Após o feriado, a maioria das bolsas internacionais recuperam, mesmo que de forma parcial, as perdas da quinta-feira (11). Apesar da retomada dos mercados nos Estados Unidos, a existência dos receios em relação à nova propagação de covid-19 e a possibilidade de retomada lenta da economia americana, a alta perdeu força.
Do ponto de vista da conjuntura econômica, os dados vieram melhor que o esperado, principalmente no que diz respeito aos dados de expectativa e percepção publicados pela Universidade de Michigan.
O Dow Jones teve elevação de 1,90%, seguido pelo S&P 500 que também teve ganhos em 1,32%. A Nasdaq também fechou em alta, em 1,01%. O VIX voltou a cair, após grande alta do dia anterior, em 11,74%, aos 27,68 pontos.
Na Europa, de forma mais suave, a maioria dos mercados tiveram elevação, retomando corrigindo de forma parcial, as perdas do dia anterior. Todavia, ainda há receios em relação ao retorno das economias desenvolvidas.
Do ponto de vista da conjuntura econômica, o principal dado foi a forte queda do PIB do Reino Unido, em 20,4%. Segundo players, é possível que a economia europeia não se recuperará rapidamente.
Paris e Londres tiveram as maiores elevações, com aumento de 0,49% e 0,475 respectivamente. Milão teve alta de 0,43% e Madrid teve ganhos 0,20%. Frankfurt teve a única queda do dia, com perdas de 0,18%.
No Brasil, o mercado refletiu a queda do EWZ no dia anterior, mesmo que não tendo o mesmo impacto. As perspectivas de segunda onda da pandemia em todo mundo, em um momento em que vários estados brasileiros estão reabrindo, mesmo mediante o aumento dos casos, fizeram os agentes ficarem mais avessos ao risco.
Assim, o Ibovespa teve queda de 2,00%, alcançando 92.795,27. O dólar subiu 1,51% voltando ao patamar de cinco reais, negociado a R$ 5,0518.
O petróleo encerrou o dia de forma mista, mas continuou estável, com os agentes avaliando os pronunciamentos do FED e dados advindos dos órgãos internacionais quanto a retomada econômica.
O petróleo Brent teve alta de 0,46%, fechando o dia cotado a US$ 38,73. O WTI fechou em queda de 0,22% cotado a US$ 36,26.
A semana começa com poucos dados de conjuntura econômica. Nos Estados Unidos será divulgado o Índice Empire State de Atividade Industrial referente ao mês de junho.
O indicador tem expectativa de melhora, saindo -48,50 pontos e alcançando -27,50 em junho. A perspectiva avanço no indicador por parte do mercado se deve, principalmente, à reabertura econômica e por conta da queda no número de casos de covid-19 para Nova York.
O indicador se baseia em um levantamento com cerca de 200 fabricantes no estado de Nova York, sendo um importante criador de expectativas para a produção nos Estados Unidos.
Além disso, Kaplan e de Mary Daly, membros do FOMC, farão seus discursos, a evidenciar as expectativas dos formuladores de política do país em relação à economia.
Para o União Europeia, será divulgado a balança comercial pela agência Eurostats. Apesar da diminuição dos casos de infecção e mortes pelo covid-19 na Europa e reabertura dos países, a economia ainda demorará retomar a ponto de que o comércio internacional volte a ter dinamismo como antes à crise.
Assim, espera-se dados ruins para o indicador, ainda mais que o dado se trata de abril, quando a crise estava mais forte nos países desenvolvidos.
No Brasil, como ocorre toda segunda-feira, será divulgado o Boletim Focus com as expectativas do mercado em relação à economia.
Devido aos dados antecedentes da atividade econômica, de inflação e endividamento do setor público, os agentes acreditam que indicadores como PIB, inflação e produção industrial terão queda ao fim do ano de 2020 e terão recuperação, mesmo que vagarosa, somente em 2021.
Todavia, muitos analistas já falam de retomada da economia brasileira, mas será bem mais vagarosa quando comparada com o que ocorre nos países desenvolvidos.