Ontem (20), devido as expectativas em relação à reabertura gradual da economia de países e dos estados mais importantes dos Estados Unidos, os mercados fecharam o dia em alta.
As preocupações de Jerome Powell e dos demais membros do FOMC na ata informada divulgada pelo FED, os mercados apostam na reabertura econômica e em uma possível recuperação, apesar dos riscos que o covid-19 podem trazer para a economia americana.
Assim, as bolsas americanas foram lideradas pela Nasdaq, com avanço de 2,085. O S&P 500 e o Dow Jones subiram 1,65% 1,52% respectivamente. O VIX, mostrou que os agentes estavam pouco receosos em relação à bolsa americana. O indicador de volatilidade teve queda de 8,78%, alcançando 27,8 pontos.
No velho continente, a reabertura econômica na Europa, fez com que as bolsas do continente subissem. Ademais, a possibilidade de ressurgimento do covid-19 em uma “segunda onda” e as complicações que podem ser encontradas pela economia no médio prazo, podem trazer influências para os mercados futuramente.
As altas europeias foram lideradas por Frankfurt, com elevação 1,34%, seguida por Madrid (+1,13%). Londres ganhou 1,08%. Milão teve elevação de 1,05% e Paris subiu 0,87%.
O Brasil, por conta da instabilidade política advinda da espera pela decisão do decano do STF, ministro Celso de Mello. Além disso, as pesquisas realizadas por players do mercado mostraram que as avalições do governo atual vêm caindo, de modo que os agentes ficassem mais temerosos em relação ao mercado brasileiro, diminuindo as altas do mercado.
Assim, o Ibovespa teve elevação de 0,71%, fechando a sessão com 81.319 pontos. O dólar, fechou pregão com queda de 1,23%, cotado a R$ 5,68.
Para o petróleo, o dia foi positivo. Os estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, tiveram retração de 4,983 milhões de barris na semana, contribuindo para o ajuste da oferta à demanda da commodity e animando os investidores.
Dessa forma, o Barril do petróleo Brent fechou com alta de 3,17%, cotado a US$ 37,75. O WTI, teve elevação de 4,79%, fechando a sessão ao preço de US$ 33,49
EUA: mercado de trabalho, imobiliário e PMI
Hoje (21), a temporada das prévias do PMI terão início. Além disso, serão divulgados os dados de conjuntura referentes a atividade industrial, mercado de trabalho e vendas de casas.
Um dos principais dados antecedentes referentes ao mercado americano, o número de pedidos por seguro-desemprego, será divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
O indicador, segundo o mercado pode ter retração de 19,50%, alcançando 2,400 milhões de pedidos pelo benefício governamental. Apesar do nível ainda elevado, o número, caso se concretize, pode evidenciar uma leve recuperação da economia americana.
A diminuição nos pedidos, mesmo que vagarosa, está relacionada ao fato da variável ser considerada de estoque (número de trabalhadores que pediram emprego) e, também a reabertura da economia americana, a qual pode recuperar alguns postos de trabalho, mesmo com efeito fraco.
Outro indicador importante são as vendas de casas usadas, esse indicador evidencia o quanto os agentes estão dispostos a comprometer sua renda com consumo de imóveis.
A expectativa para o dado divulgado pela Associação Nacional de Construtores dos Estados Unidos, para o mês de abril é de queda forte com retração de – 18,9% , a alcançar 4,30 milhões de casas usadas vendias, contra 5,27 milhões de março. O indicador deve ter queda abrupta pelo aumento do desemprego diminuir a renda dos agentes.
Mesmo com a reabertura o indicador pode ter retração, uma vez que os agentes ainda estarão receosos em comprometer a renda futura com financiamentos para aquisição de um imóvel.
Do ponto de vista da atividade, o FED da Filadélfia publicará o relatório de atividade industrial da região, com expectativa de -41,5 pontos em maio contra os 56,6 pontos de abril. O indicador e as expectativas em relação ao mesmo, segue trajetória parecida ao do PMI industrial, o qual também tem expectativa de elevação, saindo de 36,1 e passando para 38,0.
Ambos indicadores evidenciam melhora para o mês de maio, com base na reabertura de alguns negócios e estados americanos, fazendo com que a demanda aumente um pouco, fazendo as indústrias produzirem. Todavia, a elevação é fraca e os indicadores ainda estão longe de um nível que seja considerável neutro, isto é, permanecem no negativo.
Analogamente, os PMI’s de serviços e composto também poderão ter leve melhora. Com o setor de serviços sair de 26,7 pontos e alcançando 30 pontos segundo as perspectivas do mercado. O PMI composto, pode se elevar, a alcançar 29,5 pontos, caso as perspectivas dos agentes se concluam.
Os indicadores de atividade da economia americana, mostram que a recuperação será vagarosa e dependerá dos avanços em relação à vacina, contra o covid-19 e dos estímulos do FED e do Tesouro Americano a economia dos Estados Unidos.
Europa: PMI’s na Alemanha e Zona do Euro
A exemplo dos Estados Unidos, a agência de pesquisa IHS Markit divulgará os PMI’s para a Zona do Euro e Alemanha. Os indicadores segundo as perspectivas do mercado devem seguir trajetória análoga, evidenciada pelos indicados americanos descritos acima.
A recuperação vagarosa da economia no hemisfério norte, o cenário desafiador para a recuperação e a falta de uma solução definitiva para a pandemia do covid-19, impede que os indicadores já voltem para níveis considerados, ao menos, neutros, ou seja, na faixa dos 50 pontos.
Começando pela Alemanha, a expectativa é de que os indicadores estejam mais próximos da neutralidade, com expectativa da prévia do PMI composto chegar a 34,1 pontos, contra 17,4 de abril, a registrar forte avanço. No PMI industrial, a perspectiva de alcançar 39,2, contra 34,5 pontos e, por fim, para o setor de serviços, o que foi mais fragilizado com a crise, deve sair de 16,2 e avançar até 26,6 pontos.
Dado que a economia da alemã é mais sólida e dinâmica da Zona do Euro, os indicadores tendem a ser um pouco melhores quando comparados com os do bloco econômico.
Para a Zona do Euro, o PMI composto deve sair de 33,4 e chegar em 38 pontos. O industrial, o qual foi fortemente afetado, deve sair de 13,6 e ir para 25 pontos e o setor de serviços pode sair de 12 pontos para 25.
A economia no hemisfério norte já começa a abrir e pode ter recuperação no segundo semestre, a depender dos estímulos para ajudar na recuperação econômica e do avanço ao combate ao covid-19.
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