados após o fechamento do mercado da última terça-feira (18) (Energias BR, IRB, Iguatemi, Smiles, Engie e Ultrapar) e de empresas que divulgarão seus balanços antes do pregão (Weg, Gerdau Metalúrgica e Telefônica) influenciarão a bolsa brasileira, além dos eventos externos, com destaque para ata do FOMC.

IRB divulga seus resultados

A Reseguradora divulgou seu tão esperado balanço. Após o pregão de ontem (18), a empresa informou seus resultados com o lucro líquido no valor de R$ 632 milhões, ficando muito acima das expectativas de R$ 495 milhões. Além disso, o parecer das auditorias realizadas pela PWC e Ernst & Young é positivo para aprovação das contas do IRB. Se a CVM estiver de acordo com o parecer, teremos o fim da novela com um final feliz para a empresa. 

Outros balanços divulgados no fim do pregão

Como já foi dito, tivemos outros resultados após o pregão. EDP (Energias BR) contabilizou resultado líquido de R$ 499,29 milhões no último trimestre de 2019, queda 4,7% em relação ao mesmo período de 2018. Contudo, o EBITDA registrou avanço, mesmo que tímido de 3,1% em relação a 2018 computando R$ 873,97 milhões.  

A Engie, empresa que está em nossa carteira recomendada divulgou bons resultados. Apesar da queda no resultado líquido em 0,2% em relação à 2018, contabilizando R$ 2,311 bilhões em 2019, a empresa teve elevação da receita operacional líquida. No ano, o crescimento foi de 11,5% contabilizando R$ 9,80 bilhões. No trimestre o mesmo indicador registrou R$ 2,302 bilhões, superando em 21,4% o trimestre anterior. Um outro fator positivo da empresa foi o aumento de 41% na venda de energia, sem considerar as operações de trading, mostrando que a empresa vem crescendo em seu negócio.

Ecorodovias também soltou seu balanço com resultado elevado em 28,6%, contra o mesmo trimestre do ano passado atingindo R$ 90,9 milhões. Outro destaque para empresa é concessão para exploração da BR-364/365 que liga o centro-oeste a São Paulo.

Smiles registrou resultado de R$ 179,54 milhões no quarto trimestre de 2019, o que significa um aumento 20% em relação ao trimestre anterior, e de 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar do resultado positivo, a receita líquida apresentada foi de 9,3% no comparativo ao período imediatamente anterior e de 9,2% contra o mesmo período de 2018, somando R$ 253,26 milhões. A queda na receita pode ser explicada, entre outras coisas, pelo aumento do custo das passagens. Entretanto, a parceria com fintechs contribuiu para facilitação na distribuição de benefícios.

A Biosev registrou a diminuição de seu prejuízo no quarto trimestre de 2019, acumulando R$ 306,5 milhões de prejuízo contra R$ 446,7 milhões no mesmo período de 2018. A empresa ainda sofreu impacto por conta da queda nas exportações e da alta do dólar que acabou por impactar negativamente a dívida da companhia.

Inflação, construção e ata do FOMC tomam a cena na América

O Bureau of Labor Statistics o PPI (índice de preços ao produtor). O indicador calcula a variação dos preços sob a ótica dos produtores. Caso os preços se elevem, significa que há demanda por parte dos produtores, evidenciando aumento na atividade econômica. A expectativa é de que o indicador cresça apenas 0,1% em janeiro, o que pode levar a discussões em torno de novas articulações em relação à taxa de juros por parte FED.

Por falar em Federal Reserve, o FOMC (equivalente ao COPOM aqui no Brasil), divulgará sua ata que consiste na análise da situação atual da economia americana. Tudo indica que, de acordo com os últimos discursos dos membros do FED e dos dados da economia americana e global, o relatório destacará a necessidade de cautela e que a economia americana crescerá de forma moderada.

Ainda nos EUA, há a divulgação dos dados da produção da construção civil. A expectativa do mercado é de que o país tenha reduzido o número de novas casas construídas, mas que ocorra ampliação das licenças para construção.

Negociando com o mundo

Após um dia da divulgação na queda das expectativas em relação à economia alemã e europeia, publicadas pelo instituto de pesquisa ZEW na terça-feira (18), hoje (19), o Banco Central Europeu anunciará o saldo de transações correntes da União Europeia e Zona do Euro referente ao mês de dezembro. O indicador é importante, pois mostra a quantidade de negócios que bloco econômico está gerando. Ou seja, o indicador é mais um termômetro do desempenho da economia global. Além disso, há a divulgação do indicador de produção da construção civil para região.

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