A quarta-feira (29) fechou sem direção única, enquanto Estados Unidos e Brasil responderam bem ao comunicado do FOMC, a Europa andou de lado, de olho nos resultados corporativos ruins e com cautela em relação a autoridade monetária americana, uma vez que as bolsas do velho continente fecharam antes do pronunciamento.
Nos Estados Unidos, as ações do setor de tecnologia desempenharam bem com expectativas positivas para os resultados de Facebook e com a declaração do FED, a informar que os continuará com taxas de juros baixas e políticas de estímulos à economia.
A Nasdaq, teve ganhos de 1,35% O Dow Jones teve alta de 0,63% e o S&P, 500 subiu 1,25%.
O VIX, teve queda de 4,83%, a 24,25 pontos.
Na Europa, os mercados fecharam majoritariamente em queda. Os agentes ficaram cautelosos em relação ao anúncio do FOMC. Além disso, houve aumento de casos de covid-19, novamente, na Espanha e o a França começou a dar sinais de uma possível segunda onda.
Além disso os resultados de grandes bancos do continente como Barcleys e Deutsche Bank decepcionaram os investidores, evidenciando também, o impacto da crise no setor.
Paris e Londres tiveram resultados positivos, com elevação de 0,61% e 0,04%. Madrid, teve queda de 0,55%. Milão, caiu 0,11% e Frankfurt perdeu 0,10%.
No Brasil, os agentes seguiram o bom humor de Nova York. Além disso, os as prévias positivas de Vale e o bom desempenho do minério contribuiu para que a bolsa brasileira subisse.
Após o pronunciamento do FED dizendo que continuará com políticas de estímulos e juros baixos, além de estender as linhas de swap até março de 2021 para alguns países, dos quais, o Brasil faz parte.
O Ibovespa teve perdas de 1,44%, a 105.605 pontos. O dólar teve elevação de 0,29%, a R$ 5,17.
O petróleo, fechou em alta mediante a queda nos estoques de petróleo nos Estados Unidos e com o pronunciamento do FED.
O Brent fechou com alta de 1,10%, a US$ 44,09. O WTI teve avanço de 0,56%, cotado a US$ 41,21 o barril.
Estados Unidos: PIB, preços e mercado de trabalho
Devido aos impactos do covid-19 na economia americana, afetando a oferta e a demanda, o PIB americano tende a ter nova queda no segundo trimestre desse ano. Os temores referentes à segunda onda do vírus, fizeram com que os agentes tivessem perspectivas mais conservadores em relação ao desempenho da maior economia do mundo.
A expectativa do mercado, é que retração seja de aproximadamente 34% ante 5,0% no trimestre anterior.
A queda no PIB se deve em grande medida, ao consumo mais fraco, uma variável de muito pesos na economia americana.
Tal perspectiva negativa poderá ser observada por uma aceleração menor dos preços dos bens e serviços que compõe o PIB americano.
O mercado espera que o indicador saia de 1,6% no primeiro trimestre e alcance 1,1% no segundo trimestre de 2020.
Quanto ao mercado de trabalho, como ocorre toda quinta-feira, o departamento do trabalho americano divulgará os pedidos iniciais por seguro desemprego.
Nas últimas semanas, o indicador vem decepcionando o mercado por conta do aumento de casos de infectados pelo covid-19, fazendo com que os agentes adaptassem suas para cima.
O mercado espera que a demanda pelo benefício aumente, com os perdidos por seguro desemprego saindo de 1.416 milhões, na semana anterior, para 1.450 milhões.
Europa: mercado de trabalho, PIB e inflação
Começando pela Zona do Euro, o indicador mais importante do dia será a taxa de desemprego para o bloco durante o mês de junho.
Mesmo com a queda no número de infectados pelo covid-19, espera-se a taxa de desemprego do bloco econômico saia de 7,4% para 7,7%.
Apesar da melhora considerável nos países mais estáveis do continente, a fragilidade de países como Itália e Espanha, somada a queda da atividade econômica gera avanço no indicador.
Outro fator que deve ser levado em consideração é o aumento das pessoas que passaram a procurar emprego com a flexibilização das regras de restrição o social.
Na Alemanha, também serão divulgados os dados do mercado de trabalho com a agência Destats a publicar a taxa de desemprego e a variação número de desempregados.
Há expectativa de redução no número de desempregados, saindo de 69 mil para 43 mil em julho, evidenciando recuperação do mercado de trabalho do país.
Já a taxa de desemprego, tende a variar muito pouco, saindo de 6,4% para 6,5%.
O PIB do segundo trimestre para o país é negativo, evidenciando o impacto da crise do novo coronavírus.
O mercado espera que o PIB do segundo trimestre na Alemanha tenha retração de 9% ao trimestre e de 10,9% ao ano.
Mesmo que a economia alemã seja uma das mais estáveis da Zona do Euro e do mundo, os efeitos do covid-19, por seu turno, das medidas de contenção atingiram fortemente a demanda e a oferta do país.
Ainda, levando em conta que os alemães são um dos maiores exportadores do mundo, a retração do PIB da Alemanha também se deve a queda na renda do resto do mundo, em especial, da Europa.
A agência de pesquisas também divulgará os d indicadores de inflação sob a perspectiva dos consumidores.
O mês de julho, apesar da melhora de cenário para o país, foi de muito receio em relação à retomada da atividade econômica, por conta do retorno do covid-19 em alguns países.
Assim, o IPC (índice de preços ao consumidor) tem perspectiva de aceleração menor, quando comparado ao mês anterior, saindo de 0,9% em junho para 0,2% em julho ao ano e de 0,6% para 0,2% ao mês.
Brasil: IGP-M
No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) para o mês de julho.
O indicador leva em consideração três índices, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), sendo que as ponderações são dadas em 60%. 30% e 10% respectivamente.
A expectativa é que o IGP-M saia de 1,56% em junho para 2,12% para o mês de julho.
As altas podem acontecer IPA e no INCC, por conta da reabertura da economia. No IPC, o avanço pode ocorrer nos preços de alimentos e energia.
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