Ontem (14), os mercados não fecharam com direção única. Enquanto nos Estados Unidos e no Brasil, foram corrigidas as quedas do dia anterior. Na Europa, os agentes devolveram os ganhos de ontem, influenciados pelas notícias do aumento de casos de covid-19 na Califórnia.
Nos Estados Unidos, os resultados acima do esperado de Citigroup e JP Morgan foram drivers importantes para o ânimo das bolsas americanas, além disso, o fato da vacina produzida pela Moderna estarem em sua fase final também contribuiu para o bom humor em Wall Street.
O Dow Jones subiu 2,13%, o S&P 500 teve elevação de1,34% e o índice Nasdaq, teve ganhos de 0,94%.
Na Europa, além dos resultados ruins no número de infectados na Califórnia, em outras regiões dos Estados Unidos, em Hong Kong e no Japão fizeram com que os mercados devolvessem os ganhos do dia anterior.
Além disso, os problemas no Mar do Sul da Ásia envolvendo China e Estados Unidos e outros países, podendo acirrar as tensões entre Pequim e Washington também contribuíram para aversão ao risco dos europeus.
Madrid, caiu 1,01%. Paris, perdeu 0,97%. Frankfurt teve retração de 0,80% e Milão derreteu 0,62%. Londres fechou perto da estabilidade, com variação positiva de 0,06%.
No Brasil, o Ibovespa seguiu Nova York e as perspectivas positivas em relação ao minério de ferro sustentaram os ganhos Vale, contribuindo fortemente para alta, além de outra Blue Chips.
Assim, o mercado ignorou o dado aquém do esperado do indicador de atividade divulgado pelo Banco Central, o IBC-Br.
O Ibovespa, subiu 1,77% a 100.440 pontos. O dólar, caiu 0,74% a R$ 5,34.
O mercado do petróleo teve alta suave com a queda na produção semanal em relatório divulgado pela API (American Petroleum Institut) e com a OPEP+ informando que a demanda pode cair menos que o esperado. No entanto, também houve receio com o aumento de casos do novo coronavírus nos EUA.
O Brent teve elevação de 0,42% cotado em US$ 42,90 e o WTI teve ganhos de 0,47% a US$ 40,29.
Estados Unidos: preços de importados e exportados, petróleo, Livro Bege e relatório do tesouro
Nos Estados Unidos, entre os dados mais importantes da agenda econômica, o Bureau of Labor Statistcs divulgará os preços de bens importados e exportados para o mês de junho.
Devido a reabertura economia dos países desenvolvidos, os agentes esperam que os preços dos bens exportados tenham alta saindo de 0,5% para 0,8%. Para os bens importados, os agentes esperam que os preços avancem em 1%, tal como em maio.
O FED divulgará dados de produção industrial para de junho. Também devido a reabertura econômica e aos dados antecedentes divulgados, como o PMI, tanto da ISM quanto da IHS Markit, os agentes esperam que o indicador saia de 1,3% para 4,3%. Todavia, existe a possiblidade dos dados terem resultado aquém do esperado por conta da segunda onda de covid-19.
Para o estado de Nova York, o FED da região divulgará o indicador de atividade industrial para o mês de julho, levando em conta uma pesquisa feita com 200 fábricas do estado.
Como Nova York é uma das regiões que estão a responder bem ao covid-19, isto é, não está a apresentar dados que levem a crer que ocorra uma segunda onda, o mercado tem expectativa de que o indicador saia -0,20 em junho para 10 pontos em julho.
Após os dados da API divulgar retração de 8,322 milhões de barris de petróleo na última semana, o mercado tem esperança de que o documento divulgado pela EIA (Energy Information Administration) evidencie queda de 2,0206 milhões de barris.
A agenda do dia também contará com a divulgação de relatórios importantes como o Livro Bege e o Relatório do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
O Livro Bege discutirá as condições da economia americana e os próximos passas, tal como os efeitos das políticas adotas pelo FED para amenizar os efeitos da crise. Analogamente, o Departamento do Tesouro também mostrará sua percepção e expectativas em relação à economia americana e internacional, bem como suas medidas.
China: PIB, produção industrial, varejo e taxa de desemprego
Na China, o National Bureau of Statistics of China também divulgará dados importantes que podem gerar preço no mercado financeiro.
Começando pelo PIB do segundo trimestre do ano, tendo em vista a reabertura econômica no país e os estímulos realizados pelo governo do país, espera-se que o PIB anual tenha elevação de 2,5% e na perspectiva trimestral, avanço de 9,6%, ante retração de -6,8% e -9,8% respectivamente.
A instituição também divulgará os dados de produção industrial, seguindo a mesma lógica do PIB, o os agentes esperam que que ocorra elevação de 4,7% do indicador para o mês de junho, ante 4,4% em maio.
No que se refere aos ativos fixos, isto é, investimentos em bens utilizados para produção e que tenham vida útil maior que um ano como edifícios, equipamentos tecnológicos, terrenos, maquinários e veículos. Tais bens são necessários para aumentar a produção da economia, sendo uma medida para o investimento.
Analogamente aos indicadores acima, apesar da expectativa continuar com números negativos, pode apresentar melhora de acordo com a percepção do mercado, saindo de -6,3% em maio para -3,3% em junho.
Por fim, serão divulgados os números do desemprego. Como os indicadores de atividade econômica tendem a melhorar, há esperança de que o desemprego também caia, pois conforme a atividade econômica se eleva a demanda por trabalho também aumenta.
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