PIB da Alemanha, boletim focus e mercado de trabalho no Brasil

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Os mercados fecharam a semana de forma mista, com os investidores cautelosos quanto às tensões entre Estados Unidos e China. Além disso, as decisões tomadas pelo país asiático, com o objetivo de impor uma lei de segurança nacional para Hong Kong, gerou temores por parte dos agentes quanto à liberdade da mesma. 

Para gerar ainda mais apreensão, sobretudo nas bolsas americanas, ao fim do pregão, o Departamento do Comércio Americano disse que adicionará 33 empresas chinesas e outras instituições em uma lista de transgressores aos direitos humanos. Outro fator de colocar tais empresas na lista também são inerentes a questões de segurança nacional.

Contundo, não houve apenas más notícias. Nos Estados Unidos, Anthony Fauci informou que os novos resultados apresentados pela empresa Moderna, são aparentemente promissores quanto aos avanços da vacina contra o covid-19.

Assim, de forma cautelosa, os mercados americanos fecharam sem direção única, próximos do zero-a-zero. A Nasdaq, liderou os mercados na américa, por conta do desempenho das empresas de tecnologia, alcançando elevação de 0,43%. O S&P 500 teve ganhos de 0,26% e o Dow Jones teve perdas de 0,04%.

Na Europa, os mercados também não tiveram resultados iguais, pressionados pelas tensões entre americanos e chineses. Além disso, como foi dito, o fato da liberdade e independência de Hong Kong quem podem ser retiradas pelo Partido Comunista Chinês. Contra tal medida, o Conselho Europeu pediu respeito à liberdade de Hong Kong por parte do Governo Chinês.

Ainda pesando para o lado negativo das expectativas dos agentes, a informação do BoE (Bank of England) de que poderá cortar a taxa de juros nominais a patamares negativos, não foram bem absorvidas pelos bancos britânicos, fazendo as ações de bancos caíssem.

Milão teve a maior elevação, com avanço de 1,34%. Madrid e Frankfurt tiveram ganhos modestos de 0,17% e 0,07% respectivamente. Londres e Paris tiverem queda de 0,37% e 0,02% respectivamente.

No Brasil, além das pressões vindas do exterior com os embates relacionados à China, o que mais formou preço no país foi o cenário político.

Além disso, uma nota considerada demasiadamente assertiva, por parte do general Augusto Heleno, ao afirmar que pedido de Celso de Mello de apreensão do celular de Jair Bolsonaro e de seu filho “poderá ter consequências imprevisíveis para estabilidade nacional.”

Assim, o mercado apreensiva, teve perdas 1,03%, chegando aos 82.173 pontos. O dólar, teve queda de 0,33%, chegando a R$ 5,5340 ao final do dia.

Quanto ao vídeo, não houve tanta repercussão no que diz respeito a um possível impeachment de Jair Bolsonaro, de modo que os futuros subissem 1,35%.

O petróleo, encerrou o dia com queda por conta das tensões entre China e Estados Unidos. Outro fator que fez a commodity cair são as dúvidas quanto ao nível de recuperação das economias após a reabertura.

Assim, o petróleo Brent teve queda de 2,58%, alcançando US$ 35,13 ao fim da sessão. O WTI retraiu 1,98%, chegando à cotação de US$ 33,25.

Europa: PIB e expectativas

Devido ao feriado nos Estados Unidos, o foco na cena internacional hoje (25) será a Europa, mais precisamente, a Alemanha. A agência Destats divulgará os dados referentes ao PIB da Alemanha, na perspectiva trimestral e anual.

Apesar dos alemães mostrarem desempenho exemplar, em relação aos seus pares no combate da crise contra o covid-19, e sendo uma das economias mais sólidas do mundo, as expectativas do mercados são de nova retração para o indicador.

Os agentes esperam nova queda para o PIB trimestral em 2,2% de 1,9% na análise anual. Tais expectativas ocorrem pelo fato da queda no consumo e a recuperação das demais economias, ainda não serem satisfatórias para o período.

Para o mês de maio, o Instituto de Pesquisa Econômica IFO divulgará dados referentes ao clima, expectativas e avaliação atual dos negócios para a Alemanha.

O indicador mede as expectativas de empresas alemãs para os próximos seis meses. Os agentes acreditam que o mesmo pode ter elevação saindo de 69,4 para 75 pontos, com base na reabertura da economia.

A avaliação da situação, o qual não leva em conta as expectativas futuras, também evidencia as perspectivas das empresas. Também com base na expectativa de reabertura na maioria das economias, o mercado também acredita em elevação no indicador. Saindo de 79,5 e indo para 80 pontos.

Haja vista que os indicadores acima são sub índices do Índice IFO de Clima de Negócios, os IFO também tendem a ter elevação, segundo as expectativas do mercado.

Os agentes acreditam que o indicador terá elevação em março, saindo de 74,3 para 78,3 pontos para o mês de maio.

Brasil: boletim focus e desemprego

No Brasil, como ocorre toda segunda-feira, será divulgado o Boletim Focus, com as expectativas do mercado em relação à economia.

Devido aos dados antecedentes da atividade econômica, de inflação e endividamento do setor público, os agentes acreditam que indicadores como PIB, inflação e produção industrial terão queda ao fim do ano de 2020 e recuperação, mesmo que vagarosa, somente em 2021.

O CAGED também disponibilizará seus dados, referentes à evolução do emprego divulgados pelo ministério do trabalho.

A expectativa é de criação 70.000 de empregos. Todavia, mesmo que perspectivas do mercado se concluam, os próximos dados referentes ao mercado de trabalho tendem a ser negativos, considerando à retração econômica.

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