O que é IPCA? Entenda a influência no mercado

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Entender o que é IPCA é um dos requisitos para começar a operar no mercado, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo afeta economicamente a todos no país, inclusive os investimentos.

Então, o que é IPCA? Essa sigla representa o índice oficial da inflação brasileira e assim como o nome sugere, o valor refere-se às variações dos preços de produtos e serviços oferecidos ao consumidor final. Ou seja, a cada vez que esse percentual é lançado, os produtos no mercado, por exemplo, são afetados.

Qual o objetivo do IPCA na economia?

A taxa IPCA é usada para determinar a variação dos preços de um determinado grupo de mercadorias e serviços que chegam até às mesas dos brasileiros. Dessa forma, ela consegue mensurar quanto os valores dos produtos aumentaram em um determinado tempo.

Definido todos os meses pela Pesquisa de Orçamento Familiares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA avalia não só os valores de mercadorias e serviços, mas também o peso deles para as pessoas. Ou seja, o arroz e feijão é um exemplo dos produtos levados em consideração.

Assim, é possível concluir que é importante entender o que é IPCA, pois esse índice se reflete diretamente no custo de vida dos brasileiros, principalmente das famílias que possuem de 1 a 40 salários mínimos. Em outras palavras, os grupos familiares da classe média para baixo.

Impacto nos investimentos

Para os investidores, a variação do IPCA é um valor relevante para planejar a carteira. Isso porque esse é um dos índices que podem ser utilizados para medir quanto um investimento vai render em um determinado período.

Por exemplo, se você está planejando investir em um ativo cujo retorno fica em torno de 6%, e a inflação está a 2,5%, talvez o retorno seja interessante. Afinal, o rendimento — subtraindo o IPCA — é positivo, ou seja, por volta de 3,5%.

Porém, vale lembrar que a inflação está em constante mudança. Assim, se estiver planejando um investimento a longo prazo, é importante estudar o comportamento do mercado, desde o valor da taxa Selic (taxa básica de juros) e dos juros IPCA anteriores até as mudanças socioeconômicas no país.

Por que ele é considerado o índice da inflação?

Mesmo sabendo o que significa IPCA, para entender por que ele é considerado o índice inflacionário, é necessário conhecer o conceito de inflação. Ela é definida como o aumento contínuo dos preços da economia de um país, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo entrega justamente isso.

Além disso, os valores do IPCA dos últimos 12 meses são usados como métrica da saúde econômica do país. Assim, eles identificam se ela está próxima ou não da meta estipulada para o ano.

IPCA e INPC: qual a diferença entre as siglas?

É comum que, buscando entender o que é IPCA, outro termo seja usado como sinônimo: o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Isso se deve ao fato de que a única palavra que os difere é o “amplo”, porém existem particularidades.

Enquanto o IPCA indica a variação do custo de vida das famílias brasileiras com até quatro salários mínimos, o INPC é usado para calcular o custo médio de grupos familiares com até cinco salários mínimos. Como o primeiro índice afeta grande parte da população, ele é usado para a inflação.

Porém, isso não significa que o INPC não é importante, pelo contrário. Afinal, como a renda familiar é baixa, as variações dos preços de serviços e mercadorias afetam o dia a dia de forma mais significativa.

Como é calculado o IPCA?

O cálculo do IPCA é realizado por um levantamento dos preços dos produtos consumidos em mais de 30 mil locais. Agora, mesmo sendo um índice nacional, essa coleta de dados se concentra nas grandes regiões metropolitanas do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife.

Nesta lista de preços, os produtos são separados em algumas categorias, que ajudam a mensurar todos os dados coletados. Veja abaixo como é dividido.

  • Alimentação e bebidas;
  • Habitação, como água, luz, esgoto, entre outros;
  • Vestuário;
  • Artigos domésticos, como móveis, utensílios de cozinha e eletrodomésticos;
  • Transporte, como combustível;
  • Saúde e cuidados pessoais;
  • Educação;
  • Despesas pessoais, serviços de lazer;
  • Comunicação, como telefonia e internet.

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