Ontem (23), as tensões entre China e Estados Unidos continuaram a mexer com humor do mercado financeiro. Além disso, pressionando ainda mais a realização na maior parte das bolsas internacionais, os pedidos iniciais por seguro desemprego decepcionaram.
Nos Estados Unidos, os efeitos das tensões com a China se aprofundaram. A escalada do conflito entre as duas maiores economias do mundo, envolve questões ligadas à espionagem e a tensão no Mar do Sul da China.
Do ponto de vista da conjuntura econômica, os pedidos iniciais por seguro desemprego, alcançaram dados acima do esperado, em 1.416 milhões de pedidos pelo benefício, contra a expectativa de 1.300 milhões.
A Nasdaq realizou fortemente os ganhos de outrora, em -2,29%. Dow Jones e S&P 500 também registraram queda de 1,31% e 1,22% respectivamente. O VIX, mediante o cenário desafiador, subiu 7,20%, a 26,07 pontos.
Na Europa, entre quedas e altas, os mercados fecharam perto da estabilidade, considerando as inquietações na arena geopolítica. Dentro do continente, os indicadores de confiança do consumidor para Alemanha e França surpreenderam, mas para a Zona do Euro, os dados vieram pior que o esperado.
Londres, teve alta de 0,07%. Paris e Madrid, por outro lado, registraram perdas de 0,07%. Frankfurt, teve retração de 0,01%.
O Brasil seguiu o mau humor dos mercados internacionais. Os agentes realizaram fortemente seus lucros, principalmente em ativos que vinham se valorizando ao longo dos últimos meses como Cogna, Via Varejo e Magazine Luiza.
A Reforma Tributária continuou a ser assunto no mercado, assim dividindo especialistas. Enquanto alguns analistas acreditam que alguns setores podem sofrer junção do PIS e Confis, outros acreditam que a aprovação da reforma abre caminho para mais reformas e deixa o sistema tributário brasileiro menos complexo.
O Ibovespa teve queda de 1,91%, a 104.293 pontos. O dólar, mediante o risco internacional, teve alta de 1,94% a R$ 5,21.
O petróleosofreu a com a continuidade dos choques entre China e Estados Unidos. Ademais, os números dos pedidos iniciais por seguro desemprego afetaram as expectativas da demanda.
A referência Brent, teve queda de 2,21%, cotado a US$ 43,31 o barril e o WTI perdeu 1,98%, a US$ 41,07.
Estados Unidos: PMI, venda de casas novas e contagem de sondas Baker Hughes
A consultoria britânica IHS Markit divulgará as prévias do PMI para o mês de julho, em relação ao setor industrial, serviços e composto.
Tendo em vista a retomada da economia americana durante o mês de julho, o mercado espera que ocorra aumento nos indicadores.
Os números esperados são de 51,5 pontos em julho, contra para produção industrial 49,8 em junho. Para setor de serviços, pode haver avanço de 6,47%, alcançando 51 pontos em julho. O PMI composto também deve subir, tendo em vista que o dado leva em conta os dois indicadores anteriores. Assim, também deve ficar em 50 pontos.
Todavia, existe a possibilidade de que fiquem um pouco piores que o esperado por conta dos avanços do covid-19.
No que diz respeito a venda de novas casas, o Departamento do comércio americano, os dados referentes ao setor ao longo do mês de junho. Os agentes esperam diminuição na taxa de crescimento para o setor, saindo da elevação de 16,6% em maio, para 4% em junho. Totalizando a vendo de 700 mil casas novas.
Por fim, o dado que fecha as notícias para o setor de petróleo para semana será divulgado pela Baker Hughes. Após o aumento dos estoques de petróleo nos Estados Unidos nessa semana, espera-se que também tenha aumento no número de sondas em atividade.
Europa: PMI na Alemanha e Zona do Euro
Na Europa, como nos Estados Unidos, serão divulgadas as prévias do PMI referentes ao mês de julho.
Começando pela Alemanha, principal economia da Zona do Euro e uma das empresas que tiveram o melhor desempenho no combate do covid-19, tem expectativa de alta no indicador.
Para a indústria, espera-se avanço de 45,2 pontos para 48. Para o setor de serviços, de 47,3 para 50,5 pontos. O composto, deve sair de 47 para 50,3 pontos.
Na Zona do Euro, assim como na Alemanha, também é esperado melhora no indicador, por conta da reabertura dos países do bloco e melhora em relação ao número de infectados por covid-19 no mês.
Assim, o mercado espera que a indústria saia de 47 pontos para 50,3. Para serviços, o PMI pode alcançar 51 pontos em julho, contra 48,3 mês anterior. O PMI composto, tende chegar em 51,1 em julho, contra 48,5 em relação à observação anterior.
O aumento no indicador, evidencia, melhora na atividade econômica dos países, uma vez que ele se refere às informações de empresas privadas, com base nas perspectivas dos gerentes de compras.
Brasil: IPCA-15, Confiança do Consumidor FGV e Receita Tributária Federal
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicará os dados referentes a inflação dos primeiros 15 dias do mês.
O indicador é um dos principais antecedentes da variação de preços do país, evidenciando a aceleração dos preços na economia.
A expectativa de avanço no indicador, o aumento dos preços se deve a reabertura e, possivelmente, poderá haver elevação nos preços de alimentos, gás de cozinha e energia.
Os números esperados pelo mercado são de aceleração de 0,51% ao mês e 2,36% ao ano.
Quanto ao indicador de confiança sob as perspectivas dos consumidores publicado pela FGV, pode se elevar com as notícias de permanência do benefício e reabertura da economia, conforme ocorreu nas últimas observações.
A Receita Tributária Federal, divulgada pelo Tesouro Nacional, pode ter queda devido à desaceleração econômica e redução da renda das famílias.
No entanto, a reabertura de alguns estados pode fazer com que indicador não fique tão ruim quanto o esperado.
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