PMI e pedidos por seguro desemprego. Confira os novos dados!

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A recuperação dos preços do petróleo, aconteceu após uma reunião dos membros da OPEP+, que criaram expectativas positivas em relação a novos cortes na produção da commodity, com o objetivo de aumentar os preços. Outro fator que gerou pressão na elevação nos preços do petróleo foi o tweet de Donald Trump, informando que caso os navios iranianos ameacem embarcações americanas, a marinha dos Estados Unidos pode destruir os barcos iranianos. Tendo em vista que situações de conflito encarecem os preços do petróleo.

Ainda nos EUA, a aprovação do pacote de US$ 484 bilhões para apoiar empresas, hospitais e a abertura gradual da economia, também deram impulso as bolsas americanas e aos demais mercados internacionais.

Assim, a Nadasq liderou as os ganhos nos Estados Unidos, com elevação de 2,81%, seguido do S&P 500, acelerando 2,29% e o Dow Jones a acumular ganhos de 1,99%. Tendo em vista a melhora nas expectativas, o VIX registrou retração de 7,55%, atingindo os 41,98 pontos ao fim da sessão.

A respeito do petróleo, as expectativas em relação aos possíveis esforços dos países da OPEP+ geraram alívio para a commodity. O petróleo Brent teve elevação de 5,38% e o WTI subiu 19,10% fechando a sessão em US$ 20,37 e US$ 13,78, respectivamente.

No Brasil, o principal índice da B3 seguiu o otimismo advindo do hemisfério norte, sendo puxado pelas bolsas internacionais e elevando os preços do petróleo.

Internamente, os anúncios de reabertura de algumas capitais também impulsionaram as compras de ativos da bolsa brasileira. Assim, apesar dos desequilíbrios na política entre a câmera e governo federal, o Ibovespa alcançou ganhos de 2,17%, alcançando os 80.687,15 pontos.

O anúncio por parte do presidente do Banco Central, dando crédito à eficácia da política monetária e a deterioração da economia, geraram expectativas de corte na taxa Selic por parte dos agentes, de modo que o dólar se valorizasse frente ao real, aumentando a demanda por dólares para aplicação em ativos estrangeiros em detrimento dos brasileiros. Assim, a moeda americana teve elevação de 1,89%, alcançando a cotação de R$ 5,409.

Na Europa, seguindo os mercados das bolsas americanas e o petróleo, o dia foi de alta.

Após o colapso nos preços do petróleo, levando as empresas desse setor e de energia a puxarem as bolsas europeias para baixo, a recuperação nos preços da commodity contribuíram para que os mercados europeus fechassem o dia em alta.

Não obstante o indicador de confiança do consumidor alcançar o seu menor nível desde o início da série em 1985, a recuperação do petróleo e os resultados corporativos do dia ajudaram as bolsas europeias terem bom desempenho.

Assim, as altas do dia foram lideradas por Londres mediante a dados de inflação melhores que o esperado para o Reino Unido, com elevação de 2,30%. Milão subiu 1,91%. Frankfurt teve ganhos de 1,61%. Madrid e Paris também aceleraram em 1,28% e 1,25%, respectivamente.

EUA: Desemprego, setor imobiliário e PMI

Hoje (23), o departamento do trabalho dos Estados Unidos, divulgará o relatório de pedidos iniciais por seguro desemprego, além de dados das vendas de novas casas e a abertura da temporada de PMI, a evidenciar o desempenho da atividade econômica.

O indicador publicado semanalmente mostra a trajetória do desemprego da economia americana, indicando indiretamente como será o nível de atividade e consumo, tendo em vista que o aumento no desemprego indica retração no consumo das famílias, diminuindo a demanda por bens e serviços e por consequência gerando desaceleração econômica.

O mercado ainda espera nível elevado de procura pelo benefício, com expectativa de 4.200 milhões de pedidos. Todavia, apesar de elevado, o indicador mostra diminuição em relação ao dado observado na semana passada, o qual alcançou o nível de 5,245 milhões.

A divulgação, além de evidenciar os rumos do desemprego, também têm gerado expectativas quanto aos pacotes de ajuda à economia por parte do governo americano, uma vez que o aumento nos pedidos pressiona os formuladores de política a realizarem as medidas de estímulo econômico.

A temporada de PMI’s se inicia nessa semana e os dados referentes à prévia de atividade industrial e de serviços para o mês de abril serão publicados hoje (23), pela agência Markit.

O indicador é um importante sinalizador de atividade econômica, o qual evidencia o desempenho econômico da indústria e do setor de serviços, setores responsáveis, pelo aumento da produtividade da economia, por exigirem qualificação e tecnologia.

A julgar pelo cenário econômico atual, fortemente deteriorado por conta do covid-19, as expectativas do mercado são negativas para ambos indicadores. Os agentes esperam que o PMI industrial tenha retração de 21,65% saindo de 48,5 pontos para 38 pontos. Na categoria de serviços a esperança também é de queda, com retração de 20,85% no indicador, saindo de 39,8 pontos para 31,5.

Por conta da queda na renda e da desaceleração econômica, o mercado imobiliário também sofre, uma vez que o setor é fortemente atingido por esse ciclo.

Assim, os dados referentes às vendas de novas casas divulgados pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos, segundo o mercado devem ter retração, desacelerando em 15% em março contra retração de 4,4% em fevereiro.

A expectativa de queda por parte dos agentes se deve ao fato de que com o horizonte econômico incerto e retração na renda, as famílias tendem a evitar compromissos de longo prazo, como financiamentos para a aquisição de imóveis.

Europa: PMI’s a evidenciar situação econômica

Na Europa, serão divulgados os relatórios do PMI, para Zona do Euro e importantes economias do velho mundo como a Alemanha. A economia dos países europeus, apesar das aberturas recentes, não deve ter destino diferente em seus indicadores.

O mercado espera retração de 11,91% no PMI industrial, saindo de 44,5 pontos para 39,2. Já o setor de serviços, apesar da queda menos acentuada, o indicador se encontra em níveis ainda piores, sendo que no mês de março alcançava 26,4. O PMI composto, o qual leva em consideração os dois setores, acredita que a queda seja de 13,47%, alcançando 25,7 pontos.

Na Alemanha, tendo em vista que se trata do principal país do bloco e por ter uma das economias mais estáveis da Europa, os indicadores alcançaram níveis não tão ruins quanto ao restante do bloco como um todo. Todavia, a expectativa de retração é eminente.

Ainda na Alemanha, será divulgado pelo think tank Gfk seu indicador de clima do consumidor trazendo a expectativa dos consumidores alemães para maio, tendo como base o cenário atual.

Tendo em vista a retração econômica, o mercado espera que indicador tenha queda de 1,8 pontos frente o aumento de 2,7 pontos na última observação.

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