Oi, Telefônica, Unidas e outras

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Os potenciais impactos dos ataques contra as instalações da Saudi Aramco, na Arábia Saudita, ocorridos no sábado, seguem no centro do noticiário. No Brasil, buscando tranquilizar os mercados o presidente Jair Bolsonaro confirmou que a Petrobras vai segurar o preço da gasolina. Em busca de esclarecimentos sobre a situação, Bolsonaro disse que ligou para o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Olho também nas ações do setor de telecomunicações, com sinais de que a corrida para a consolidação do setor já começou apenas uma semana após o novo marco legal ser aprovado no Congresso. O grupo espanhol Telefónica – dono da Telefônica Brasil, que comanda a marca Vivo – teria manifestado interesse pela aquisição da Oi. A informação foi antecipada pelo jornal espanhol El Confidencial e confirmada em seguida pelo Broadcast com fontes do mercado. À noite, a Oi e a Telefônica afirmaram não ter informação a respeito.

Ainda sobre Oi, o administrador judicial da recuperação judicial apresentou os números do mês de julho de 2019 da operadora. A geração de caixa operacional líquida foi negativa em R$ 540 milhões, após resultado negativo de R$ 177 milhões observado no mês anterior.

Nas agendas doméstica e internacional, as atenções se voltam para a decisão de juros do Banco Central e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que divulgam amanhã decisão sobre juros. A expectativa para o Fed é de corte 0,25 ponto porcentual e no Brasil é de 0,50 p.p..

E os desdobramentos da guerra comercial entre China e Estados Unidos também segue gerando sequelas. “Todo mundo está sendo afetado. Se fala em uma queda próxima de 1% no PIB mundial em 2020, segundo projeções do FMI, e isso tem exigido uma ação mais efetiva dos Bancos Centrais para se evitar uma recessão global”, observa o analista.

No entanto, a notícia de que o vice-ministro das Finanças da China, Liao Min, visitará Washington na quarta-feira, 18, para “preparar o caminho” das negociações comerciais previstas para outubro entre as duas maiores economias do mundo contribuiu para amenizar o clima de cautela nos mercados.

Leilões

Na visão de Décio Oddone, presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o ataque à Arábia Saudita pode ser positivo ao Brasil e atrair interesse aos leilões.

A Petrobras, por sua vez, informou que continuará observando o comportamento do preço do petróleo no mercado internacional até decidir se vai revisar os preços dos seus derivados no Brasil. A ideia é dar continuidade à política atual, que atrela os valores aos valores praticados no mercado internacional, com repasses à medida que há mudança de patamar de preços.

Para o analista do Bradesco BBI, Vicente Falanga, o impacto sobre o preço vai depender da capacidade de resposta do cartel do setor, além da possibilidade de fim nas sanções contra o Irã – algo considerado pouco provável. Falanga calcula que o atentado deve levar os preços do petróleo para a casa dos US$ 70 a US$ 80 o barril.

Unidas

O conselho de administração da Unidas aprovou o desdobramento das ações ON da companhia. Cada papel será desdobrado em 3. Segundo a companhia, o objetivo é tornar o preço da ação mais acessível e assim, aumentar a liquidez. Ainda não foi informada a data da efetivação do desdobramento, que ainda terá que ser aprovado em assembleia de acionistas.

Notre Dame

A Notre Dame Intermédica fechou contrato de intenção de compra do Serviços Médicos São José e Nanci & Cia., que compõem o Grupo SMEDSJ. Caso a transação seja concluída, a Notre Dame passará a deter 100% de cada uma das empresas. O valor da operação é de R$ 105 milhões.

O Grupo SMEDSJ opera um hospital com 106 leitos, dos quais 31 de UTI, na cidade de São Gonçalo (RJ). Além disso, a empresa possui três centros clínicos e uma carteira de aproximadamente 17 mil beneficiários de planos de saúde na região. Em 2018, o Grupo teve um faturamento líquido consolidado de R$ 87 milhões, com sinistralidade caixa de 78,8%.

BR Properties

A BR Properties fechou a venda do imóvel comercial Chucri Zaidan, localizado na Zona Sul de São Paulo, para a CSHG Real Estate – Fundo de Investimento Imobiliário por R$ 306,807 milhões. Segundo a BR Properties, a operação faz parte da estratégia da companhia de realizar uma reciclagem em parte de seu portfólio.

FONTE: AE BROADCAST

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