Ontem (02), os mercados fecharam majoritariamente em alta antes do feriado da Independência dos Estados Unidos. Mas notícias referentes à vacinas contra o covid-19, juntamente com dados acima do esperado, principalmente em relação ao mercado de trabalho, foram fatores que contribuíram para sustentar as bolsas em todo mundo.
Nos Estados Unidos, o mercado subiu com os dados do Payroll evidenciando criação de empregos acima do esperado no setor não agrícola somou 4.800 milhões de novos empregos, superando as expectativas em 60% e em 78% em relação ao mês de maio. O setor privado, criou 4.767 milhões de postos de trabalho, também superando as expectativas e avançando 47% em relação ao mês de maio.
A taxa de desemprego também levou expectativas positivas para os agentes, alcançando 11,1% contra a expectativa de 12,3%.
Como taxas de desemprego menores e respostas positivas em relação ao mercado de trabalho representam avanço na atividade econômica, o valuation dos ativos tendem a melhorar, fazendo com que os agentes melhorem seu apetite pelo risco.
Todavia, o aumento do número de infectados pela covid-19 reduziu um pouco as altas.
A Nasdaq subiu 0,52%. O S&P 500 teve ganhos de 0,48% e o Dow Jones teve alta de 0,36%.
O VIX registrou queda de 3,35%, com 27,66 pontos.
As bolsas do velho continente seguiram caminho análogo, mas com ganhos mais fortes corrigindo as perdas do dia anterior.
Além com os dados econômicos positivos dos Estados Unidos, a taxa desemprego na Zona do Euro também teve resultado melhor que o esperado de 7,7%, alcançando 7,4%.
Os índices europeus também absorveram positivamente a possibilidade de sucesso das vacinas que estão a serem elaboradas pelas empresas Pfizer e BioNTech.
Madrid liderou os ganhos, a subir em 3,75%. Milão e Frankfurt tiveram elevações próximas em 2,88% e 2,84% respectivamente. Paris ganhou 2,49% e Londres teve performance positiva de 1,34%.
A bolsa brasileira começou o dia em alta. Contudo, os temores em relação ao aumento de infectados pelo covid-19 de força à ponta vendedora.
Todavia, tal qual no hemisfério norte, os dados de atividade econômica vieram acima do esperado com a produção industrial se elevando em 7,0% em maio, conta a expectativa de 6,7%. Apesar do dado positivo, o dado ainda não recupera a forte queda do mês anterior de 18,8%.
O Ibovespa fechou o dia no zero a zero, com ganhos de 0,03%, aos 96.234 pontos.
O dólar fechou o dia com alta de 0,6%, cotado a R$ 5,3481.
A queda nos estoques de produção de petróleo na quarta-feira (01) e os números positivos em relação à economia, aumentaram as expectativas de recuperação da demanda por petróleo, fazendo os preços da commodity subirem.
O barril do petróleo Brent teve elevação de 2,64%, cotado a US$ 43,14. O WTI teve aumento de 2,08%, a US$ 40,65.
Em meio ao feriado do dia da independência nos Estados Unidos, o cenário internacional terá foco na Europa com a publicação dos PMI’s compostos e de serviços.
Apesar dos agentes terem ficado cautelosos em relação à divulgação dos indicadores do PMI, antes da divulgação do PMI industrial, existe a possibilidade dos dados surpreenderem o mercado positivamente, tal como ocorreu ontem.
Como o setor de serviços atende, em certa medida, à indústria e o PMI composto se baseia na pesquisa realizada em aproximadamente 400 empresas do setor industrial e de serviços, o PMI composto também pode trazer dados acima do esperado, que estão com expectativa de continuarem com os mesmos números de maio.
Seguindo a mesma lógica dos PMI’s europeus, o PMI do Brasil pode registrar dados acima do esperado, tendo em vista o resultado do PMI industrial e por conta dos dados de produção industrial.
Todavia, há mais cautela em relação aos dados da Europa, dado que a reabertura econômica no velho mundo já está mais avançada em decorrência de uma melhor gestão contra o combate do covid-19.
As expectativas dos agentes é de que o PMI Composto saia de 28,1 em maio para 31,7 pontos em junho. Quanto ao setor de serviços, a expectativa é um pouco mais negativa, saindo de 27,6 para 22,1 pontos.