As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda devido a mais um dia de aversão ao risco. Mais uma vez os receios em torno dos possíveis fechamentos ocasionados pelo avanço da nova variante da Covid-19, a ômicron, afetou os mercados. Na agenda econômica, a balança comercial alemã ficou abaixo do esperado, somando 12,5 bi de euros, ante expectativa de 13,4 bi.
As bolsas americanas também ficaram no vermelho. A cautela dos investidores se deveu à divulgação dos dados de inflação que serão divulgados hoje pelo U.S. Bureau of Labor Statistcs. As expectativas são de que a inflação da maior economia do mundo, chegue a 6,8%. Adicionalmente, Joe Biden afirmou que os dados não refletirão as quedas nos preços de energia, fazendo os investidores acreditarem que o número pode superar as expectativas anteriores.
Após cinco pregões de alta, o Ibovespa registrou queda ontem. Os investidores reagiram ao Copom de forma negativa. Apesar da alta de 1,5 pp nos juros ser esperada, o tom mais duro da autoridade monetária, aliada aos dados fracos de atividade econômica que estão sendo divulgados. Externamente, os dados positivos do mercado de trabalho e os números de inflação que serão divulgados nos Estados Unidos também contribuíram para a queda interna, seguindo o mau-humor generalizado.
Para hoje (10/12)
As bolsas na Ásia fecharam em queda, acompanhando as quedas ocidentais de ontem. O mercado também operou em queda devido aos receios em torno da variante ômicron, pois países da região começam a ter forte aumento no número de infectados como é o caso da Coreia do Sul e Japão. Na China, as perspectivas de default da Evergrande voltam a gerar preço no mercado.
Em Singapura, o minério de ferro teve queda de 0,87 %, cotado a US$ 108,05.
As bolsas europeias operam em queda devido aos receios em torno da ômicron e aguardando os dados de inflação dos Estados Unidos. Internamente, os agentes digerem os dados de inflação na Alemanha e de Produção Industrial do Reino Unido e às possíveis sinalizações de membros do BCE em evento sobre o BIS (Banco de Compensações Internacionais).
Nos Estados Unidos, os futuros operam em alta, mas a depender dos números de inflação, os índices podem ter desempenho moderado ao longo do dia.
Temos um dado importante no Brasil, no caso, a inflação medida pelo IPCA. O mercado espera alta de 1,08% em novembro, um número menor ao do mês imediatamente anterior (1,25%). Em 12 meses, espera-se que o indicador chegue a 10,88%.
O BC ofertará até 15.000 contratos de swap para rolagem a partir das 11:30.
Dentre outras notícias do dia, temos a sugestão de aumento despesas da PLOA 2022 que é influenciada pela alta de inflação.
Autor: Matheus Jaconeli