Os mercados na quarta-feira (02), fecharam sem direção única. Na Europa, fecharam majoritariamente em alta com notícias relacionadas às vacinas, o que também contribuiu para o movimento de rotação nos Estados Unidos, ajudando ativos de países emergentes como o Brasil.
Os investidores se animaram com as notícias em torno do início das aplicações de vacinas na Europa, fazendo com que os principais índices do continente fechassem em alta. O FTSE, principal índice do Reino Unido foi o destaque entre os pares, após a dupla Pfizer/BioNTech receber a autorização do uso emergencial de sua vacina. Como fator de risco, se destaca a possibilidade de um acordo entre o Reino Unido e a União Europeia não ter êxito.
Londres fechou com alta de 1,23%. Madri, ganhou 0,98%. Lisboa, teve valorização de 0,80% e Paris, subiu 0,02%. Em queda, fecharam Frankfurt e Milão, com perda de 0,52% e 0,58% respectivamente.
As bolsas americanas fecharam em alta. A possibilidade de a vacinação poder começar ainda neste ano ou no começo do ano que vem, fez com que o apetite pelo risco se ampliasse. Além disso, há o retorno da discussão referente à um plano bipartidário para a recuperação da economia americana.
O Dow Jones fechou com alta de 0,20%. O S&P 500, ganhou 0,18% e a Nasdaq, caiu próxima da estabilidade em 0,05%.
Com vistas para o noticiário externo, o principal índice da B3 fechou a sessão em alta, resistindo o movimento de possível realização que poderia acontecer. Do ponto de vista fiscal, mostrando que ainda há demanda pelos títulos do Tesouro, houve levantamento R$ 2,5 bilhões, contribuindo também para o desempenho do setor financeiro, um dos condutores da dívida brasileira.
O Ibovespa fechou com alta de 0,43%, a 111.878,53 pontos.
Após a divulgação dos números do PMI industrial na terça-feira (01), a agência Markit publicará o restante dos números dos demais indicadores relacionados à demanda por parte dos gerentes de compras. Os agentes esperam que PMI composto e o de serviços de novembro, continue nos mesmos níveis registrados na primeira observação do indicador, devido aos efeitos dos avanços da covid-19 no continente. Os números divulgados para a Alemanha foram de 46 pontos para o setor de serviços e de 41,7 na Zona do Euro. Quanto ao indicador composto, a Markit registrou 45,3 pontos para o bloco econômico e de 51,7 para a Alemanha.
A Eurostat, também divulgará dados importantes para o Euro Grupo. Os números das vendas no varejo de outubro, mostram como o consumo se comportou durante o mês de outubro. A expectativa do mercado era de avanço de 2,7% ao ano e de 0,8% ao mês superando os números registrados em setembro. Para outubro, o indicador foi de 1,5% ao mês e de 4,3% ao ano.
Começando pela continuação dos PMI’s da agência Markit, o mercado espera que tanto para o indicador de serviços, quanto para o composto, continuem no mesmo parâmetro da primeira pesquisa referente ao mês de novembro, se mantendo em 57,7 e 57,9 pontos respectivamente.
Para o PMI dos setores não-manufatureiro a companhia de pesquisa americana ISM Inc. tem perspectiva de leve queda, saindo de 56,6 pontos, para 56,0.
Quanto aos pedidos iniciais por seguro-desemprego, divulgado pelo departamento do trabalho americano, há perspectiva de pequena queda, saindo de 778 mil pedidos para 775 mil, evidenciando certa estabilidade na demanda pelo benefício.
Após dados um pouco abaixo do esperado pelo mercado e com o PMI elevado, mas em queda em relação ao mês de outubro, os agentes esperam um PMI composto de 55,2 pontos e de serviços em 56,5. Para o PIB, o indicador mais importante de atividade econômica que será disponibilizado hoje pelo IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de que a economia brasileira tenha crescido em 9,0% no terceiro trimestre. Apesar do número positivo, ele ainda não é suficiente para recuperar a retração anual que tem expectativa de retração de 3,5% até o trimestre citado.
Autor: Matheus Jaconeli