Na Europa, o mercado fechou em queda, acompanhando o movimento de Nova York. Dentro do continente, o “pouso suave” saiu de vista, tendo em vista a taxa de desemprego baixa. Ainda em 6,8% na Zona do Euro e membros do BCE falando de pontos importantes relacionados ao avanço de preços de combustíveis e energia por conta dos riscos oriundos da guerra na Ucrânia, segundo o Kremlin, os EUA está a jogar “lenha na fogueira” armando a Ucrânia, sinal de que a situação ainda levará tempo para ter um desfecho, seja ele qual for.
Mesmo que Lagarde tenha defendido que a “inflação verde” não gerará impacto na distorção dos preços, pelo fato de ela considerar uma alternativa ao petróleo russo, no curto prazo, parece não ser a solução mais ágil com Alemanha e França considerando mudar a legislação da União Europeia para considerar energia nuclear como uma fonte alternativa. Quanto aos PMIs os dados ficaram dentro do esperado, mas em patamares não vistos desde fevereiro de 2021 na Zona do Euro e Reino Unido. O Stoxx 600 caiu 1,04%. o FTSE 100, em Londres, teve baixa de 0,98%. O DAX perdeu 0,33%. O FTSE MIB caiu 0,90%. Na península ibérica, Lisboa e Madri caíram 0,42% e 1,18% respectivamente.
Nos Estados Unidos, os mercados fecharam em baixa, também com receios inflacionários, haja vista a alta nos preços do petróleo e com nova rodada de dados de atividade econômica ainda elevados, como é o caso do PMI da ISM que ficou em 56,1 ante expectativa de 54,1. O Livro Bege trouxe alguns destaques interessantes como a expectativa de menor aceleração da economia do país puxada pelo varejo devido à alta de inflação, indústria com problemas inerentes ao fornecimento e o setor imobiliário por conta do encarecimento do crédito. Contudo, no que diz respeito à inflação, as perspectivas dos investidores não mudaram. Os rendimentos dos títulos americanos de 10 anos subiram a 2,9076%, o Dow Jones queda de 0,54%. O S&P 500 recuou 0,75% e o Nasdaq perdeu 0,72%.
No Brasil, o Ibovespa sofreu influência do exterior tendo em vista a alta dos juros e receios de inflação global, mas, de certa forma, o principal índice da B3 segurou bem, praticamente sem variação (+0,01%) a 111.360 pontos. Internamente, o PMI industrial veio bem saindo de 51,8 pontos para 54,2. O índice de confiança do consumidor ficou em alta de 2,9 pontos chegando a 97,4 pontos em maio.
Para hoje (02/06)
Os mercados fecharam sem direção única na Ásia, com os investidores ponderando os receios inflacionários no ocidente e a reabertura na China. O Shanghai teve alta de 0,42%. O Nikkei teve perda de 0,16%. Hong Kong e Seul perderam 1% cada.
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 3,77%, a 935,50 iuanes, o equivalente a US$ 131,95.
Nos Estados Unidos, os investidores ainda aguardam os dados do ADP Systems antecipando o os dados do payroll. Apesar dos riscos inflacionários e receios em torno da forte alta do petróleo, os futuros operam em alta, mas os dados de emprego podem mexer com as Treasuries e, consequentemente, com a bolsa.
Na Europa, os índices operam em alta, em linha com os Estados Unidos e, também, aguardando os dados de emprego da economia americana. Internamente, o IPP da Zona do Euro teve elevação aquém do esperado e queda em relação a março, saindo de 5,3% para 1,2% no mês, mas em 12 meses o indicador continua em elevado, em 37,2%.
No Brasil, os investidores ficarão de olho nos importantes dados, como o PIB que teve alta levemente aquém do esperado, subindo 1,0% ante expectativa de 1,2%. Quanto ao PPI, os preços ao produtor saíram de 3,13% em março para 1,94% em abril. Quanto à bolsa, os mercados ficarão de olho no avanço das commodities. Na política, o Senado aprova PL que devolve valores pagos a mais na conta de luz e a Câmara aprova MP que altera tributação de PIS e Cofins sobre etanol.
No corporativo, o Conselho de Administração do GPA (PCAR3) aprovou a adesão ao programa de recompra de ações de sua controlada Éxito. Segundo comunicado, a decisão foi tomada em função da alta valorização de Éxito em virtude do preço sugerido de suas ações, conforme pautado na avaliação conduzida por consultoria externa.
A Petrobras (PETR3;PETR4) assinou contrato para a compra da participação da Edison (50%) na sociedade Ibiritermo, pelo preço de R$ 1,00, em cumprimento ao Contrato de Conversão de Energia, firmado em 21 de junho de 2002 com a Ibiritermo S.A..
A Totvs informou que o GIC Private Limited passou a deter, de forma isolada, 5,1% do total de seu capital social da companhia, equivalente a 31.478.120 ações ordinárias de emissão da companhia.
A Petz comunicou que a participação de Wasatch Advisors atingiu aproximadamente 4,99% do capital social da companhia, totalizando, de forma agregada, 22.991.959 ações ordinárias.
O Cade aprova compra da Vitex pela Suzano. Superintendência do Cade aprovou o acordo sem restrições, segundo despacho no Diário Oficial e parecer no site do órgão regulador.
A Vibra Energia: GIC Private Limited (GIC) reduz participação acionária na empresa para abaixo de 5%, passando a deter 58.153.267 de ações ON.
Autor: Matheus Jaconeli – Analista CNPI 2917