Ontem (22) os mercados fecharam sem direção única, mediante o aumento das tensões entre China e Estados Unidos, levando o mercado a confirmar o que o mundo, atualmente, está em uma nova guerra fria.
Fora as tensões entre as duas maiores economias do mundo, o aumento de casos de covid-19 nos países da América Latina, Estados Unidos, Índia e Rússia ainda estão no radar.
Não obstante a manhã de quarta-feira (22), começar literalmente quente nos Estados Unidos, com o governo americano fichando a embaixada chinesa em Houston, os mercados fecharam majoritariamente em alta.
O Dow Jones, teve elevação de 0,62%. O S&P 500, subiu 0,57%. A Nasdaq, teve realização, com queda de 0,24%. O VIX, teve retração de 1,77%, a 24,40 pontos.
Na Europa, os investidores seguiram o mau humor internacional. As tensões entre ocidente e China, que já vinham avançando, atingiram outro patamar, com o fechamento da embaixada chinesa Houston. Além disso, Reino Unido e a França se posicionaram contra Huawei, com receios à espionagem cibernética por parte do governo chinês.
Madrid, liderou as perdas, com queda de 1,39%. Paris, teve retração de 1,32%. Londres teve queda de 1,00%. Milão e Frankfurt sofreram retração de 0,60% e 0,51% respectivamente.
No Brasil, o mercado começou em alta, mas fechou em queda, próximo do zero-a-zero, acompanhando os temores do exterior. No entanto, os resultados positivos dos balanços até então e com a reforma tributária a abrir expectativas para mais reformas, seguraram o mercado para não ter uma queda mais profunda.
O Ibovespa teve queda de 0,02%, a 104.289 pontos. O dólar caiu novamente, em 1,87% a R$ 5,11, juntamente com a retração no CDS.
O mercado de petróleo também fechou em queda, mas próximo da estabilidade. A commodity sofreu a pressão do aumento dos estoques contra a expectativa contração.
A referência Brent, teve queda de 0,07%, cotado a US$ 44,29 o barril e o WTI perdeu 0,05%, a US$ 44,29,
Estados Unidos: Pedidos por seguro desemprego, índice de indicadores antecedentes, e indicadores do FED do Kansas
Como toda quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgará os dados referentes aos pedidos por seguro desemprego.
Após dados acima do esperado para a demanda pelo benefício em 1.300 milhões de pedidos iniciais, mediante projeção de 1250 milhões, os agentes estão mais cautelosos, com esperança de que o indicador alcance novamente 1.300 milhões de pedidos. A cautela mediante o indicador se deve ao avanço da segunda onda de covid-19 no país.
O Conference Board publicará o Índice Mensal de Indicadores Antecedentes, a evidenciar os topos e fundos dos ciclos econômicos para o mês de junho.
Após a elevação de 2,8% em junho, a evidenciar a saída do fundo do ciclo, levando em conta diversos indicadores econômicos que foram divulgados até então, os agentes esperam aceleração de 2,1%.
A diminuição do ritmo na elevação do indicador se deve, também, ao aumento de casos de infecção do novo coronavírus.
O Federal Reserve do Kansas publicará indicadores de Índice Composto para a região, o qual evidencia o nível da atividade econômica de forma ampla para a cidade, levando em conta o desemprego, desempenho dos setores industrial, serviço, varejo e outros.
O índice, apesar de apresentar melhora, ainda está pressionado. Após ter saído de seu pior nível, -30 pontos em março, e ter virado para 1 em maio, ficando positivo, o indicador evidencia que a economia está distante de seus níveos normais, mostrando os impactos na economia americana.
Seguindo a mesma lógica, o índice de atividade industrial, também deve apresentar números positivos para junho. Todavia, também com dados aquém do que é registrado normalmente.
Europa: Indicadores de Clima de Negócios na Alemanha e Confiança do Consumidor na Zona do Euro
Na Europa, começando pela pala Alemanha, o instituto GfK divulgará o Indicador de Clima do Consumidor para o mês de agosto.
O indicador leva em conta uma pesquisa com base no levantamento de aproximadamente 2.000 consumidores, a evidenciar as perspectivas de consumo para o país.
Considerando a recuperação da economia alemã, os agentes esperam que o indicador saia de -9,6 pontos em julho para -5 pontos em agosto. Apesar da melhora, o dado ainda mostra forte efeito da crise no país, tendo em vista que, em média, o indicador sempre fica entre 9 e 10 pontos.
Para Zona do Euro, a European Commission publicará o índice de Confiança do Consumidor referente ao mês de julho. O indicador tenta prever os gastos do consumidor, com base em uma pesquisa realizada com 2.300 consumidores dentro da Zona do Euro.
Historicamente, o dado não é positivo. No entanto, quanto mais próximo de 0, o índice mostra o desempenho da variável consumo para o bloco. A esperança do mercado é de que o Índice de Confiança do Consumidor saia de -14,7 pontos em junho para -12 pontos em julho.
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