Ontem (19), a maioria dos mercados realizaram os fortes ganhos gerados na segunda-feira (18). Além das quedas nas principais bolsas mundiais, que devolveram os ganhos do dia anterior em uma correção técnica, os mercados absorveram os resultados positivos da vacina que está sendo produzida pela companhia americana Moderna.
Ademais, a escalada das tensões entre Estados Unidos e China, a ponto da Nasdaq colocar mais restrições para IPO’s de empresas chinesas. As bolsas americanas perderam a aceleração inicial, que ocorrera em virtude da fala de Jerome Powell, informando que o BC tomará todas as medidas possíveis para que a economia americana se recupere.
Assim, as quedas foram lideradas pelo Dow Jones, com retração de 1,59%, seguido pelo S&P 500, perdendo 1,05% e a Nasdaq caiu 0,54%. O VIX, com tais instabilidades, teve elevação de 4,20%, alcançando 30,53 pontos.
Na Europa, a maioria dos mercados seguiram rumo análogo ao das bolsas americanas. Os mercados tiveram volatilidade, com alguns agentes se animando com o fundo de ajuda a países afetados pela crise feito por Franceses e Alemães. Todavia, a taxa de desemprego recorde no Reino Unido e as notícias negativas advindas dos Estados Unidos, contribuíram para o desânimo dos investidores até o fim da sessão.
Frankfurt teve elevação de 0,15%. Quanto as demais bolsas, todas caíram em queda. Madrid teve a maior queda do dia, com retração de 2,15%. Milão caiu 2,11%. Paris e Londres tiveram perdas menos acentuadas, em -0,89% e -0,77% respectivamente.
No Brasil, o mercado caiu menos do que seus pares estrangeiros. Todavia o cenário político também trouxe informações negativas, causadas pelas investigações em torno do caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, trazendo informações de que o político teria contratado um advogado com o dinheiro do fundo eleitoral do PSL. Além disso, o mercado ficou atento à possibilidade do mercado financeiro não funcionar durante o “feriadão”. Contudo, a bolsa brasileira funcionará normalmente.
Dado o cenário adverso, apesar de parte do dia o mercado registrar alta, o Ibovespa ao final da sessão contabilizou queda de 0,56% e o dólar avançou 0,62%, cotado a R$ 5,7559. O petróleo fechou com direção mista, com os investidores cautelosos, aguardando os dados de estoques de petróleo de hoje. O Brent teve retração de 0,46%, fechando o dia em US$ 34,65 e o WTI teve alta de 0,95%, cotado a US$ 31,95.
EUA: petróleo e atas da reunião do FOMC
Hoje (20), os dados de conjuntura americana estarão focados no mercado de petróleo. A ata da reunião do FOMC, mostrará a percepção dos formuladores de política do FED em relação a economia americana.
A Energy Information Administration (EIA), divulgará os dados referentes ao estoque de petróleo bruto mantidos nas empresas americanas.
Mesmo que os agentes esperem estoques de 1,151 milhões de barris de petróleo bruto, o que significa um aumento, ainda sim é um dado positivo em relação aos níveis registrados anteriormente.
Também serão divulgados o armazenamento de barris petróleo em Cashing, Oklahoma. A expectativa também é de queda, haja vista os cortes na produção que vem ocorrendo por parte dos Estados Unidos e membros da OPEP+.
Europa: preços na Alemanha e zona do euro
Começando pela Alemanha, a agência Destatis divulgará os índices de preços ao produtor (IPP) de abril. Tendo em vista que a recuperação da economia será vagarosa, os preços sob a perspectivas do produtor tendem a registrar nova retração, mesmo que seja leve.
A queda no consumo dos agentes, faz com que as demandas pelos produtos das empresas caiam, forçando a redução na produção. Assim, diminuído a demanda pelos bens adquiridos pelos produtores a gerar uma pressão baixista em relação aos níveis dos preços dos fornecedores.
Assim, a expectativa do mercado é que o IPP mensal tenha retração de 0,7% e na análise anual, os preços percebidos pelos produtores devem ter queda de 0,8%.
Para a zona do euro, a Eurostat publicará a inflação sob a ótica do consumidor (IPC). Apesar das economias europeias ainda não terem se recuperado, a expectativa em relação à reabertura de alguns países faz com que o consumo se eleve um pouco, aumentando a demanda. Contudo, os avanços ainda são baixos, uma vez que a economia ainda não está aquecida.
Assim, o núcleo do IPC, que exclui os preços de energia e alimentação, segundo o mercado, podem ter elevação de 0,9% em abril, na perspectiva mensal e de 0,8% no ano. O IPC, tem perspectiva de aceleração de 0,4% na perspectiva anual e 0,3% na análise mensal em abril.
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