As bolsas globais tiveram mais um dia de fechamento sem direção única nessa quarta-feira (09), com ruídos quanto às negociações nos Estados Unidos e com os agentes desconfiando do posicionamento fiscal do governo brasileiro, mas na Europa as perspectivas eram melhores.
Ontem (09), a maioria dos principais indicadores acionários da Europa, tiveram elevação mediante às perspectivas de um acordo comercial após o Brexit e com o início da vacinação no continente, começando pelo Reino Unido.
Paris e Milão tiveram retração de 0,25% e 0,38% respectivamente. Frankfurt, teve queda de 0,47%. Madri e Londres, tiveram avanço próximo da estabilidade, com ganhos de 0,09% e 0,08% respectivamente.
O Petróleo, fechou sem direção única, com os agentes ponderando o início da vacinação e o aumento inesperado dos estoques da commodity nos Estados Unidos. O WTI, teve retração de 0,18%, cotado em US$ 45,52 e Brent, ficou próximo da estabilidade, com alta de 0,04%, cotado a US$ 46,86.
Nos Estados Unidos, os ruídos quanto ao pacote de estímulos havendo desacordo entre democratas e republicanos, fez com que as expectativas de antes da abertura fossem frustradas, além do avanço da COVID-19 também gerar receio aos agentes. Quanto à Nasdaq, quase todos os estados do país processaram o Facebook por conta de atitudes anticoncorrenciais da companhia, pesando negativamente no principal nas ações da companhia e no índice de tecnologia de Wall Street.
O Dow Jones, teve queda de 0,35%. O S&P 500 e a Nasdaq perderam 0,79% e 1,94% respectivamente.
No Brasil, sucumbiu ao mau-humor externo e aos problemas internos também influenciaram negativamente o comportamento do índice. As incertezas quanto aos estímulos fiscais nos Estados Unidos, acabaram impactando negativamente o mercado interno e internamente, o fiscal continua a ser um ponto importante de desestabilização.
Dado o cenário acima, o Ibovespa fechou com queda de 0,70% em 113.001,16 pontos.
O impasse fiscal nos Estados Unidos, impactou negativamente a sessão asiática, fazendo a maioria dos mercados fecharem em baixa, além da atenção dos investidores ao avanço da COVID-19 no restante do hemisfério norte.
Em Tóquio, o Nikkei, teve queda de 0,23%. Seul, teve recuou 0,30%. Taiwan e Hong Kong, tiveram baixa de 0,80% e de 0,35%, respectivamente.
Na China Continental, o Xangai Composto, teve leve alta de 0,04% e o Shenzhen, teve elevação de 0,12%.
Os mercados no exterior abrem em alta. Na Europa, os agentes aguardam notícias e anúncios importantes do BCE visando mais um pacote de estímulo, juntamente com a notícia em torno do início da vacinação contra a COVID-19.
Os futuros nos Estados Unidos também operam em alta, com a possibilidade do retorno nas negociações bipartidárias a favor dos estímulos à economia americana.
No Brasil, quanto à decisão da taxa de juros de ontem, o posicionamento da autoridade monetária foi dentro do esperado, mas os agentes aguardam que o comportamento baixista mude posteriormente com a possibilidade de retirada do foward guidance nas próximas decisões.
o Tesouro oferta LTNs para os vencimentos 2021, 2022 e 2024; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFT para 2022 e 2027 e o Bacen Central oferta até 16.0000 contratos de swap, das 11:30 às 11:40.
Arthur Lira se candidata à Câmera com o apoio do governo e, segundo Guedes, o político está alinhado com as pautas liberais.
Na Europa, após anúncios do BCE (Banco Central Europeu), de que irá ampliar a compra de crédito privado no continente para dar mais liquidez ao sistema financeiro, hoje (10), a autoridade monetária divulgará a decisão taxa de juros para o bloco econômico, cujas perspectivas são de manutenção. Juntamente com a decisão, também será divulgada a Declaração de Economia monetária, com os pareceres dos membros do Banco em relação à economia do continente.
Hoje (10), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicará o índice de Vendas no Varejo para o mês de outubro. As expectativas do mercado são de leve desaceleração no mês em 0,2% contra o avanço de 0,6% em setembro. Ao ano, espera-se que o indicador tenha chegue em 6,7%. Apesar de tal expectativa, os meses de novembro e dezembro podem compensar o a retração por conta da Black Friday em novembro e por conta das datas comemorativas em dezembro.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Estatísticas econômicas divulgará os números de inflação dos Estados Unidos. A expectativa do mercado é de que os preços avancem 0,1% ao mês em novembro, saindo de 0,2% registrado em outubro. Ao ano, o indicador também tende a cair levemente, saindo de 1,2% e indo para 1,1%. O núcleo do indicador, isto é, a inflação excluindo os preços de alimentação e energia, tem estimativa de manutenção de 1,6% ao ano e de avanço de 0,1% ao mês, contra 0,2% em outubro.
O Departamento do trabalho, divulgará o pedido por seguro-desemprego. Devido ao número aquém do esperado do Payroll e dos últimos números registrados pelo indicador, os agentes esperam que a demanda pelo benefício continue em números elevados, inclusive com aumento em relação à semana imediatamente anterior, saindo de 712 mil para 725 mil pedidos pelo belo benefício.
O departamento da agricultura dos Estados Unidos, também divulgará o relatório referente à demanda por produtos agrícolas, o Relatório WASDE.
Por fim, o Departamento do Tesouro divulgará o Balanço Orçamentário Federal do mês de novembro. O esperado é que o déficit registrado em novembro seja de US$ 200,0 bilhões, saindo de US$ 284 bilhões.
Autor: Matheus Jaconeli