OMS alerta para possíveis riscos da ômicron e mercados começam o dia realizando

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Os mercados europeus mantiveram o ânimo do começo do dia. A minimização dos riscos em torno da ômicron e a alta do petróleo por conta dos entraves do acordo nuclear entre EUA e Irã e os estímulos na China ajudaram no avanço do minério de ferro. Internamente, os indicadores de produção industrial na Alemanha superaram as expectativas e o PIB da Zona do Euro se mantiveram dentro das expectativas.

O apetite pelo risco gerado pelos alívios em torno da variante da Covid-19, ômicron, impulsionou os mercados em Nova York alinhado com o bom-humor geral dos mercados globais com bons números da Alemanha e China. Internamente, os investidores aguardam os números de inflação que poderão ditar o ritmo do tapering.

A bolsa brasileira teve mais um dia de alta. As notícias animadoras em relação à nova variante ajudaram para o movimento de risk-on global. O avanço das commodities ajudaram no desempenho de importantes companhias do índice. Internamente, o IGP-M deu alívio, registrando queda de 0,59%.  Todavia, ao fim do pregão houve cautela devido á dificuldade de coordenação de pautas no Congresso.  

Para hoje (08/12)

A sessão asiática fechou em alta acompanhando as altas de ontem (07) em Nova York. Pelo lado negativo, os investidores continuaram a ponderar os ruídos em torno da Evergrande, pois existe grande possibilidade de a empresa não honrar com seus compromissos.

Em Singapura, o minério de ferro teve queda de 0,27%, cotado a US$ 112,30.

As bolsas na Europa operam em queda com os sinais negativos da OMS em relação à nova variante, ômicron. Segundo à instituição, a nova versão do vírus pode facilitar as novas infecções por Covid-19.

Os futuros nos mercados americanos também passam a operar em queda devido ao anúncio da OMS. As treasuries também operam em queda devido ao efeito desinflacionário da perspectiva de queda na demanda. Ao longo do dia os investidores também ficarão atentos à oferta de empregos e aos estoques de petróleo.

No Brasil, os investidores aguardam a decisão da taxa de juros. A expectativa é de que a autoridade monetária suba 150 b.p. e não 175 b.p. dado que o BC não quer se comprometer com a situação recessiva do país.

O BC também ofertará 14.000 contratos de swap para ajuste do overhedge em leilão.

As vendas no varejo também ficam no radar, com perspectiva de queda de 5,6% em outubro.

As discussões em torno da questão fiscal também ficam no radar, devido aos textos da PEC dos precatórios que não tiveram acordo poderão ser incluídas em uma nova PEC que já está na Câmera.

Autor: Matheus Jaconeli

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