Os principais mercados do hemisfério norte fecharam em queda. Na Europa os ruídos gerados pelo avanço do coronavírus e a falta de acordo com entre os dois lados do Canal da Mancha, estimularam a ponta vendedora. Em Wall Street, as perdas foram um pouco mais moderadas com os agentes aguardando o resultado das negociações dos pacotes de estímulo. O Brasil, segurou a queda com a melhora das perspectivas fiscais e com as notícias em torno de mais liberdade para Bacen (Banco Central do Brasil), mas ruídos políticos atrapalharam o fechamento.
Na Europa, a maioria dos mercados registraram queda. Como o pacote de estímulos nos Estados Unidos até a hora do fechamento dos mercados europeus, contribuiu para o movimento de venda dentro nas principais bolsas do continente. Internamente, o crescimento de infectados pela COVID-19 continua a gerar risco para o mercado e as incertezas em torno das negociações entre os britânicos e a Europa Continental continua a gerar ruídos para os mercados do velho continente.
Milão e Londres, registraram as maiores perdas, com retração de 2,03% e 1,91% respectivamente. Parais, caiu 1,53% e Frankfurt, se desvalorizou em 1,41%. Na Península Ibérica, houve retração de 1,67% em Madri e de 0,76% em Lisboa.
O contrato futuro de ouro para dezembro, fechou em alta de 0,74%, a US$ 1.929,50 a onça-troy ao passo em que o dólar manteve a desvalorização frente aos seus pares como a libra e próprio metal.
No mercado de petróleo, as incertezas trazidas pelo aumento no número de casos de coronavírus no hemisfério norte, continuaram a gerar instabilidade para a commodity e, do lado da oferta, os estoques de petróleo, tiveram queda menor em relação ao projetado pelo mercado.
O contrato do WTI para dezembro teve perdas de 4%, cotado a US$ 40,03. O Brent com entrega para o mesmo período, perdeu 3,31%, a US$ 41,73.
As bolsas americanas fecharam em queda, após um pregão de muita volatilidade. Pela manhã, o líder republicano no senado dava sinais de que a prioridade de Trump deveria ser a indicação de Amy Coney Barrett à Suprema Corte. Contudo, ao longo do pregão, Pelosi e a situação mostravam sinais de esperança em relação ao acordo.
Pelo lado positivo o Livro Bege, mostrou que economia americana continuou a se recuperar de forma leve ou moderada na maioria das regiões do país.
O S&P 500, perdeu 0,22%. A Nasdaq e o Dow Jones, caíram 0,28% e 0,35% respectivamente.
No Brasil, a bolsa começou o dia seguindo Nova York, até com mais otimismo devido ao clima positivo envolvendo Guedes e Maia contra a possibilidade de políticas “fura teto” e avanços quanto `discussão de mais liberdade para o Bacen (Banco Central do Brasil). Contudo, a desautorização de Bolsonaro para a compra da vacina chinesa Coronavac e Wall Street fizeram o mercado devolver boa parte dos ganhos.
O Ibovespa, fechou próximo da estabilidade, com alta de 0,01%, a 100.552,44 pontos. O dólar, teve alta de 0,02%, a R$ 5,61
Na Ásia, a maioria das bolsas fecharam em queda devido ao imbróglio entre democratas e republicanos em torno do pacote de estímulos à economia americana, seguindo as quedas ocorridas no ocidente na tarde de ontem (22).
Os principais índices da China Continental, o Xangai Composto e o Shenzhen, tiveram queda de 0,38% e de 0,49%, respectivamente.
Em Tóquio, o mercado fechou em queda de 0,70% e em Seul, houve desvalorização de 0,67%.
Indo na contramão de seus pares, Hong Kong e Taiwan, tiveram valorização de 0,13% e 0,31%, respectivamente.
Os mercados abriram em queda na Europa devido à possibilidade cada vez mais remota de um pacote de estímulos à economia americana antes do pleito, fazendo os futuros americanos também abrirem em queda. Ademais, na Europa, o número de casos de coronavírus continuam a subir, apesar do número de internações serem menores do que anteriormente.
Para o Brasil, a China informou que, após inspeções em quatro frigoríficos gaúchos, detectaram confirmação de casos de coronavírus em funcionários, o que levou ao cancelamento das exportações para o país.
O Tesouro fará o leilão de LTN, NTN-F e LFT às 11h00. Os títulos possuem vencimentos em 01/04/2021, 01/10/2022 e 01/01/2024. As NTN-F são para 01/01/2031 e 01/01/2027 e as LFT, para 01/03/2027.
O mercado brasileiro ficará de olho no que acontece nos Estados Unidos em torno do pacote de estímulos, o que pode pressionar o dólar e os ativos. Na política interna, o cronograma de medidas econômicas como a desoneração da folha de pagamento, trechos do Novo Marco Legal do Saneamento, o projeto de no Congresso e a lei de falências, também pode ser um driver para o mercado.
A tentativa do Rede Sustentabilidade com uma ação para obrigar Bolsonaro a assinar a aquisição da Coronavac também podem gerar ruídos.
Na Alemanha, o instituto Gfk publicará o indicador de clima do consumidor, evidenciando as perspectivas dos consumidores para novembro. Devido o retorno no aumento dos casos de coronavírus, levando ao aumento de restrições sociais em alguns lugares do país, o mercado piorou suas projeções em relação ao índice, estimando -2,8 pontos.
O indicador alcançou -3,1, abaixo das expectativas as expectativas, contra -1,6 pontos na última observação.
No Reino Unido, além do discurso de Bailey, governador do BoE (Bank of England), a Confederação Britânica de Indústrias publicará o indicador de tendências industriais para outubro. Os analistas projetaram ligeiro avanço, saindo de -48 e alcançando -45 pontos. O dado veio acima do esperado, em -34.
Para a Zona do Euro, Fábio Panetta, membro do conselho do BCE (Banco Central Europeu), falará na Conferência “Um novo horizonte dos meios de pagamento pan-europeus e do euro digital “.
A Comissão Europeia, publicará para o bloco, os números da confiança do consumidor para o mês de outubro. O indicador também tem projeção de piora ao passo em que a situação em torno no aumento de casos de pessoas infectadas pela COVID-19 cresce. A expectativa é de que o indicador tenha -15 pontos, contra -13,9 em setembro.
Nos Estados Unidos, um dos importantes números da semana, será divulgado pelo Bureau of Labor. Os pedidos iniciais por seguro-desemprego, tem expectativa de aproximadamente 4%, 860 mil novos pedidos pelo benefício, mostrando certa cautela por parte dos agentes, uma vez que o mercado de trabalho americano mostra fragilidade para a retomada da crise.
A Associação Nacional dos Corretores Americanos, publicará a venda casas usadas para o mês de setembro. Devido à queda nos preços de alguns imóveis, os agentes com caixa se atentam às oportunidades. O mercado espera que haja aumento de 5% nas vendas alcançando, 6,30 mil novas casas vendidas em setembro, ante 6 mil de agosto.
Às 22 horas (horário de Brasília), os agentes também estarão atentos ao debate entre Trump e Biden.
alcançando 11,6 pontos. Segundo a instituição, a perspectiva em relação às condições atuais, ganhou 5,9 pontos, indo para 113,2 e o Indicador de Expectativas, ganhou 2,2 pontos, somando 108,1 no período.
A prévia dos resultados de sondagem da indústria considera 781 empresas consultadas entre 1 e 19 de outubro.