Antes de mais nada, ontem (17) o feriado nos EUA (Dia dos Presidentes) foi de bom humor para os mercados. Primeiramente o Ibovespa registrou alta de 0,81%. Na Europa, Londres fechou com alta de 0,33%, Frankfurt 0,29%, Paris 0,27% e Madrid, liderando a alta das bolsas europeias, com 0,66%. O anúncio do Banco Central da China sobre a expansão da diminuição na taxa de juros para empréstimos de um ano ajudou a melhorar as expectativas dos agentes.
Um dos destaques do pregão de segunda-feira na bolsa brasileira, foi a Magazine Luiza. A varejista divulgou o seu balanço antes da abertura do pregão e o mercado considerou seu balanço muito positivo. Assim também, a companhia demonstrou ampliação do e-commerce com a aquisição da Netshoes que, além de ampliar a participação nas vendas pela internet, trouxe profissionais competentes na área digital, os quais contribuem para expansão dos negócios.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, o lucro líquido caiu 11,4%, registrando R$ 168 milhões. No entanto, a receita líquida avançou 38,5% quando feita a mesma comparação, computando R$ 6,3 bilhões.
Hoje (18), teremos o calendário mais cheio com a volta do pregão nos EUA. Na agenda econômica, há dados de atividade dos Estados Unidos, Europa e mais resultados corporativos das empresas Brasileiras. Serão divulgados os balanços de Biosev, EDP Brasil, Engie, Iguatemi, Pine e Smiles e IRB.
Greve dos caminhoneiros e dólar
Ainda ontem, o dólar fechou em alta, cotado em R$ 4,33. Os anúncios em torno da greve dos caminhoneiros geraram incertezas. Ontem os caminhoneiros paralisaram o Porto de Santos por 24 horas, com o propósito de impedir a passagem de mercadorias. Dentre as reivindicações da categoria, há destaque para três pautas: cumprimento mínimo do frete, redução dos preços dos combustíveis e a possível redução de 8 mil postos de trabalho. Apesar da greve estar marcada para o dia 19/02 a situação pode trazer volatilidade ao mercado acionário e ao dólar. Uma vez que o risco percebido em relação ao país aumenta.
Após o pregão
A Itaúsa, holding que controla o Itaú Unibanco, Duratex, Alpargatas e Itautec divulgou o balanço ontem após o pregão. Como resultado os investidores já estavam com boas expectativas em aos números. A empresa computou lucro de R$ 3,4 bilhões no quarto trimestre de 2019, um aumento 37,6% em relação ao mesmo período de 2018, estando de acordo com os resultados do Itaú Unibanco, uma das principais empresas.
Além disso, outra empresa que merece destaque é a Multiplan. A empresa que atua na administração de shoppings centers, registrou lucro líquido de R$ 142,3 milhões no último trimestre do ano passado, elevação de 26,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida foi de R$ 367,5 milhões, elevação de 5,5% em relação ao mesmo período de 2018. Assim também, as empresas do setor de administração de shoppings podem ser um termômetro para medir o consumo das famílias, sendo mais uma variável para analisar essa importante variável do PIB do país.
Possível fim da novela IRB
Amanhã (19), será divulgado o balanço do IRB após o fechamento do pregão. Logo após uma asset questionar a veracidade no balanço da companhia, muitas casas de investimentos se mostraram cautelosas em relação ao ativo. Como resposta, a seguradora contratou mais uma empresa de auditoria para rever suas contas, pondo à prova a acusação da asset. Ontem o mercado apostou no papel, sendo uma das maiores altas do Ibovespa, com elevação 5,62%.
Hoje também teremos resultados de Biosev, EDP Brasil, Engie, Iguatemi, Pine e Smiles
De volta às atividades
Após o feriado emendado com o final de semana, as bolsas americanas voltam ao trabalho, assim como a agenda econômica. Além das expectativas em relação a divulgação de resultados, também há eventos econômicos na agenda. Contudo será divulgado o Índice Empire State que mede atividade industrial do estado de Nova York no mês de fevereiro. Sendo mais um indicador de como anda a atividade econômica no país.
O discurso Kashari, importante membro do FED, também merece atenção. Nos discursos de Jerome Powell e de Michelle Bowman ao longo do mês inspiravam parcimônia e cautela, além de apoiarem uma política fiscal responsável, com o objetivo de amenizar os efeitos de uma possível recessão, a qual os agentes acreditam que possa ocorrer levando em conta a constante diminuição da diferença entre as Treasurys de 3 meses e de 10 anos.
Expectativas no velho continente.
Por fim, teremos indicadores de expectativa na Europa. O ZEW, importante think-tank europeu divulga o dado de percepção econômica e condições atuais de fevereiro para União Europeia e Alemanha. Os dados mais recentes para região não são positivos, pois há forte desaceleração da indústria, principalmente na produção de bens de capital (fator gerador de investimentos) e no crescimento do PIB, quase estagnado.
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